Ah Saudade
Bem meu, minhas memórias, são todas feitas de saudade e ao mesmo tempo, repressivas. São o que me mantém viva nesse vazio intenso de querer ser mais entendida, menos corrida. As lágrimas que rolam ao escrever, nem querendo você vai conseguir sentir, porque a dor é descomunal ao meu e ao seu tamanho.
Me sinto presa, vigiado por pessoas adultas demais, o que nunca fui e nem quis ser.
No meu olhar ainda existe o brilho da criança que caiu branquela no chão como um pedaço de nada, ali, parado, abandona até que alguém pudesse me por no colo e levar até o socorro mais próximo. Ainda há muito de uma pobre alminha segurando na blusa do pai para que não machucasse novamente sua mãe. Há também duas ou mais músicas que meu irmão cantava para mim dormir e o silêncio de querer sempre fugir de tudo, porque a vida nunca foi fácil, nunca foi rala. Resgatar as poucas bonecas sorridentes e correr pra longe de qualquer remoinho de maldade... fugir.
Por isso é que não quero mais o sentimento dolorido de ser gente grande, corrompida, cheia desses pedaços de tristeza. No meu olhar, ainda tem escrito muita coisa que eu nem sonho em dizer, porque a lembrança é uma faca de dois gumes. Dentre tais coisas, suspiro para acalmar o coração que insiste em doer. A verdade repugnante é que os erros cometidos por pessoas que amei são as dores mais profundas da minha alma... são os pesos mais reais que tenho, são as lágrimas mais molhadas que tomam meu rosto.
E nada disso para, pois enquanto me viro do avesso e corro na pista molhada de chuva só pra segurar sua mão, o teu semblante se fecha no mais puro vendaval e me deixa chuvosa, sozinha... E a culpa é exclusivamente minha, que enquanto me perco ainda assim te encontro, te busco. No escuro apalpo as estrelas mortas de um céu ainda tentando sobreviver, enquanto ninguém abre a janela para me deixar entrar... Só trancam quando mais preciso recolher a bagunça, quando mais preciso olhar-me no espelho e ver que sim, estou viva, de carne e osso, e que meu olhar é o mesmo que o de treze anos atrás. Por essas e outras dores é que não sou entendida. Talvez nunca seja, quando amor ainda mora em mim, só me resta sentir o naufrago desse comodo vazio e abraçar a solidão como prova de que o halito fresco que despejei na sua boca, foi mais que uma troca de juízos, foi me declarar, ainda que pequena e sem folego, independentemente sua e misteriosamente minha.
Sete sereias
Tenho saudade do que nunca fui. Do meu olhar no rol da escada, do meu livro de histórias gregas, de uma fita de aniversário e dos meus sete anos. Tenho falta dos sete pedaços que um dia fui, de sete almas que um dia tive, de sete palmos da terra que nem sentiam meu cheiro. De viver sete dias na semana sem chorar sete vezes e sentir sete mundos e sofrer sete céus. E mais sete… e mais sete. Me cala o fio de esperança que não mora aqui, e a vida transpassada e alegre que as pessoas carregam no olhar. O meu é só vazio, é só desespero contido em um brilho ofuscado, é vontade de gritar e uma rouquidão só minha. Meu sorriso não abre alas, meu carnaval é em braile, quase ninguém saber ler. Minha festa é outra, minha festa é interna. Não tenho mais o sangue do mundo, não corto mais os pulsos. Não pulo as sete ondas, nem os sete mares, nem as sete vidas. Meu choro é calado e contínuo durando mais que sete dias, mais que sete anos, mais que as sete madrugadas de insônia. Ainda acabo, de tão imensa e desmesurada, roubando espaço dos outros, roubando sentimento dos outros. É que na verdade, sou ladra. Desde quando roubei um chapéu, desde quando matei o gato que diziam ter sete vidas. Sempre as sete vidas. Sou ladra porque saio catando todas essas loucuras e guardando em mim, e vivendo em mim. Canto e encanto com o som das sereias, e nem preciso remexer o cabelo. Nome eu não tenho, minha vida é por dentro, quase imperceptível, calada, roubada. Não vejo. Só sinto e sinto e me entrego em qualquer mar silencioso que me chame. No cheiro de maresia que entranha, mas eu nem me importo ao salpicar o corpo de areia, nem me importo em roubar todos os pecados e fazer virar estatua de sal. Pois quando canto, estonteio.
Acredito que saudade passa... Que esse aperto em meu coração não mata... Que as lágrimas uma hora vão parar de cair... Mas o amor, o verdadeiro amor...esse ficará para sempre em meu coração...
eu adoraria te ter aqui comigo, não agora mas sim para sempre :/ 1 month :'( quanta saudade :////// #triste J.F
Tédio desesperador, quando se junta com a saudade. É a dor de um parto espiritual, como se fosse parir a alma, mais o teu cheiro que me acompanha no ar, me deixa vivo. É cheiro de esperança, Cheiro de Amanhã, se é que ele existe!?!
Sinto saudade de quando você dizia que me amava. E ver você dizendo te amo pra outra não muda nada. :/
As melhores coisas da vida, não soube escolher, agora que tudo não faz mais falta, sinto saudade. não tenho porque lembrar de coisas velhas, que não me servem mais.
Saudade, ê saudade...
Tú não me abandonas, prende-me em teus braços
Abraça-me forte, tira-me o ar.
Ô Saudade, que machuca minha alma
Que estraçalha meus sonhos, perdoe-me, sou apenas criança.
O que mais posso sentir
Se és tú, saudade maldita, que me têm por completo.
Detêm direitos, não concedidos, sobre mim.
O que sou eu, saudade?
Sou teu eterno escravo?
Ou teu amante, teu intimo refúgio?
Por que não procuras outro, saudade, e faz dele teu cigarro?
O fume, o sinta, o acabe, e faça-me um favor: morras com ele!
Saudade, já machucou-me tanto
Que para mim, qualquer instante sem ti é como estar nas nuvens.
Feliz, saudade? Só pode estar, ao me ver aqui caído, feito folha morta.
Perdoe-me saudade, afasta-se de mim, e leva meu sofrimento.
Perdoe-me vida, desisti cedo demais...
Quando de mim sentir...
saudade ..procura em uma flor...
só nela ....encontra o perfume...
de quem muito te amor...
Saudade que é saudade vem com tentativas de reaproximação.
Saudade, quando há saudade, você faz questão de dizer a pessoa que ela faz te falta.
Onde há saudade, o orgulho fica de lado para dar espaço à procura, a um telefonema, a um sms ou a qualquer outra coisa.
Quem realmente sente saudade, meu chapa, dá um jeito de correr atrás.
Em silêncio, tento amenizar a dor;
Com simples versos, tento acabar com a saudade;
Em prantos me recomponho. Olhando fotos suas através das lágrimas, percebo que a cura para esta dor está em você.
Estava chovendo e, deu saudade, de quando a gente se via, de quando você me deixava em casa, daquelas noites em que sentados, nenhum toque havia, e mesmo assim exalavamos “amor”. Deu saudade de quando tua boca sem jeito se encostava na minha, e o beijo mais tosco acontecia. Da tua risada trêmula, quando eu dizia que você me amava, e relutando você sorria. Deu até saudade das inúmeras mentiras que você contou pra eu dormir feliz, aquelas que me faziam os olhos brilhar, tão estúpida e doce, acreditando.. Deu saudade só do que eu era, antes de você partir, deixando poeira sobre os móveis e as fotos de uma história que nunca existiu.
2009, em alguma decepção.
