Amizade Pai e Filha

⁠Maldito leviano

Não há o que se possa fazer,
Já selou-se a vontade do mar.
Persiste ainda a esperança, porém.

Afogada jaz a pura criança,
As lágrimas marinhas enchem os pulmões da pequena.

Incompetente e leviano o pai,
Deixou se afogar sua criança.
Onde está o teu cuidado?

Jaz sem vida, tua vida.
Terás tuas boas lembranças,
Mas quem lembrará bem de ti?

Aquele que causa dor sofre,
Com sua dor e com a dor por si causada, sofre.
Eis aí tua maldição,
Viverás sem tua vida.

⁠Se eu tivesse mil vidas e mil chances pra escolher meus pais biológicos, escolheria os mesmos mil vezes mais, só assim eu seria quem eu sou hoje.

⁠Cada dia que passa percebe-se que a sociedade quase que no geral tem banalizado os mestres da vida, ou seja, os nossos pais, pois a mesma não tem valorizado e exaltado àqueles que por excelência nos passaram as primeiras lições que um limitado ser humano nascente não saberia por si só realizar.

Avião, só voa no ar.

Bom dia, oque torna seu dia bom?
Eu torno meu dia Bom em saber que tenho mais uma oportunidade para mudar a Historia, e quando voce nao tem vontade para mais nada ? lembre-se que você pode ajudar alguem a se alegrar (=

SONETO EM REVERENCIA

Evocar o tempo, e nesta saudade em rudez
as lembranças são qual suspiros de tua ida
o silêncio invasor na casa após a tua partida
pra morte, igual, desfolho outonal em palidez

Fatal e transitório, a nossa viveza é vencida
pelo sopro funesto, ao sentimento a viuvez
Julho, agosto, setembro, vai-se mês a mês
ano a ano e outro ano a recordação parida

Da saudade filial, que dói numa dor doída
de renovação amarga e de vil insipidez
que renasce na gelada ausência sofrida

No continuar, o vazio, traz pra alma nudez
chorada na recordação jamais esquecida...
Neste soneto solene: - sua bênção outra vez!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
13 de julho, 2016
Cerrado goiano
morte de meu pai

Naquela madrugada, o seu silêncio escreveu saudades e com ele sua morte trazia...
Acordaste do sonho da vida, e tuas lembranças, nos acolhia.

copyright © Todos os direitos reservados.
Se copiar citar a autoria – Luciano Spagnol

DESCULPA

Eu não sou a imagem do que você quer que eu seja, tenho uma vida e vou vivê-la se me faz feliz;
Eu não quero sua toxicidade me levando para nenhum lugar, eu sou o que eu quero ser;
Eu te digo que te amo, você não entende, eu não posso viver debaixo de suas regras para sempre;
Você não vê o filho incrível que me tornei? Desculpa pai não vou ser medido pela sua régua;

Eu vou amar apenas uma mulher, jamais trairei e ser alguém que jamais me fará bem;
Eu não vou olhar quando elas passam, não irei ser alguém que causa vergonha em si próprio;
Minhas felicidade jamais será motivo da infelicidade de alguém, não me criei dessa forma;
Minha diversão não vai envolver o que você lançar em mim, desculpa pai não sou assim;

Eu aprendi o amor, aprendi a respeitar, tenho talentos que vão além do que você quer para mim;
Eu sei que não vou ser o cara que você sempre sonhou, mas será que não posso ser seu orgulho?
Eu tenho planos, Vou fugir e você vai sentir falta de tudo que um dia você negou existir em mim;
Quando me olha sente vergonha, não entendo o motivo, você quer o quê de minha vida?

Se eu não for o homem que você quer, jamais serei aceito? Quem disse que estou atrás de aceitação?
Eu posso viver diferente de você pai, Eu não sou seu espelho, desculpa jamais serei como você;
As regras dessa sociedade que você diz existir jamais se aplicaram a mim, eu não vou ser assim;
Não te peço desculpas esperando o seu perdão, só quero te falar que eu não posso ser dessa forma;

Se seus amigos não acham que sou perfeito diga para eles que não acredito na perfeição;
Eu não sou refém das opiniões e não acho que nada disso diminui o homem que eu quero ser;
Eu posso ser feliz sem você me dizendo o que é certo, descobri meu certo e vou segui-lo sozinho;
Mas pai eu te amo, queria que você visse, espero que entenda antes de perder para sempre seu filho.

Alegria à demonstrar,
Vida à viver,
Compaixão ao sentir,
Humildade em primeiro lugar,
Sorrisos à se mostrar,
Laços para se formar é se entrelaçar,
Mãe e pai para confortar,
Deus para ajudar,
Determinação à se demonstrar,
Coragem e força para continuar.

Como todos os pais, ele guardava uma esperança secreta...

