Amargo

Cerca de 1416 frases e pensamentos: Amargo

O gosto amargo do sofrer ensina a reconhecer o leve adocicado de uma vida simples e feliz.

Seja verdadeiro, se esforce mesmo que vá doer.
O confuso se torna amargo e destrói tudo que lhe é certo.
Quando se vive na mentira, a verdade nos assusta.

Meu último amargo.




São meus últimos amargos,
acostado nesse catre.
Nem é lugar pra mate,
o certo é no galpão.


Mas já me tremem as mãos
e meu dorso impede andança.
Me lembro ainda criança,
rotoçando por esse racho.


Mas a vida é feito um desmancho,
feito cavalo em carreira:
passou levantando poeira,
se foi sem pedir permissão.


Falam em encarnação,
numa volta à existência.
Se for, rogo a coincidência
pra voltar pro mesmo chão,


pro rancho, mangueira, galpão,
pros pagos dessa fronteira,
pra velha lida campeira:
pelego, catre, chergão.


Não há outra que queira.
No mais, esse é meu ofício:
a doma, o mate, meu vício.
Já nasci enfurquilhado,


e um gaúcho bem montado
nada mais pede a Deus,
só que volte donde nasceu,
onde minha alma se acampa,


pra voltar a ser estampa
da herança farroupilha,
domando e gastando encilhas
nas estâncias dessa pampa.




Renato Jaguarão

A lo largo.


Mirando o campo ao largo,
Mateia o rude peão.
Cada puxada do amargo,
Campeando com a solidão.


O tirador pendurado,
Mango, pelongo, xergão,
Freio, buçal e cabresto,
E o velho fogo de chão.


Nesses fins de invernada,
Onde até Deus esqueceu,
Mangueira, potro, a cuscada,
E a vida que lhe escolheu.


Pra esses tombos da lida
De tropa, doma, caseiro,
Peão, destino e ofício
Pra quem nasceu campeiro.


Mirou o tempo passado,
Mocidade se perdeu.
Ficou cuidando cavalos,
Campos que não eram seus.


Nesses lados de fronteira...
Versos, payada, acalantos,
Céu, estrelas e a lua,
Amadrinham pirilampos.


Donde o gaúcho mesmeia
Sonhos no seu velho catre,
Potros e quadras de campo
A cada virada de mate.


Quem nasceu ao largo,
Tal existência paisano,
Sem sobrenome, legenda,
Potro se fez orelhano.


E a descendência se finda,
Nem fez questão de passar.
Essa pobreza reinuna,
Nem freio faz sujeitar.


E assim, no mais solito,
Segue a taura vivência,
Por vezes qual um monarca
Que nasceu sem procedência.


Tendo a pampa por morada
E as cochilhas por sossego,
As encilhas como trono,
Enfurquilhado em pelego.


Nesses lados de fronteira...
Versos, payada, acalantos,
Céu, estrelas e a lua,
Amadrinham pirilampos.


Donde o gaúcho mesmeia
Sonhos no seu velho catre,
Potros e quadras de campo
A cada virada de mate.




Renato Jaguarão.

A historia de um amor um tanto misturado, de um lado café forte e amargo, do outro leite morno e gostoso. Um dia o café, foi ao encontro de sua pura amiga água, ela estava nervosa, fervia que só ela! E foi assim que tudo começou, numa conversa que ali se misturou, desceram a boca da rua do coador, escorregaram sobre o coador, seguiram firmes e como sempre misturados, quando desceram a rua do coador, cairam sobre um grande buraco, se encontravam na rua da cafeteira, beco apertado que só, alguma coisa havia os prendido, parecia que aquela rua não tinha saída nem volta, de repente uma luz surgiu, cairam novamente, estavam dentro de um cilindro ou pelo menos era o que parecia, meio raso, mas cabiam. Chegou uma moça, se chamava leite era branquinha, corpulento, beldade era ela, doce devia ser. Café ficou nervoso, que fez o pobre do copo transpirar, sua grande amiga, saiu por toda aquela transpiração, café já era mistura, já não precisava da água pura, reinava dentro do copo. Leite foi jogada aos molhados de café, ele se assustou, mas o café gostou. Leite era quase fria, mas meio quente, café logo sorriu. Faltava algo, o anjo Colher, logo soube do ocorrido, já conhecia café, foi logo se achegando. Colher era anjo de amor, chegou bem no pé da fumaça de café e falou:- Café, vou te dizer o que falta pra essa branca ser sua, permita-me entrar e misturar vocês, vai demorar muito não. Colher logou se movimentou em pro daquele belo casal, se mexeu de um lado pro outro, é parece que deu certo, o café que era só café, leite que era só leite, se apaixonaram, seguiram ao futuro estomago, FIM.

