Adolescência
Viva em minha memória está a dança que compartilhamos naquela noite.
Por um breve momento o mundo estava inteiramente certo,
Como podia saber que haveria um adeus tão breve?
Agora, ainda bem que não sabia como tudo iria acabar, como tudo seria,
Nossas vidas precisavam seguir seus caminhos.
Certamente eu poderia ter escapado dessa dor,
Mas teria que perder nossa dança.
Com você em meus braços eu tinha tudo,
Por um momento foi um rei ao lado da sua Rainha,
Mas se eu apenas soubesse como o rei cairia!
Será que realmente tive a chance de mudar tudo?
Agora, ainda bem que não sabia de nada, de como seria o dia seguinte,
Nossas vidas precisavam seguir seu destinos.
E eu poderia ter evitado a dor, mas teria que perder nossa dança.
Sim, minha vida segui seu caminho,
Mas hoje essa dor talvez não existisse, se tivéssemos continuado a Dança.
Não sou o único viajante que ainda não acertou seu erros,
E também não sou o único procurando um novo caminho para novamente seguir.
Quero voltar à noite que juntos nos dançamos.
Talvez assim poderia dizer à mim mesmo o que fazer,
Assim poderia disser: ' Não tire ela para dançar!'.
Por favor, me leve de volta à noite em que juntos nos dançamos.
Naquele abraço, eu tive tudo, talvez quase tudo, ou mesmo só um pouco de você,
Mas depois, certamente não tive nada seu, ou quase nada,
Por que hoje não sei como viver apenas com sua doce lembrança me acordando todas as noites.
Deus, deixe-me voltar à noite em que juntos nos dançamos,
Voltar para o momento em que a noite ainda era assustadora, mas que eu ainda não a tinha tirado para dançar.
Hoje, continuo preso aquele momento, por que não posso voltar a noite em que juntos nos dançamos, e pedir que a música nunca acabe.
Inspirado na música 'The Night We Met' de Lord Huron.
O JOVEM
Muito pai já controlou
a vida do filho seu.
Lá na frente não viveu,
só fez o que o pai mandou,
não criou, não inovou.
O jovem tem rebeldia,
é pessoa arredia.
Não é só má-criação,
é também demonstração
de que quer autonomia.
Pela ponte da estrada
ela ficava olhando o menino
que vagamente caminhava.
Lá de cima ela sonhava
com o dia que tocaria
a pele macia
do Menino do rio.
Eram crianças e imaturas
Não havia nem as maldades
que se criam na adulta imaginação
Tudo era puro e de verdade
no inócuo do coração
Quando menina ela o amava
De longe olhava o Menino no rio
Um dia, na ponte, ela o encontrou
olhando em seus olhos, tudo contou
Num beijo durou como sendo infinito,
Agora em seus braços, o Menino do rio
Era, enfim, seu grande Amor.
(FERGOM, Edleuza. O Menino do Rio. In: GONDIM, Kélisson (Org.). Vozes Perdidas no tempo. Brodowski: Palavra é Arte, 2020. p. 104).
Nenhum adolescente quer ser compreendido. Por isso é que eles reclamam por serem incompreendidos o tempo todo.
Devo ser um completo egoísta, sinto que eu sou mais do que um peso, quero viver sozinho mas não quero ser um ser de solidão. Quero ter para mim algo que me faça feliz, não parece que eu encontrei minha felicidade mesmo quando estou em ``casa´´ já que não me identifico em lugar nenhum, não me aceito como fui feito mesmo tendo a noção que sou a imagem e semelhança de Deus, não acredito que faça diferença a minha presença ou falta. Essa merda de adolescência está me bombardeando de sentimentos ruins, emoções intensas mas vazias, como se mesmo se eu tiver tudo não serei nada, não tenho nome, oque realmente eu sou, oque eu posso fazer, oque eu devo fazer, certo e errado já virou apenas algo sem sentido.
Século De Mãos
Cada criança que nasce é um tumúlo,
Que se abre no útero da sepultura,
Da consciência intra-uterina da alma humana.
Nascer é ser parte do fatídico da vida.
Viver é provar que a degradação não é congênita.
Ó caminhos da existência sobre a vereda da morte!
Ah, mãos da minha infância!
Da infância que ainda hoje sou.
Da adolescência que não tive.
Mãos que sustentam outras mãos.
Ah! – Deus! Deus! Deus!
Por que ainda fecunda-nos com mãos infantis?
Mutilações, substituições! – E sempre novas mãos!
E quanto a mim, que sou outra criança?
Então é uma criança a cuidar da outra?
Deus! – Há na terra um pacto de mãos.
As mãos infantis ardem!
O dramaturgo da vida é Deus.
Minhas mãos estão cansadas de tanto rezar! Abro-as!
Renego a tudo – Aos gritos!
– Mãos oriundas da criação do orgulho a dois.
Progenitores de séculos de mãos!
Não, eu não preciso de mãos para me proteger.
Talvez precisasse de Deus...
