Achados e Perdidos

⁠Enquanto algumas pessoas se acham, muitos estão perdidos, e, nesse meio, uns poucos se reencontram. A humildade é um aspecto que difere tanto do exibicionismo quanto da humilhação. Ao longo da vida, em uma busca contínua pela verdade, percebemos que não nos encontramos, mas, sim, somos encontrados pelos insights que nós mesmos criamos, moldando assim o nosso futuro eu. Este é o despertar de si mesmo é o que chamamos verdadeira eureka.

⁠As caretas que se transformam em rugas ao longo dos anos são reflexos de corações perdidos na ingratidão, sombras de almas esquecidas na desvalorização.

⁠Cansei de lutar contra a maré. Cansei de sonhar sonhos perdidos. Cansei. Prefiro abraçar a realidade nua e crua. E a realidade é linda! Muito melhor do que jamais sonhei. O resto... Mas o resto é resto...

Para os perdidos se prega a salvação. Para os salvos se prega a perdição.

⁠Seres humanos perdidos por força das projeções mentais impostas por outros seres não humanos.

⁠Talvez eu encontre-me
Daqui um tempo
Em meus próprios
Sentimentos perdidos
Talvez eu me conhecereis
Nas lacunas dos devaneios
E buscarei
A conectividade
Dos pensamentos e desejos
Almejarei
O ser de dentro do peito
Porquê a busca
Por se reconectar
Será a ânsia da minha alma

⁠Devolva-me momentos perdidos em prol da sua atenção. Quero viver intensamente o sonho de quem vive cada segundo um momento eterno.

SONHOS PERDIDOS

Labuta
Grande labuta
Perigosa labuta
Prazerosa labuta

Luta
Grande luta
Perigosa luta
Prazerosa luta

Onde estão meus sonhos?
Quais caminhos agora percorrem?
Ainda ontem, tive-os tristonhos
Sonhos estes que me socorrem

Gerei ontem mesmo,
Em minha consciência
Tantos sonhos a esmo
Esparsos e sem paciência

Sonhos meus
Onde foram parar?
Tantos esforços seus
Para nunca se realizar?

⁠INDA

Inda a minha alegria é a poesia
Inda sonhos perdidos na lonjura
Inda aquele verso que procura
Inda a poética, o olhar à revelia
Inda a sede e uma livre fantasia
Inda na terna prosa a aventura
Inda uns tais versos com doçura
Inda aprendiz, o canto e magia

Inda a inspiração d’alma escoa
Inda a presença... bem vinda!
Inda sensações que me povoa
Inda aquele versar na berlinda
Inda sentimentos, real, de boa
Ilusão, a paixão, o amor... inda!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 outubro, 2022, 06’34” – Araguari, MG

Nos faz falta frações de momentos vividos, olhares no tempo perdidos, de nossas vidas. Vividas em amizades que nos dão saudades... Tão rápidos nesta curta eternidade... Tudo é pó, e poeira a vaidade.

O amor nunca será perdição. Perdidos estão os que perdem a esperança de amar.

Dirão que sou sonhos perdidos. Direi que todo sonho vale a pena, que sonhar é o que nos leva a viver !

Há tantos loucos perdidos neste mundo de pessoas estranhas, sem nexo, sem anexo...sou uma a mais nesse louco mundo !

Flor e sol, verde, mar...sonhos perdidos em portos estranhos ...Sou eu, a navegar. Rios, mares...em busca de mim. De me descobrir, de me achar. Ventos, vôos...Ventania, maresia. Medo de naufragar !
Porto inseguro, escuro. Frio: chuvas, trovoadas, nevadas.
Lugares distantes...pedras, barreiras, montes, morros.
Horas certas, incertas...que passam, que ficam.
Sou eu nessa busca incessante de me descobrir, sentir.
Céu, lua...estrelas cadentes
Amores: errados, errantes !

Se encontrar teus olhos perdidos nos meus vou abraço-lo suavemente e em silêncio declamar poemas e cantar em versos os segredos que os meus escondem dos teus !

Eu tenho marcas do silêncio
A saudade é em mim tatuada
Fiz planos...desenganos
Sonhos perdidos,
Palavras jogadas.
Jogo, perdidas pedras
Vencida !

Quantas palavras não ditas
Quantos momentos perdidos
Quantas tantas coisas,
Quantas ?
Deixamos de viver.

Nem uma estrada me leva até você, nenhum caminho cruza com o teu. Passos perdidos, sem rumo...o destino não nos escolheu.

O silêncio que me fala
Dá medo,
Medo das palavras que me faltam
Medo dos sorrisos perdidos,
Roubados,
Medo dos sonhos levados
Medo do escuro, do tempo...
Medo das rosas sem cheiro
Das flores sem cor,
Da tempestade,
Da noite sem sono, abandono
Madrugada,
Medo das horas que passam
Medo do banho de lágrimas,
Medo de mim.

Meus olhos estão perdidos
Encharcados,
Minha voz ficou sem tom
Não há ritmo nas palavras
Sou pedaços em carne viva
Ao meio
Sem tu, poesia não tem sentidos
Faltam prosas,
Meu riso ficou cortado
Folhas perderam a cor,
Não tem cheiro nem poemas
Poesias,
Esqueci.
Músicas me ferem
Me faltam,
Choro a saudade que ficou.
De nós, nada além de tudo
Tudo, além do nada.
Perdi meus sonhos
Versos se perderam na estrada
Faltam cheiros, vinhos...
Flores,
Amor.