Tu que não estás cá. Cada vez que ouço o teu nome estremeço. Seja ele espelhado num letreiro, num livro, numa campa. Sempre foste uma personalidade forte. Demasiado forte. Temos isso em comum. Tenho a certeza que poderia ter aprendido muito mais contigo, e que continuaria a apreender se ainda cá estivesses para me mesquinhar e alourar o pensamento, tal como aquele que divagava na raiva inútil de uma criança, confrontada pelo seu maior semelhante.
Orgulho-me de ti e de quem foste. Orgulho-me de todas as trocas de palavras que ficaram por acontecer, nas entrelinhas de quando nos víamos agarrados ao mesmo pensamento.
Gostava que estivesses cá para ver quem eu sou e quem me fizeste ser. O meu Ser, só o é, completo, se carregar no coração tudo o que me passaste. Por amor, por carinho, por cismas e alaridos.
Com a idade e a ausência aprendi a valorizar as diferenças que nos unem. Aprendi a valorizar os teus erros, que surgiam apesar de tentares fazer o que achavas melhor, e a ver o melhor deles.
Sabes que me dói a alma? Porque não soubeste olhar, ou ver, ouvir e sentir, mas acima de tudo assentir. Porque não estás cá agora? Desde a partida que sinto que não apareceste em lado nenhum, por muito que te procure. Prometi-me continuar a procurar-te no céu e nas estrelas que dançam à noite, que formam as constelações de que tanto gostavas, o que torna obrigatório que lá estejas, porque mereces. Porque fazes parte disto tudo, mesmo não estando cá. E mereces ser feliz. Tenho a ideia, embora bastante enovelada, de que prometeste um reencontro platónico. Quando vi a porta fechar-se, mesmo sem saber (pelo menos conscientemente) de que seria a última vez que te veria, sabia-lo no fundo do coração, na medula dos ossos, no tutano da insignificância humana que me subjugaria a uma vida prostituída: por amor, por limpeza de consciência, por nivelação de sofrimento.
Desejo-te, com algum atraso, mas muito amor, um feliz Dia do Pai. Este foi o teu dia, mas todos os dias são e hão de ser, sempre, nossos. Sei que desde que a porta se fechou, há uma estrela no céu que brilha mais que as outras, principalmente quando daqui brilha um sorriso de volta.

Queria eu, ter o poder de dar um replay nesse momento, eu iria te abraçar mas forte, e te repetir sem parar o quanto te amo e não te largaria nem por um instante, iria te fazer lembrar da importância que você tem na minha vida, e novamente iria repetir sem parar o quanto te amo, poderia chorar no teu ombro tudo que não chorei, e te pedir todos os conselhos que não pedi, iria pedir pra repetir cada história que me contou durante nossa viagem, iria te lembrar de todos os abraços e todos eu te amo que disse em palavras e até em ações, iria te agradecer por sempre está ali, mesmo quando menos merecia, iria te agradecer pela a paciência e até pela a falta dela, iria te agradecer pelas brigas e até por aquela vez que me bateu, e novamente iria repetir sem parar o quanto te amo, Eu poderia e com certeza iria te explicar todos os motivos pelo o qual você não poderia ter partido, não poderia ter nos deixado, eu iria te explica que Pai deveria ser eterno.. Mas você se foi.. e na vida real não temos replay, tenho que me contentar em conversar com você nos meus sonhos, ou simplesmente fechar os olhos só pra ouvir suas gargalhadas, tenho que me contentar com tudo que aproveitei com você aqui, tenho que me contentar com as vezes que ouvi e que disse Eu te amo.. tenho que me contentar com os abraços.. tenho que me contentar com o tempo que tive com você aqui.. Ainda é difícil aceitar e me contentar, já culpei pessoas, já questionei a Deus o por quê acontecer isso com você, já culpei até a mim mesma.. Mas tento entender que isso faz parte da vida, O que posso fazer e fechar os olhos e lembrar todos os motivos do por que Eu te amo, e te eternizar no meu 🖤. Sou grata a Deus por te me dado o privilégio de ter você como meu Pai..

Tem amor de todo tipo, para os gregos eram quatro os tipos, mas pra gente, amor parece ser um só, mas não é não.

Tem amor de todo tipo

Tem amor de casal, amor de amigo, tem amor de pai e de filho.

tem amor de mãe a esse nada se compara.

Disse um certo apóstolo, que o amor tudo suporta, só se for o amor de Deus mesmo que é eterno. Mas o amor não suporta tudo não seu Paulo para tudo tem um limite.

O amor de Deus é imensurável a gente não pode explicar, só pode ser coisa de Deus mesmo, por que a gente não tem o amor.

Amor é coisa que ninguém explica.

É coisa que transborda pra fora da gente, tem que se compartilhar porque se não for assim morre e não vale um tostão.

Tem amor de todo tipo.

os dias passam
e ele continua a sucumbir
a sua dose de afago.

não há luz,
não há cor,
somente o seu trago.

uma vida que
já morreu;
seguindo atrás do meu afago.

⁠O religioso estuda as escrituras e enxerga um Deus. Jesus estudou as mesmas escrituras e enxergou O Pai.

⁠Por mais concreto e real que o mundo seja, sempre haverá aquela época em que andamos entre gigantes imortais.

Hoje, eu acordei com a nítida sensação de ter sido afagada, acolhida nos braços ternos, firmes, tão amorosos, aconchegantes do Pai amado. Obrigada, SENHOR, por esta demonstração singela, tocante, inigualável de amor, de cuidado, de presença constante, sempre, ao lado da sua filha.

⁠Apaixonar-se é terceirizar a felicidade.

⁠Oração do Poeta
Poesia nossa que vem do céu
Santificadas sejam as suas palavras
Venha a nós o vosso receptor
Que seja sempre do Seu agrado
Tocando a sua Alma
Poesia nossa de todo dia
Que seja a de hoje mais uma alegria
Perdoai se lhe entristecermos
Assim como nós perdoamos
Quando não compreendes a nossa mensagem
Que não cedamos a vaidade
Mas livrai-nos do esquecimento
Amém
Cigano Romani
Em 23/09/2020
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O que fazer quando a mesma pessoa que tem o seu sangue e lhe deu a vida, rouba de você esse presente todo dia um pouquinho.
Quanto tempo vai levar para não ter mais nada para roubar?

⁠Fracassei filhos do tempo,
Fracassei,⁠ pois inconscientemente detive em meu âmago meias verdades...
...deixei de tornar-te claro, pontos desse ilusório paradoxal viver. Devia ter falado a ti filho amado, que tudo é nada,
e nada, é também o tudo.
... e ai, quem sabe, perceberias que viver é como o vento,
que o sentimos, mas não o vemos.