Alguem que Nunca Existiu
Se aquele cara dentro de mim morreu sua parcela de culpa também existiu, mais é hora de esfriar a cabeça e deixar tudo continuar por que o show não pode parar...
No encontro de uma Constante - Desejo que existiu
Quando eu olho à minha volta
É como se eu estivesse sonhando constantemente
Navegando além das possibilidades.
Eu te vejo todos os dias
Apenas queria que reparasse meu sentimento
Para saber se sou aquele que tanto procura.
Apenas isso que posso fazer
Olhar as estrelas
E esperar
Que um dia
Nossos olhares
Possam ir além.
(trecho)
"Sentir falta é ter a certeza de que, o que existiu ou aconteceu foi bom o bastante para deixar saudades, não foi forte o bastante para permanecer, mas ficou tempo suficiente para ser inesquecível".
Ele partiu, seguiu em frente.
Não existiu um abraço, nem sequer um último beijo.
Ele levou meu coração, me deixou em pedaços.
Demorou, mas voltei a sorrir. Voltei a ver graça na vida.
Até que numa quinta-feira qualquer, saindo de um café sorrindo e falando no celular, lá estava ele.
Meus olhos se fixaram nele, de repente me senti no momento em que o vi partir. Ele parou ao me ver e desligou o celular. Estávamos cara a cara novamente. E ficamos ali, parados sem dizer nada um ao outro por uns cinco minutos. Até que ele sorriu e automaticamente me peguei sorrindo também. E foi só. Ele seguiu seu caminho e eu o meu. Novamente sem abraços nem beijos, não houve uma palavra de adeus. Mas ali, no momento em que ele me sorriu, recuperei meu coração, coração que ele havia levado consigo no momento que me disse adeus. Hoje graças aquela quinta-feira qualquer me sinto inteira para amar novamente.
-'Não existiu até então,prova de amor maior que a que Jesus Cristo,o filho de Deus,fez por mim e por você.'
Quando ouço dizer que “já existiu água” em algum astro distante, fico com a leve impressão de que o homem “já passou por lá”.
Falando um pouco sobre.... CENSURA !
Durante toda a história da humanidade existiu a censura e outras mais diversas formas de “calar” rebeldes e quem quer que fosse contra algo já imposto.
Ditadura militar no Brasil, censura à impressa na Coreia do Norte, repressão de manifestações contra o regime no Irã, controle sobre a imprensa , internet e trabalhos científicos na China, além de outros, e por último , censura às palavras de Yoani Sánchez, em Cuba .
Yoani, que escrevia o que se passava em seu país e fez temer governantes e simpatizantes do regime de Fidel Castro.
Até que ponto expor o que se pensa pode resultar
em ameaças e torturas ?
Até que ponto jovens leigos e “pseudoliberticidas” estão certos ou errados em se manifestar contra uma jornalista e blogueira que
pela simplicidade de suas palavras fez tremer as bases do comunismo idealizado do país cubano ?
A República de Cuba, país insular do Caribe e o único socialista do ocidente, vivencia um comunismo que assumiu as feições da ditadura clássica, que ao invés de primar pela prosperidade, a tirania suprime as básicas liberdades individuais, dentre elas, a liberdade de expressão.
O governo cubano teme a palavra, o argumento e o raciocínio lúcido, ou seja, qualquer forma de expressão que possa colocar em discussão os impasses do regime e que chame a atenção da comunidade internacional.
Portanto, Yoani Sánchez e suas palavras simples, porém, convictas, representam perigo a tirania “castrita” .
Contrariando o pensamento de Voltaire: “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las”, a censura derroga um dos direitos mais primordiais do ser humano: o livre arbítrio.
A questão não é falar “pelos cotovelos" ou falar o que bem entender, é ter consciência do que se fala e ter o direito a voz.
Ser humano foi feito para se expressar e não para ser calado por ditaduras que dizimam o individualismo e a liberdade.
Não foi programado. Não existiu um contato. Apenas olhou e sentiu. E ele começou a ler ela nas entrelinhas. E quanto mais isso acontecia, mais ele gostava de conhecer aquela menina/mulher. As coisas são diferentes quando começa a existir carinho. Ele sintonizava ela, interpretava, cuidava do seu modo e pronto. Ficava tudo bem assim. Ela já não era mais uma garota triste, e ele entendeu que o destino tinha entregue um desafio: cuidar daquele coração.
Tudo quanto existe, existiu antes na mente de grandes homens. Assim precisamos saber o que criamos no mundo das idéias pois somos co-criadores desse mundo.
Nós fizemos história, mesmo que só dentro de mim. Como dizem, não é só porque existiu apenas na sua cabeça, que não existiu. Não é só porque foi mais eu que vivi que deixou de existir. Que nossa colisões não foram verdadeiras. Que nossos olhos grudados magneticamente nunca colaram. Que nossas tentativas frustradas de fingir não se ver aconteceram com êxito.
Penso que era poesia
o que existiu entre nós um dia.
Foi lindo, mágico e incomparável.
Foi leve, sublime e indecifrável.
Eu vivo procurando detalhes teus, alguma pista que indique que você ainda existe ou que existiu, foi muito real pra ser um sonho, ou será que em enganei mais uma vez?
Sabe eu pensei que com você seria diferente já que não eramos mais crianças, mas sei que fui mais uma das suas brincadeira, um passatempo, foi como aquela cantiga de antiga o anel era de vidro, ou seja teu amor só foi uma ilusão e na primeira queda se quebrou e eu sou a garota que sempre fica só na roda sozinha.
