Admito
Você se foi e levou com você tudo o que havia em mim.
Admito que eram poucas coisas, só que o mais importante que era meu coração você fez questão de quebrá-lo e levar os restos que sobraram junto com você.
Talvez tenha jogado em uma lata de lixo qualquer no caminho pra casa, quem sabe.
Mas logo meu coração, que batia por você.
Tudo bem, admito também que a culpa foi toda minha por ter o entregado a você no primeiro momento.
Aquele em que você dizia me amar.
O que não passava de mais uma mentira para sua grande lista.
Eu adorava a simplicidade com que te amava, era simples, mas era bem forte.
Tão forte que usei esse amor pra conseguir sobreviver todo esse tempo.
E foi tentando sobreviver que te esqueci.
A verdade é uma mera desculpa para a falta de imaginação.
Admito que vê-la queimar (sua alfaiataria) não foi exatamente catastrófico.
Queira me desculpar por trazer essa conversa a uma dimensão pessoal, mas porque minha morte era necessária? Em que seria útil?
Sim, eu admito que disse que não conseguiria viver sem você. Mas só que foi vivendo sem você que eu realmente comecei a viver.
Admito que doeu, que me sufocou. Admito que eu não sabia pra onde correr. Admito que me consumiu, que me corroeu, que me despedaçou.
Queria fazer você se apaixonar por mim e quebrar seu coração, admito que só por vingança. Mas, de tão tola que sou, tenho certeza que me apaixonaria de novo e você que quebraria meu coração, pela décima vez.
Eu nunca pedi pra você me prometer qualquer coisa que seja, mas também não admito que você diga algo e não cumpra.
As vezes parece que ela mim odeia, admito há um aborto emocional entre nós, mais ainda há um cordão umbilical que ainda nos mantém ligadas as vezes até sinto uma conexão que por ela mesma é sempre desligada. Não sei quando houve esse nosso rompimento de afeto? Acho que talvez seja irreversível como efeito colateral de algo mal feito. O que não entendo é porquê ela amamenta essa raiva de mim, porque ela sustenta esse desafeto renovando ano após ano sangrando meus ouvidos com suas negações, se é mais fácil dizer que ama em estado anormal sem amar , por que não é difícil demonstrar que nunca gostou fazendo-me sentir todavia odiada normalmente??
Eses
Admito que não sinto muita falta de mim
às vezes sou completamente estranho
e outras vezes sou simplesmente esquisito!
O sentimento nem sempre era tangível em papel e tinta, né, Clarice? Eu sinto muito.
Admito que continuo me perguntando se você era tão exigente. Se empilhava papéis amassados ao redor da sua máquina de escrever.
Se rasgava seus livros com ódio. Se questionava: isso é bom?
Você viveu poesias, dramas e contos que jamais leremos. E, mesmo parindo tantas páginas, nem 100 séculos te decifrarão.
Mas é justo, caso o dom da vida seja existir, em partes, intocável e sagrada.
Pelo menos você retribuiu essa justiça, tornando acessíveis alguns gritos íntimos dessa dor missionária.
seja na introspecção angustiante de Lóri (tantas de nós) ou nas suas tramas nitidamente pessoais.
Que vê lição nas galinhas, nas rachaduras... Que vê Deus ao pisar num rato morto na orla do Rio de Janeiro.
E, a propósito, custei a recuperar o rumo após "Perdoando Deus".
Sempre admirei sua coragem de lançar palavras céu afora e f#das!
"Quem quiser ler, leia por sua conta e risco". Um certo descaso com o perfeccionismo e com as opiniões.
Era seu modo de sobrevivência, né? Mas também... que opinião vai impedir um ovo prestes a chocar?
Pois eu assumi o risco... (devo dizer que tinhas razão!)
Mesmo acessando suas páginas (desesperada pela identificação), nasceu a minha maior dor: não ler seus escuros.
O que você foi quando suas mãos estiveram amputadas... quando, na missão da escrita, você aposentou as fardas?
Minha dor é não saber o que se passava na sua cabeça enquanto o bolo de palavras não descia (nem por reza) esôfago abaixo.
Era isso que eu queria perguntar, mas cheguei uns 50 anos atrasada.
Aquela dor de estar entalada... de nenhum arsenal de palavras ser suficiente para fazer escorregar o sentimento que se agarrou na garganta.
O que você fazia?
Quando não era a palavra, ERA O QUÊÊÊ?
Qual era o mecanismo, Clarice?
(silêncio!)
Perdi a palavra viva andando pelas ruas da Tijuca. Fiquei com os ecos, que são meu desespero de hoje e ciclicamente.
Mas é justo, né?
Você continua intocável. Não é sobre a escrita, é sobre aquilo que não se fez ler.
Não é sobre o pecado... consumado. Ele pode ser escrito.
A dor sempre residirá sobre a nossa sagrada, intocável, dolorosa e incompreensível solidão!
Diferente sei que sou ….
Esquisita? Eu admito.
Vivemos em um momento esquisito de coisas nada impossíveis!
Seus olhos de mistério infinito me deixam sem ar admito.
Seus olhos de oceano Pacífico me deixam sem saber se vou ou se fico. Seus olhos que me fazem perder o ar e meu próprio rumo com seu completo deslumbro, Me fazem duvidar se é real ou apenas uma fantasia enquanto durmo.
Admito não ter muito jeito para cumprir regras, mas nunca duvides do meu amor.
Os meus olhos tocam-te sempre que te sinto e é o teu nome que os meus lábios murmuram quando leve e espontaneamente se entreabrem.
Podem haver situações, admito, em que a tentativa de segurar as lágrimas será dura, mas só se começa a ver claro, quando a escuridão para de tomar conta.
ADMITO
Leonildo Alves de Sousa
Admito a minha pequenez
Diante da tua suprema grandeza
Ninguém tem essa pose e altivez
Esse primor e magnífica beleza!...
Admito não conheçer ninguém bela
Com esse corpo lindo e exuberante!
Cheia de graças, envolvente e singela
Com esse sorriso sensual e elegante!
Admito, meus olhos não tinham vistos
Ainda, imagem, foto, pessoa tão bonita!
E o meu coração nunca tinha sentido...
Tanta coisa boa, tanta emoção na vida!
Admito que mudei os meus sentimentos
Depois que ti conheci, assim, de repente
Passei a dar valor à vida, cem por cento
E aprumei todos os meus pensamentos!
Admito está feliz e satisfeito
Com a emoção que me preenche
Pois, você é uma pessoa perfeita
Que de alegria o meu coração treme!
Admito que minha vida se modificou
Diante da pessoa linda que você é!
Você é luz prateada distribuindo amor
Que me enche de coragem, alegria e fé.
Ainda estás aqui no meu coração, admito e não vou negar, mas também digo-te que aos poucos estás ocupado menos espaço a cada dia que passa!!!... Comcada silêncio teu, com cada palavra não dita e com cada olhar vazio... Assim o meu coração aprende!
- Relacionados
- Admito Meu Erro