Mas cadê Deus? Onde está Deus?
As desgraças sempre foram distribuídas entre as mãos humanas.
Eu estou sozinho e o evangelho sumiu.
Um dia, vamos olhar para os nossos avós e pais, tios, primos, e eles vão estar felizes, vão ter uma família, que muitas das vezes, parece que é apenas deles, não é?
Adolescentes prendem-se tanto a amizades e amores que acabam por se esquecer de que o importante é estar bem com eles mesmos, e estar bem com eles mesmos é questionável, muitas e muitos adolescentes, passam por dificuldades em encarar este novo mundo, este novo mundo que está repleto de dor e sofrimento, por vezes, muitos seguem caminhos maus, mas isso não muda a tristeza que tem de si próprio.
Estarei a desabafar generalizando aquilo que penso acerca da sociedade?
Já como dizia Allen Halloween, “o amor é como um cancro maligno”, na adolescência, então, é um pecado.
Coração de Adolescente
(Lidiane da Gama)
Em um bairro tranquilo, vivia um grupo de amigos inseparáveis: Júlia, Pedro, Ana e Lucas. Eles estavam no auge da adolescência, navegando pelas mudanças e desafios que essa fase trazia. Cada um enfrentava suas próprias batalhas internas, e juntos, aprendiam a lidar com a complexidade das emoções.
Júlia era a mais empática do grupo. Sempre sabia quando alguém precisava de apoio, mas tinha dificuldade em expressar suas próprias emoções. Pedro, o mais extrovertido, usava o humor para esconder suas inseguranças. Ana, a intelectual, buscava respostas nos livros, mas não conseguia lidar com a pressão de ser a melhor em tudo. Lucas, o mais reservado, escondia sua ansiedade atrás de uma fachada calma.
Certa tarde, após uma aula particularmente difícil, eles decidiram assistir ao filme "Divertida Mente" na casa de Pedro. O filme abriu portas para conversas que nunca tinham tido antes. Eles começaram a falar sobre como se sentiam, identificando suas emoções como alegria, tristeza, medo, raiva e nojo, assim como os personagens do filme.
Bruno, o irmão mais velho de Pedro, era estudante de psicologia e entrou na conversa, explicando a importância da educação emocional. "Entender e reconhecer nossas emoções é o primeiro passo para aprender a gerenciá-las", disse ele. "As emoções têm três componentes principais: elas são subjetivas, sentimos fisicamente no corpo, e nos impulsionam a agir de certas maneiras."
Enquanto Bruno falava, Júlia percebeu que o aperto no peito que sentia quando estava ansiosa era uma manifestação física de suas emoções. Pedro notou que seu humor excessivo era uma forma de evitar lidar com o medo de rejeição. Ana entendeu que sua busca incessante por perfeição era uma forma de controlar a insegurança, e Lucas começou a reconhecer que sua calma exterior escondia uma tempestade interna de ansiedade.
Ana Luísa, a psicóloga da escola, também se envolveu com o grupo, organizando encontros semanais para discutir sentimentos e emoções. Ela explicou como a adolescência é um período de busca por identidade e autoconhecimento, o que pode gerar muita confusão e insegurança. "É uma fase desafiadora, mas entender nossas emoções e como elas nos afetam pode nos ajudar a navegar por ela", disse ela.
Através dessas conversas e sessões, o grupo começou a se sentir mais conectado e compreendido. Eles aprenderam a reconhecer e nomear suas emoções, a entender suas reações e a desenvolver habilidades para gerenciá-las.
A história do grupo de amigos mostra como a educação emocional pode transformar a vida dos adolescentes. Com o apoio certo, eles aprenderam a lidar com suas emoções, fortaleceram seus laços e enfrentaram juntos os desafios da adolescência. E, acima de tudo, descobriram que não estavam sozinhos nessa jornada complexa e emocionante chamada vida.
AURORA DA MINHA VIDA
Andei na Rua da Aurora
quando era colegial.
Ao sair da minha escola,
todo dia era igual.
As pontes atravessei
na fase que mais amei,
no meu tempo jovial.
A vida é feita de frases e versos:
como as escolhas e consequências,
alternativas com erros e acertos,
e seus momentos bons ou ruins.
A vida é feita de fases:
de evolução e sucessivas mudanças,
desde a adolescência sem fim,
de aprendizado e desenvolvimento,
até a maturidade e plenitude inatingível.
Reflexões que me transportam ao passado
E saio a procurar a criança que viveu
Em mim
Com muitas emoções,
Era um jardim,
Sim, e de infância,
Mas, só consegui resgatar uma sombra,
Da minha doce adolescência,
Pois, hoje sou uma senhora!.
"Quando observo hoje a vida de muitos colegas de infância infiro: valeu a pena ter me rendido a Cristo na minha adolescência".