FOI PRA SEMPRE
Quem para ficar inteiro não veio,
Quem cabreiro, só existiu como
Parte do entrevero de passagem,
No entremeio de uma paisagem!
Guria da Poesia Gaúcha
Existiu uma ilha distante, numa época qualquer. Havia pessoas lá até o dia em que quase todos desapareceram. Nunca se soube por que sumiram ou para onde foram. Talvez se tivesse restado mais gente, por certo, existiria lendas para explicar o tal fato, mas, ali, estavam apenas um rapaz e uma garota – e, para eles, pouco importava o que aconteceu com elas. Diria até, que lhes fizeram um favor em desaparecer. Dessa forma a ilha, antes, superpovoada, tornava-se um paraíso exclusivo. Um mundo só deles.
O alimento era farto, o clima ameno. A areia tão branca quanto mais podia ser, e a água do mar, cristalina. Pura como eles. Por vezes, corriam atrás um do outro sob um sol aconchegante, até despencarem em meio a risos nas folhagens da selva. Depois faziam fogueiras e dormiam ao relento, vigiados pelas estrelas. Os dias eram repletos de paixão. Não havia perigo ou pecado. Ninguém para julgá-los ou corrompê-los. Eram apenas um menino e uma menina, donos de todo o tempo do mundo.
Ela amava aquele rapaz de todo o seu coração. Talvez por serem as únicas pessoas naquele mundo. Ou talvez, por ele ser o único a quem ela poderia amar. O fato é que era perfeito e, como todas as coisas perfeitas, não durou muito tempo.
Foi numa tarde de primavera que o rapaz teve uma ideia estranha. Sei que era primavera porque as cores na ilha eram abundantes, e a menina usava uma coroa de flores. Crisântemos. Brancos como a tarde. Ele disse que precisava sair daquele lugar, e a conduziu em meio à mata silenciosa até chegar numa parte fechada, inabitável, repleta de pedras. Um lugar que eles não frequentavam. Ela sentiu medo em abandonar o lado deles. Não queria ir. Ainda assim, sem questionar, ela o seguiu, porque o seguiria até outro lado do mundo, o que dirá, outro lado da ilha.
Foi quando ele mostrou-lhe seu grande trunfo: uma velha canoa marrom, abandonada. Vi a maneira estranha como os olhos do rapaz brilharam ao se deparar com a canoa. A menina nem sabia o que era, pois, havia se esquecido das demais pessoas que um dia também habitaram a ilha. Ela não entendia porque alguém iria querer sair dali. Talvez a coroa de flores não fosse mais o suficiente para manter ele aqui, sempre perto. Então, ela tinha que ir, a ilha não seria mais perfeita sem ele. Subiu uma ultima vez no ponto mais alto e despediu-se tacitamente do mundo deles. E, com o único barco disponível, partiram.
A menina não entendeu porque ele precisava de pessoas, barulho, caos. De qualquer forma, estava ali por ele. Empurraram o barco até o rio, onde, uma correnteza os levou até mar aberto. Assustada, entrou no barco. Tentou disfarçar, mas o pânico em seus olhos era evidente. Ele não reparou. Estava mais encantado com o brilho dos próprios olhos refletidos na água enquanto falava sobre planos, pessoas, futuro, emprego, dinheiro, coisas. Duas lógicas diferentes. Ela não queria nada além do obvio, mas não deixou de remar, nunca.
Ela não via nada ao redor, apenas água. Um mundo azul infinito, até perder de vista. Ele enxergava caminhos, destinos. Não levavam no barco nada além de esperança. As crenças em coisas tão distintas. A menina não ligava por não ter levado água, comida ou roupas. Só se importava com ele. Ele também.
Eis que no meio do percurso, sem nenhum motivo aparente, ele parou de remar. Sem entender, continuou remando sozinha o quanto pôde. Remou até seus ossos doerem. Até as mãos sangrarem. Chamou-o em vão. Gritou. Ele não estava mais ali. Digo, estava, fisicamente. Mas seus olhos me assustavam. Ela falava, falava, mas ele não escutava nem respondia, apenas repetia coisas em línguas estranhas. Ela não entendeu naquele instante, nem anos depois.
A menina pediu para que ele remasse com ela. Suplicou. Avisou que ficariam à deriva e o vento não estava a favor. Nunca esteve desde que partiram. Ele não respondia ou esboçava algum tipo de reação. De repente seus olhos, foram ficando distantes, até se esvaziarem e se tornarem opacos. Não brilhavam mais. Ele não falava. Emagreceu. Nem de longe parecia o rapaz por quem ela tinha deixado a perfeição da sua ilha.
Olhou, sem reconhecê-lo. Nesse instante, parou de remar também. Ambos morreram ali. Ela não morreu fisicamente. Alguém apareceu e os tirou do mar, mas ela Já não era mais a menina da ilha, nem se lembrou como foi parar ali. Era agora uma pessoa do novo mundo.
Às vezes tinha uns desses sonhos que não entendia. Sonhava com coroas de umas flores. Flores brancas. Ora, por que raios, se fizesse uma coroa de flores, haveria de ser branca, e não colorida? Sonhos bobos. Sonhava também com uns sorrisos, dentes perfeitos, grandes, brancos. Risos de um rapaz desconhecido. Acordava no meio da noite, assustada. Levantava, caminhava até o banheiro. Jogava água no rosto e repetia para si mesma "-nada disso é verdade" e tornava a dormir. E então clareava, algum resquício da menina da ilha partia e ela voltava a ser uma deles...
