Aflição
Já não me importo
Já não me importo...
Toda aflição suporto.
Tristeza, decepção...
Com toda dor está tão acostumado meu coração.
Já não me importo...
Passos tortos.
Jornadas, com dores, marcadas...
Não há alegrias em mais nada.
Já não me importo..
Indiferente ao que vem pela frente.
Nada me resta...
Acabou pra mim a festa...
É só deserta estrada... que em nada acaba.
Já não me importo...
Passei por todos os portos...
Como um aborto.
Navio sem porto.
Já não me importo...
suporto.
Nos momentos de aflição, quando as tempestades parecem abalar as estruturas da minha existência, é a fé em Deus que me sustenta e me mantém de pé. Seu amor incondicional e sua misericórdia são a luz que ilumina o caminho obscuro, mostrando-me que mesmo nas horas mais sombrias, há esperança de dias melhores.
- Edna Andrade
A devoção, seja religiosa, política ou familiar, serve de refúgio diante da aflição que a "liberdade" nos traz.
O jejum como “aflição da alma” não é, por si só, o arrependimento, mas sim um meio que o expressa e o aprofunda, envolvendo o coração e a mudança de conduta. A Torá ordena “afligir a alma” no Yom Kipur (Levítico 23:27), o Dia da Expiação, quando o povo busca sinceramente o perdão de Deus.
Há 193 militares na prisão,
Do General nada mais sei,
Eis a mais terrível aflição!
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🌿 Há 91 militares do Exército na prisão,
Do General ainda nenhuma notícia,
Esse verso é sobre desejo e libertação!
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🌿 Há 20 militares da Aviação na prisão,
Da liberdade do General nem previsão,
Só sei que tenho escrito sobre silenciação!
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🌿 Há 24 militares da Armada na prisão,
Do General nenhuma manchete,
Não sirvo à indiferença e silenciação.
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🌿 Há 58 militares da Guarda Nacional na prisão,
Do General não sei nem sobre as dores,
Envio poesia para o mundo tomar noção!
Louvado seja em todo tempo,
Na alegria e na aflição.
Tua graça é meu sustento,
És minha rocha, minha canção.
Já não há mais separação,
nem pecado, nem aflição.
O tempo acabou, o mal se calou,
e o Cordeiro enfim triunfou!
AFLIÇÃO
Pulsa no cerrado o horizonte imenso
Num entardecer purpúreo candente
No desanimo surges, tão lentamente
Lembranças, molesto e tédio denso
Que eterniza a agonia e sentir tenso
De um passado caprichoso e ardente
Embora aqui presente, está ausente
Na emoção. Turrão ainda é extenso
E o pôr do sol é tormento e nostalgia
Em um acre perfume, árduo expiro
E a uma sensação aflitiva me contagia
Nesse anseio a saudade n’alma arde
És um passado de amor feito suspiro
Suspiro e caro pesar no cair da tarde!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG – 26/07/2021, 18’00”
SANGRAR EM DOR
Se o verso que escreve, a aflição contida
Na saudade, e fere na inspiração versada
Tudo por ele é pesar, toda alegria perdida
A emoção, tão vazia, se nota desprezada
Pudesse a poesia que na agonia é dividida
Sentir o suspiro duma penosa madrugada
E quanta lágrima, talvez, na poética ferida
Sentiria, em cada estrofe redigida, teatrada
Quanta gente ao ler, talvez, sem conceber
O quanto de desalento, de uma ilusão a ter
Numa prosa de um mal sem rumo de amor
Quanta gente sem estimar, e até imaginou
Somente sensação interina. Pouco passou!
Pois, quem, no seu versejar, sangra em dor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19 junho, 2023, 18'52" – Araguari, MG
DIA CHUVOSO
Trovejante soneto troou na dura aflição
Dia chuvoso na tarde com melancolia
Alma num vazio, e vazio na sensação
Em uma mescla de angústia e poesia
Trovejante sentimento troou pensativo
Na emoção, realidade vera ou fantasia
Quanto inteiro cerrado, tremeu ilativo
Obedecendo a dor, que versar queria
E ao perpassar por margem sofrente
O verso soluça num soneto chorando
E o bardo, também, chora soluçando
Trovejante poema troou descontente
Surge a saudade no infortúnio atado
Ferindo o emotivo coração da gente!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Janeiro, 2023, 17'51” – Araguari, MG
Jamais poderemos Mensurar a Aflição que um Coração está suportando. Se não for para lhe estendermos as mãos, nos recolhamos na nossa insignificância.
Poesia e o poeta
Lento o tempo passa no cerrado
Passa numa aflição acelerada
Arremessando a alma numa cilada
Onde evoca o estro do passado
No alvo papel não tem nada
O lampejo enrugado maltrata
E o tempo na poesia, pirata
Ensaiando asas para revoada
E na lira inocente e árida rima
Vacila a desmedida emoção
Querendo virgem inspiração
Onde o verso treta e aproxima...
A poesia do poeta
Luciano Spagnol
Maio, 2016
Cerrado goiano
DESATINO (soneto)
Ó melancolia do cerrado, a paz me tragas
Solidão em convulsão, aflição em rebeldia
Dum silêncio em desespero, e irosa agonia
Ressecando o coração de incautas pragas
Incrédula convicção, escareadas chagas
De ocasos destinos, e emoção tão fria
Do horizonte de colossal tristura sombria
Que rasga o choro em lacrimosas sagas
Ó amargor do peito engasgado na tirania
Duma má sorte, e fatiadas pelas adagas
D'alma ao léu, tal seca folha na ventania
Pra onde vou, nestas brutas azinhagas
Onde caminha a saudade na periferia
Do fatal desatino em pícaras pressagas?
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
HOJE EU CHOREI (soneto)
Hoje eu chorei porque tive vontade
Se foi saudade, aflição, eu não sei
Apenas chorei, e o peito desabafei
Chorei quem sabe duma felicidade
Se separou, se a vida amargou, ei
Apenas chorei. Choro de verdade
Não o sufoquei n'alma, liberdade
Num grito com lágrima, então dei
E neste pranto sem ter valeidade
Choro... Chorei... e sempre darei
Pois eu não sou no todo, metade
E se chorei, não é porque afazei
Um choro de qualquer fatuidade
Onde eu chorando, hoje chorei!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano p
Poesia parida
Pare dor e aflição os meus versos
Da inspiração do poeta por vir
São teus açoites em reverso
Com rimas que vão se despir
Gota a gota, gelha a gelha
Coando a quimera que põe a fingir
Tal veras, que ao banal se assemelha
Doando ao poeta sensação no existir
A poesia vida, odor, e a intuição centelha
Sussurrando suspiros do poema a parir
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20/02/2016 – Cerrado goiano
Chore sem receio
Abra o seu coração
Liberte essa dor
Mostre a sua aflição
Esparja as suas lágrimas
Sobre mim
Diga o que sentes
Estou aqui pra te ouvir
Chore enquanto...
Apoies no meu ombro
Ou apertes a minha mão
Chore...
Não esconde as suas lágrimas
Chore com esperança
Logo virá um novo dia
Não se desespere
Virá o tempo de alegria
Não se atrasará
Em breve ele virá
O temporal passa, a dor passa, angústia aflição discórdia ficaram no passado, a tormenta assola machuca até ferir o orgulho da alma cansada, no final de tudo o forte vence.
Hoje em dia, as pessoas não têm sequer o direito, o tempo necessário para trabalhar suas próprias angústias, dores e aflições.
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