Amar-te é Doce
O vinho começa doce e desce amargo,
A cada copo eu choro e imagino você do meu lado,
Eu não fui capaz de fazer com que você me amasse,
E eu não te procuraria mais nem se eu me odiasse,
Eu entreguei meu coração inteiro pra você
E você me ofereceu tudo o que tinha
_ o seu desprezo
E agora o meu amor busca consolação em outros beijos
Eu não soube me conter no calor da emoção
E agora tenho que lidar com a bagunça que você fez no meu coração
Ah se o coração pudesse escolher quem o ama
Ele nunca escolheria um cara que só quer me levar pra cama.
Sabores
A vida tem sabor
O amargo intragável da desilusão
O doce gostoso do amor
O tempero na medida certa da paixão
O sal em excesso da vingança
O agridoce sutil do perdão
O gosto gostoso da esperança
Ponte para o paraíso
Quando eu era doce
Ensinaram-me a ser amargo
Foi isso que a vida me trouxe
E eu aceitei de bom grado.
Lembro-me tão bem como se fosse hoje
No final da praça existia um lago
Tentaram afogar-me para que eu fosse
para um lugar bem longe
Isso causou muitos estrago
Ao cair da noite
Ninguém ouve, ninguém ouve
O que houve comigo, o que houve comigo
Ninguém ouve, ninguém ouve
O que houve comigo, o que houve comigo
Acabou-se o meu chorinco
Sobrepos-se o meu sorriso
Podem ver no horizonte
É chamada de ponte para o paraíso
O meu gesto de carinho
Tentaram afogar-me para que eu fosse
para um lugar bem longe
Isso causou muitos estragos
Ao cair da noite
Ninguém ouve, ninguém ouve
O que houve comigo, o que houve comigo
Ninguém ouve, ninguém ouve
O que houve comigo, o que houve comigo
A vida dança no compasso perfeito do que precisa ser — ora doce, ora amarga — e só aquele que acolhe cada passo, sem resistência, descobre que viver é confiar na sabedoria invisível do que acontece.
RECOMEÇO
Pensava eu, não mais versejar o amar
E a poesia vazia de tão doce melodia
Pensava eu, a viver com a poética fria
Mas a prosa, ousou novo prazer brotar
Cada verso, agora, o afeto é impresso
Após tantas as sensações fracassadas
Vejo o versar em prosas apaixonadas
É poética de uma paixão eu confesso
Ó poema tão repleto de tanta ternura
Trazendo agrado a quem já foi sofrido
Dum remoto tempo de ilusão e agrura
Que dizer eu, deste canto de sensatez
Que na inspiração adiante tem sentido
Ao enrabichado que ama mais uma vez...
© Luciano Spagnol poeta do cerrado
01, outubro, 2021, 18’00” – Araguari, MG
SABOR DO AMOR
Eu amo amar pelo que é o amor
Pela doce razão simples de estar
Sem me importar se ainda é flor
Ou botão. Nos vale aquele olhar
Eu amo o amor cheio do fazer
Na incerteza vejo o que nos dá
Pureza, ou tanto mais no viver
Sem ter pesar, vivo, o que será
Amar é bom, é doar-se inteiro
Se lambuzar com o seu cheiro
É ter sensação, sentir e confiar
Saber na paixão o que sustenta
Sorrir, se o agrado se apresenta
Amar, amante, amador e perdoar
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
14 novembro 2021, 19'11" – Araguari, MG
Às vezes pareço frágil, doce... de repente sou cobra que rasteja entre teus pés, sou veneno que amarga tua boca ou sou somente um ser que ama, nada mais!
Pode ser doce ou amargo.
Viciante ou enjoativo.
Uns podem gostar, outros odiar.
Uns podem ser intolerantes, outros podem apreciar bem.
Uns consomem muito, sem conseguir parar.
Ja outros, mesmo tentando não conseguem suportar.
Quente ou frio.
Seco ou encharcado.
Todos precisamos de pelo menos um pouco para sobreviver.
- este poema nao se trata de comida.
Todo gole amargo de cerveja carrega a triste história de um trigo que poderia ter sido um doce e delicioso pão...
"Se você não sabe sentir o gosto doce da felicidade alheia, não vai sentir nunca o gosto amargo da inveja que você transpassa a ela."
—By Coelhinha
"Melhor a dor da Verdade que o doce da mentira. Porque até mesmo o doce, um dia amarga."
—By Coelhinha