Anderson Silva
Minha infância
foi conturbada
sustos e medos
e a criança assustada
De um lado eu não tinha
nem amor e nem proteção
é o lado da minha mãe
qual eu não tinha nem atenção
Do outro carinho
proteção e amor
essa foi minha vó
que me deu tanto amor
Até os 10 anos
com minha vó eu cresci
tive amor e cuidados
como eu nunca mais vi
Depois disso eu perdi
a vó que eu sempre amei
Foi um susto sua partida
ia se um amor que eu nunca mais terei
Virei filho da minha mãe
porque eu era o filho da vó
isso foi complicado
tudo doía que só
Com minha mãe foi diferente
Amor e proteção eu não tinha
senti sua falta vó
De dia e a noite todinha
Tive que aprender
com ela a conviver
não tinha outra saída
Se não com minha mãe crescer
Com 11 anos
Eu tive muito que aprender
Cuidar de casa e irmãos
Fui obrigado a crescer
Nossa mãe queria rua
Festas, Bares, ela queria sair
Meus irmãos comigo ficavam
Pra ela ir se divertir
Passei Muito tempo com medo
Carregava pesos e problemas e de mim eu esquecia
Tive que lidar com ameaças e tristezas
E ainda tinha a crise de epilepsia
Essa eu descobri aos 7
E me acompanhou até a adolescência
Em meio á um turbilhão de coisas
Aos 12 perdi minha inocência
Foi bem triste
Ela eu ter perdido tão cedo
Mas não tive uma proteção
E ali ficou guardado em segredo
E chegou a adolescência
E tivemos nossos estranhamentos
Brigávamos, eu e minha mãe
Por opostos pensamentos
Já na fase adulta
Criamos uma forte ligação
Um era amigo do outro
Quase não brigávamos não
Nos meus 25 anos
Ela organizou uma festão
Minha mãe amava isso
E se divertia de montão
Esse foi meu último aniversário
Que eu passaria com ela
Deus á levou pra descansar
E encontrar minha vó junto dela
Foi em 2018
Que ela veio a falecer
Em coma e dormindo ela estava
Mas tínhamos fé que ela iria sobreviver
Hoje sinto um vazio
Que Jamais será esquecido
Amor de uma avó, Companhia de uma mãe
Que nunca será preenchido
Mas sigo a vida
Acreditando que um dia iremos nos ver
Abraçar Minha vó, Beijar minha mãe
Que isso um dia venha á acontecer
Termino agradecendo minha vó
Por todo amor e carinho
Sentia sempre seu amor
Eu nunca estava sozinho
Termino agradecendo minha mãe
Por ser louca e bem forte
Lutou o quanto podia
Agradeço os ensinamentos
Conhecer vocês foi minha SORTE
A juventude hoje vive uma falsa liberdade escravizada, afinal a verdadeira liberdade cobra posicionamento nas escolhas, custo reais e as conseqüências delas. Hoje a sociedade mais jovem, vive numa euforia vandalizada, brincam com os sentimentos sem respostas e se robotizam por não terem maturidade biológica e nem psíquica para praticar apenas o que acreditam, que seja verdade para eles e lhes convém.
ILUSÕES DE AMOR
Profª Lourdes Duarte
Oh! Ilusão que mantive dias a pós dias
Por um amor que só em meu coração existia
Meus olhos embaciados a sonha vivia
Do ímpeto de um imperfeito amor que me invadia.
Como um cristal morto de um espelho antigo
Meus olhos refletiam minhas ilusões e minha dor
Em forma de amor profundo vivia de agonia
Cega de amor por quem não me correspondia.
Com restos de sonhos e propósitos perdidos
Erguei meus olhos e abri meu coração
Não para quem me alimentou de ilusões
Mas para um grande e novo amor
Que aflorou no meu coração.
A ilusão que mantinha a minha esperança se foi,
Reerguendo-me mais forte, prossigo
Pessoas vem e vão, cabe somente a nós,
Distinguir amor de amizade e não nos iludir
Com amor que é mera fantasia da alma
Ou lentidão duma inquietude de amor.
Com meus sonhos prossigo, entretanto
Ilusões, não as deixo dominar meus ser
Embora fruto de um amor ilusório
Florido sentimento permaneceu
Por muito tempo em mim.
Na profundidade do desencanto.
A ilusão aprofundou meu pranto,
foste doçura do meu coração,
Embora hoje, és apenas lembranças
De uma adolescência que se foi.
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Tem um pensamento lindo de France Marialva ela diz que ,
Ah! O amor nos faz perder o juízo!
Torna adolescentes em adultos e velhos em adolescentes: não existe regra, não existe idade, não existe nada além dele. Se é surpresa para corações jovens, para os mais vividos é um presente dos céus, pois chegou na hora em que não acreditava mais no possível. A esse é dado
A cada novo desafio que a vida me impõe eu cresço, desenvolvo-me emocionalmente e espiritualmente e torno-me mais madura. Mas o meu coração não muda, ainda o sinto palpitar a cada nova experiência como se eu fosse aquela adolescente de trinta anos atrás, cheia de sonhos, borboletinhas no estômago e esperança no olhar.
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