Acorrentado
Estou fugindo. Com sede. Não me pergunte. Procurando. Correndo. Não me pergunte. Acorrentado. Cansado. Não me pergunte. Começar um texto nunca foi tão difícil. Assimetrar letras nunca foi tão arduoso. Encaixar as palavras dentro dos espaços parece ser uma tortura e um peso que me submeto a levar por um tempo. Um, que em outros tempos eu nem queria lembrar. Vomitando. Sem chorar. Não me pergunte. Assustado. Sem ar. Não me pergunte. Achei em mim algo que respondia o que nem gostaria de entender. Não me leia.
Não tenha medo de seguir em frente, pois o passado tem que ficar acorrentado no passado, sem nos causar medos no presente de vivermos um lindo e triunfal futuro. Saúde e Paz!
Pássaro preso
não canta, lamenta.
Coração acorrentado,
não bate, só vibra.
Roney Rodrigues em "Cativeiro"
Tire as correntes do seu cérebro, elas estão pesando seus pensamentos. Um cérebro acorrentado é um coração fechado.
"Hoje tenho apenas um coração quebrantado, uma alma triste e um corpo cansado, acorrentado numa âncora de ilusões e palavras que foram sufocadas."
-Roseane Rodrigues
"O escravo das drogas vive acorrentado com as correntes da morte, que só o alforria para um leito no hospital ou uma sela de cadeia, apenas para fazer o estágio antes de descer a sepultura".
"Nessa estrada o Violeiro cego
Tem visto mais coisas que uma luneta
Mesmo acorrentado pela vil corrente
Entorpece o corpo e deixa a alma quente"
Senzala do amor
Acorrentado, não posso fugir,
Não há janelas, as portas fechadas,
É minha prisão, rústica e abafada,
Total é o desconforto, nada a contemplar,
Ouço lá fora, o canto dos pássaros,
Eu sei que estão felizes, livres a voar.
Liberdade, liberdade, ah! sonho meu!
Enquanto isso, eu estou aqui.
Somente eu.
Amanhece o dia, ouço movimentos,
Talvez humanos, ou desumanos, não sei.
Só sei que lá fora, o que me espera,
Não é minha amada, minha namorada, certeza não é.
O que me espera, nada desejado,
Somente a jornada,
Trabalhos, trabalhos!
Ah! Minha vida, será que eu vivo?
Não sei, nada mais sei.
Só sei que lá fora, me espera a lei.
A lei que tirou, minha liberdade,
Que também tirou, de mim minha amada.
Que não mais à vi.
Porém o amor,
No meu peito ficou,
Ninguém o arrancou,
Meu direito de amar.
Muito embora que a sorte,
Forte como a morte,
Me trancafiou,
Em masmorras de dor,
Na senzala de horror.
Porém, no entanto,
Fiz em meu coração,
Suave canção.
E um lugar reservado,
Pra abrigar minha amada,
A senzala do amor.
Viver em uma utopia é como ser um Elefante forte e pesado,mas acorrentado por uma simples corrente,que o prende a dogmas contestáveis!
Após um choque, abri os olhos e me vi acorrentado.
Acorrentado ao passado, com belas lembranças, momentos únicos...dias lindos e agradáveis.
Olhei para o outro lado e vi o tempo passando, gritei para ele esperar, mas indiferente continuou seguindo
sem responder, de forma estranhamente elegante e devagar.
O ambiente ficava mais cinza a cada passo que o tempo dava... e eu ali, acorrentado, preso ao passado.
As correntes me ligavam em um foco de luz, mas era uma luz isolada, o contorno todo negro e o interior formado por imagens estáticas, não se moviam.
Olhei novamente para o tempo e ele com um sorriso no canto da boca disse: "Graças a mim, teve aqueles momentos,
mas foi graças a ti que eles se tornaram eternos."
Eu retruquei: "Porque você não pára? Eu QUERO viver aquilo mais uma vez!!"
Ele finalizando disse: "Eu sou constante, mas você não, não podes viver o passado e o presente ao mesmo tempo, quem dirá o presente e o futuro, venha comigo ou morrerá no passado."
Imediatamente as correntes sumiram, fraco me levantei, pernas trêmulas vi o tempo, já de costas, indo em frente e deixando um caminho para eu seguir...
Pobre vagabundo!
Amordaçado, acorrentado, esquecido.
Parece rodeado pela morte.
Mas como Sansão cego, muito força escondida, ali se encontra.
Vezes ele quebra os grilhões, vem ver o sol, até sonha voar,
Mas logo volta a sua masmorra permanecendo no esquecimento momentâneo.
Acorrentados
Toda namorada,
esposa ou afins,
querem ter o amado,
acorrentado assim,
sempre a seu lado.
Todo dia e toda hora,
finais de semana,
pela eternidade a fora.
Se isso não acontecer
vem o grito que faz tremer:
- “VOCÊ ESTAVA ONDE?
COM AQUELA ZINHA?
E desculpas, nem adianta,
Porque a moça responde:
- NÃO QUERO MAIS SABER DE VOCÊ!
Correntes
Acorrentado, amordaçado
Não há como fugir
Acorrentado, amordaçado
Ficarei mesmo aqui.
Todos os lados são iguais
Já contei várias rachaduras
Os toques são frios,
Será meu fim nesta cela escura.
Grito...mas só eu me escuto.
Os ouvidos foram tampado
Não querem se mexer
Já velam, estão de luto.
Ficarei presa no meu próprio corpo
Sem muito o que fazer
Até um ser se compadecer
Esperarei com o meu coração envolto.
Minha boca sangra
Minhas mãos e pés sangram
Ficarei vazio, franzino
Ninguém me aclama.
O esquecido,morreu
O sozinho, morreu
O renegado, morreu
O próximo,eu.
Correntes me envolveram
Faço delas companhia.
Ficarei mais um pouco aqui
Nesta cela escura e fria.
Tenho um amigo famoso mineiro, acorrentado pela mulher é manipulado, castrado parece um cachorro desdentado, sem papo, vivendo apenas e infelizmente como um cão são Bernardo, tenho um amigo famoso, mineiro as vezes farinheiro, farofeiro de álcool ele entende peste cachaceiro.
Tenho um amigo famoso mineiro, mentiroso cara de pau farofeiro, conta mentira daquele que mente e nem sente, tenho um amigo famoso mineiro, ele é daora as vezes encrenqueiro, tenho um amigo famoso mineiro, manipulado parece que foi capturado, essa é a história do famoso mineiro.
