Água
CRISTALINA
Pintei de azul marinho
um pedacinho do mar,
e dois seios desenhei,
livres ao frescor do ar.
Guardei na minha retina,
a imagem cristalina
de um encanto de lugar.
Água cristalina que banha
Os pés, a cabeça, a vida
Água de beber, de nadar, navegar
Precioso néctar da Terra
Fonte da renovação e do despertar
Traga de dentro de nós a consciência
A cura,fé, esperança
Mergulhados na límpida essência
Para nos renovar...
Doença Psicossomática
Neste momento, honestamente, eu não sei quem sou
Não sei quem eu fui e não sei quem vou me tornar
Estou perdido.
A água é fundamental para existência de vida.
Meu estado físico vem sofrendo alterações, nada favoráveis
Num determinado momento a temperatura aumenta, o sólido se torna líquido
Fusão.
Quando a temperatura cai, eu que já estava perdido, me perco ainda mais
Solidificação.
Meu eu em solidão
Sendo doce, pareço ser amargo
Sendo corrupto, pareço ser honesto
Sublimação.
Quando essa escuridão se enfraquece
Logo percebo que meu estado mental, está ficando frio novamente
Meu coração não se aquece, não tenho equilíbrio
À beira mar vira à beira do precipício
Condensação.
Minha temperatura é instável, não acho uma conversão
Estou desnutrido.
Tempos difíceis sem direção
Dentre a guerra e a paz
Me procuro e não me encontro
Nem em alma, nem em corpo
Vaporização.
Nós somos como um rio poluído pelas impurezas que encontra no seu percurso.
O pensamento que antes fluía intensamente, agora se arrasta lentamente, carregado dos males, inquietudes e incertezas,
que os esgotos e as águas de outros rios,despejam na correnteza.
Se não podemos ser como o mar que, pela imensidão, nem se importa com a sujeira que despejam nas suas águas, podemos, como o rio, mudar o curso ou o trajeto, para não represarmos todos os males, que um dia transbordam, na enchente.
Tua água Jesus
É que, do meu hoje minha peleja.
Teu altar, teu coração, sábio que almeja.
Tão santo.
Teu caráter, limpo manto.
Quão oro, busco e canto.
Que peço, sim, essa vontade seja.
Banhar Senhor Jesus.
Este meu coração.
Que despejo, todo na tua mão.
Qual água, correnteza e direção.
Inodoro, limpo quero entregar.
Merece o capricho.
Lavado, arrancar todo lixo.
Uma suave borboleta.
Uma pétala suave.
De uma criança jamais manchada.
Meu coração.
Purificação de minha alma.
Dê me dá tua fonte mais pura.
Mais santa, que tudo sara, tudo cura.
Dê me dá água mais cristalina.
Jogarei meu coração.
Tão sincero essa adrenalina.
Pois bem, clamando, suplicando.
Neste enredo, louvor, clamor.
Diga me senhor, onde brota essa mina.
Quero, preciso dar te um coração repleto.
Puro, limpo, verdadeiro e completo.
Eis que sozinho, eu não consigo.
Busco, chamo, entrego.
Deixa eu ser um íntimo amigo.
Meu desejo, revelo.
Que faz escolhidos e seletos.
Seara, gente, coração, corações sinceros.
Tua água, purifica nos a estar contigo.
Giovane Silva Santos
Permita-se a transformação! E lembre-se que de gota em gota a panela enche. Que pela insistência a mesma é capaz de furar a pedra.
Gotas de água fazem rimas de harmonia num poema esculpido com fios de seda. É a Natureza a fazer poesia!
© Ana Cachide
ÁGUA
Oh... afortunada água que sacia
a matéria sedenta, tão sequiosa
e que pro desejo é doce poesia:
de prazer, alegria, ó fonte ditosa!
Da natureza aquela boa cortesia
que depura, alivia, vida fabulosa
de fundamento para o nosso dia
que a todos é a razão venturosa
Louvado seja, água pura e sadia
que seja sempre boa companhia
cuidada, e pra cada um presente
Oh, afortunada água que abebera
impera, e a secura freia, pondera
pois, afinal, é vida na vida da gente!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
9 de maio, 2022, 19’57” – Araguari, MG
Se aparecesse uma gota d'água a cada vez que eu pensasse em ti, eu navegaria por um oceano infinito.
Sentimentos são água de um instante.
Tua presença é luz que me invade
É água que me renova
É nave que me faz viajar
Desde o mais alto céu
Ao mais profundo mar!
Na chuva do musseque
Na chuva do musseque
gritam grávidas, banham as crianças,
trancam-se os leitores, os calmos,
as musas de longas tranças,
na chuva do musseque,
dos olhares à janela,
daquela canção terna, da chuva,
no transe dos apaixonados,
dos beijinhos na cama,
no limiar dos encapuzados,
o amor nasce, vai e renasce
na chuva do musseque.
