Amor e Ciúme
Que amizade é essa
Que tem beijo na boca
Tem cobrança e tem ciúme
Vê se cria vergonha e dessa vez me assume
Que é amor
O ciúme é um mal protetor: às vezes saio com a roupa cheirando a cachorro molhado. A minha máquina de lavar é possessiva...
O amor dos ciumentos vê o mundo com olhos que transformam as coisas pequenas em grandes problemas, verdades em suspeitas.
Desatino do amor
“O simples desatar da insanidade de amar”
Ela te percebe e mira,
Alcança-te e conhece,
Enrubesce-se.
Ela te vive e faz vivo,
A todo tempo contigo
Espreita o perigo.
E começa a suspeitar
Do arraigar de um veneno,
O veneno de amar.
Num desatento,
A sedenta doença
Traz o fim adentro
Neste amor sonolento.
Traz um fim violento,
Antes que o verdadeiro
Possa se despertar.
Certa vez ouvi alguém dizer que a maior prova de amor que podemos expressar é o ciúme; discordei a maior prova de amor que podemos expressar é a confiança.
Um relacionamento independente de qual seja sem a confiança sempre será fadado ao fracasso
Eu gosto quero te estar
Amo muito cuidar fazer ao
Você de você de você sorrir seu lado
O amor e seus codigos...
Enquanto o amor ainda for seletivo, não será verdadeiro, pois o amor não separa. O que separa é a escolha. O amor não conhece ciúme, pois não quer possuir nada: ele quer irradiar-se.
Ciúme
Cupido me acerta
Entro em alerta
Me olho em espelho
Procuro o amor
Oque diabos é isso?
Não senti nem dor!
Sentimento estranho
Me arranho por dentro
Em seu coração entro
Sou ciúme!
Já vim com amor
Mas hoje vim só
Só a te dizer
Que irá sofrer
Não podes me ver
Nem tocar
E a pessoa que estas a pensar
Não pensa nem ens ti olhar
[...] Porque o verdadeiro sentimento de amor é benigno e livre de correntes. Não é egoísta e tampouco possessivo, pelo contrário; ele não espera nada em troca. Assim como as verdadeiras boas ações que também são realizadas em silêncio.
Não ache ruim quando eu me importar ou brigar, ache ruim quando eu não fizer isso, pois só brigo por o que tem valor.
EPÍLOGO
DI-GA!
O que te instiga a viver sempre assim?
Roubando [em mim] idéias precisas?
O que mais desejas enfim?
Que cante a ti, a impotência e o desamor?
N-Ã-O!
Não desejo palavrear poemas forjados
em um desenfrear de ressentimentos guardados
Quero cantar em versos o verdadeiro amor
A melodia da mais sagrada e pura, poesia
D
E
U
S
MEU DE-US!
Recitei o Divino e impronunciável canto
então, cubra-me com teu manto se foi heresia
este intenso sentir que há tanto extasia
levando tudo contigo e todo e qualquer pranto
CON-FE-SSO!
Acesso o infinito nesta prosa incessante
E todo o resto passa a ser insignificante.
Não sei se Lacan mentia quando dizia:
- Que o melhor da festa é esperar por ela...(?)
FAN-TA-SI-AAA!
Conspiração sutil de referencias?
Pois que sejam banidas então
toda a ilusão e todas as interferências
inferências na ação que hipnotizam a razão!
BLEFES
Mas se destes bem mais do que supunhas dar
Destes também a saudade em equivalência
Fez da dor, avalanche gélida p’ra inundar
Os negros buracos da existência
Triste e bela, se imaginava em teu olhar
Tola e sem par, sob o toque da carência
Dominada por um barato conquistar
Girou, indo ao encontro da fluência
Hoje, só, tem mil sonhos p’ra sonhar
Mas, não sonha, rechaça a inconsciência
Ilusões do ego que só vem p’ra maltratar
Novamente, recorre à luz da consciência
Recua mil passos, no cansaço de observar
Que amar é blefe sórdido, aliado à inconsistência
E você, com esse seu batom barato
Tirando a atenção do meu dia.
Ah moça bonita! Agora sei...
Porque o sol tem ciume da lua.