Viver é preciso.

Que seja doce,
Que seja amargo.
Viver é preciso.
A vida ensina a vida,
Sem vida, amargo sabor é a morte.
Que seja lindo,
Que seja belo,
Que seja a vida simplesmente AMOR.
Que seja Deus a minha sorte,
Que ele esteja em mim em um eterno fanal,
Que eu vença a morte,
Que eu vença a dor,
Que eu subjugue o mal.
Que eu, apenas viva.
Autor: Cícero Marcos

Meu ego

Quero muito mais
Do que um café com açucar,
Quero um café amargo,
Que penetre em minha
Memória, e leve-me além,
Muito além da minha
Imaginação.
Ou quem sabe uma dose
Qualquer,
Que rasgue a minha garganta,
E faça eu dizer
– Coloque outra,
Hoje chegarei em casa embriagado!
Quero muito mais do que beijos,
Cafuné, um simples consolo
De que nem tudo é como
Deve ser, que tudo pode mudar
Ao longo do tempo,
E que o tempo sabe falar,
E quando fala é sábio.
Quero muito mais do que uma pedra,
A argumentar o que se passa no
Mundo – não quero saber de nada!
Quero tudo o que eu tenho direito,
Quero principalmente o coração
Do universo, quero tudo
Para depois entregar-lhe de presente,
E doar-me a você.
Quero muito mais, e o seu querer,
Quero o seu querer,
E juntos vários quereres a se
Complementar – eu e você!
Quero tudo àquilo que for puro,
Quero a água da cisterna
Para beber,
E depois me benzer,
E seguir em frente.
Quero que a minha mente
Regresse apenas
Para ver os melhores momentos
Da minha vida, e quanto aos piores,
Ahhhh, quero sorrir, e dizer,
Que muito tenho vencido na vida.
Meu eu egoísta, quer muito mais,
Quero o que de fato me pertence,
Quero possuir o que de fato me
Pertence, ou tudo àquilo
Que creio eu me pertencer:
– Quem sabe o seu amor?
Oh, vida, de quimeras!
Um asilo já não nos caberia
Mais.

Valter Bitencourt Júnior
Você Pode: Antologia, 2018

⁠Bom dia
Hoje só quero
Muito amor no coração
Café amargo
E um bom livro
Para minha companhia.

⁠"O conhecimento tem um sabor amargo."

⁠Felizes os que aprendem com o amargo, enganados os que se contentam com o doce.

⁠Quem não acredita que você consegue,
Vai sentir o gosto amargo da decepção

⁠O prêmio da mentira e da hipocrisia, da falsa devoção, é o fruto amargo que têm os seguidores desse tempo escuro e infeliz.

⁠A verdade é doce para o honesto, e amargo para o mentiroso.

⁠⁠Doce Princesa, Amargo Demônio

Me sinto meio demônio, um bagulho sufocante,
Com um sorriso meio maroto, tipo, bem interessante.
Usando o amor como isca, numa parada sacana,
Brincando com corações alheios, só pra preencher minha semana insana.

Mas de boa, desde o início, falei que era meio errado,
Tu tava acostumada com pouco, e eu cheguei dando tudo que tinha arrumado.
Ao invés de migalhas, te dei carinho e tal,
E parece que isso te pegou de um jeito especial.

Só que, mano, eu nasci pra ser o lobo solitário,
Demônio na pista, sempre foi meu cenário.
Me desculpa aí, princesa, por ter mexido contigo,
Foi mal por ter brincado com teu coração, não foi comigo.

Mas é isso, tô aqui, um demônio na solidão,
Pode crer, sozinho é minha missão.
Me perdoa aí, por essa confusão,
Demônio solitário, nessa vida de ilusão.

Um cafezinho compartilhado com carinho, e muito afeto, ⁠jamais tem o gosto amargo do desafeto. Um brinde a comunhão, e a interação prazerosa entre as almas.

⁠Existe muitas coisas que nós comemos gostoso, mas pagamos amargo.

⁠O DESTINO

O destino prega peças,
Nos faz agir as pressas
Vezes amargo como fel,
Outras doce como mel

O bom disso tudo
E as vezes no miúdo
Faz a vida acontecer
A doçura te conhecer

A pensar me ponho
Poder ser um sonho
Me entrego por inteiro
A magia do seu cheiro

Que inebria e desatina
A meiguice de menina
E por mim é pretendida
Você na minha vida

⁠Quando o fracasso é encarado como um remédio amargo, porém revigorante, os propósitos de vitória de quem o experimenta continuam vivos.

Atividade policial é um remédio forte e amargo. Porém, eficaz para uma sociedade adoecida pelo crime.

⁠O doce do açúcar se torna amargo na diabetes.