Ação
Concretizar a ação de tomar como principio de sucesso o hábito da leitura, é um ato de sabedoria para todo aquele que pleiteia a ascensão pessoal.
Tudo o que existe por si constitui uma ação completa, que depois se ramifica em todos os setores da vida - se essa ação inicial for correta, tudo o que surgir em consequência estará certo, mas se não for normal todo o restante será incorreto. Por esse motivo, temos enorme urgência em recuperar a humanidade dessa situação crítica em que se colocou.
Herói é aquele que pratica a ação exata no momento exato em que tem que ser praticada e da forma exata como deve ser praticada!
Os demais são aventureiros, oportunistas ou pessoas de muita sorte.
Não existe ação alguma sem finalidade, podendo-se afirmar que uma se identifica com outra: cada ato é destinado a alcançar um fim.
O ser humano traz em si ao mesmo tempo a causa, a ação e a finalidade de seu ser, ou seja, ele é o efeito de uma causa que o coloca em ação condizente com sua finalidade. Temos de admitir que causa, efeito e fim constituem três elementos concomitantes entre si.
A virtude pode ser considerada como sendo a ação boa que existe na essência de tudo - e que quando não for cumprida tornará a pessoa enferma.
É fundamental perceber que existe uma ação básica perfeita que veio da própria natureza, e que podemos segui-la ou não - aí é que reside o grande segredo de conservação, ou de destruição da própria estrutura essencial - o que mostra que não é bem uma questão de formar uma base boa, mas sim de não destruir esse elemento bom que herdamos pela natureza.
O reduto da teoria é o pensamento e o reduto da prática a ação, contudo, toda ação nasce no pensar e todo pensamento é uma ação.
ATITUDE E ALTITUDE!
“Os sonhos determinam o que você quer. A ação determina o que você conquista”.
Você costuma pensar nas coisas que você tem feito na vida e pela vida? Costuma parar para saber se o caminho que você está trilhando é o que gostaria de seguir? Costuma se perguntar se a sua atitude de hoje está te levando para mais próximo do ponto de chegada? Percebemos, ao longo de nossa vida, o quanto é surpreendente e fácil ser pego pela ilusão das nossas atividades, da nossa pressa, da correria do cotidiano, das tarefas inadiáveis, intolerância, arrogância, prepotência, exigência, impaciência, trabalho árduo de cada dia para subir a escada do TER mais sucesso, dinheiro, patrimônio, riqueza, e por aí vai.
“O que existe atrás de nós e o que existe à nossa frente são problemas menores, se comparado com o que existe dentro de nós.” (Oliver W. Holmes)
Não vejo nada de errado nisso desde que, é claro, que você aja com consciência, competência, benevolência, sabedoria, etc. O que assusta é a gente descobrir que passamos boa parte de nossas vidas nos preocupando com o TER, sem dar a devida importância ao SER.
Uma pessoa no velório do amigo muito rico pergunta ao colega ao seu lado: “quanto ele deixou?” Ao que o outro respondeu: “ele deixou tudo”.
A conclusão que chego é que as pessoas passam boa parte da vida em busca do TER, algo do tipo:
• Se eu tivesse mais tempo…;
• Se eu tivesse mais dinheiro…;
• Se eu tivesse um carro…;
• Se eu tivesse uma casa nova…;
• Se eu tivesse um verdadeiro amigo…;
• Se eu tivesse uma formação melhor…;
• Se eu tivesse um chefe mais companheiro…;
• Se eu tivesse uma nova oportunidade…;
• Se eu tivesse como tirar férias… etc.
“O que se leva desta vida é a vida que se leva”
É impressionante como esquecemos da importância do SER para TER o que queremos. Imagine se ao invés de ficar lamentando a falta do TER a pessoa adotasse uma postura proativa em prol do SER. Daí, tomando por base os exemplos acima evidenciados, ela poderia mudar a estrutura de seu pensamento, passando a refletir de acordo com as novas formulações a seguir:
• Se eu for mais organizado com relação ao tempo que disponho…
• Se eu for mais estudioso poderei no futuro conseguir uma colocação melhor;
• Se eu for morar mais próximo do meu trabalho talvez não precise de carro;
• Se eu for mais cuidadoso com meus gastos pessoais talvez consiga trocar a minha casa atual por uma nova;
• Se eu for mais atencioso com as minhas amizades…
• Se eu for mais dedicado e disciplinado nos estudos…
• Se eu for mais compreensivo, tolerante e proativo talvez possa melhorar o relacionamento com o meu chefe;
• Se eu for mais persistente, atencioso e participativo talvez surja uma nova oportunidade;
• Se eu for menos centralizador e confiar mais nas pessoas talvez seja possível tirar uns dias de férias com a família.
“Faça como o carpinteiro: meça duas vezes e corte uma.”
Temos testemunhado muitos exemplos de pessoas que passaram boa parte da vida buscando o TER sem se darem conta de que, muitas vezes, o SER é o caminho mais curto e seguro para se TER o que deseja. Sair por aí como um trator de esteira abrindo caminho na marra, sem planejamento, cuidados adequados, respeito ao próximo causando mágoas e ressentimentos pode ser igual ao carpinteiro que sobrecarregado com seus apetrechos de trabalho sua a camisa para alcançar o último degrau de uma enorme escada só para constatar que a apoiou na parede errada.
Será que não seríamos pessoas melhores e mais felizes se nos preocupássemos mais com o SER do que com o TER?
Pense nisso.
A crítica "por criticar", não é apenas um gesto descortês e sem sapiência. Mas uma ação que gerará cada vez mais reações positivas, sempre à favor do criticado.
Sou o que sou. Não me escondo, não disfarço, não me privo. Sou vontade, coração, ação, amor, reconhecimento e sou perdão.
Eu quero tinta no chão,
liberdade de cor,
poder de ação.
Rascunho de vida,
mistura sem definição,
compor minha arte
e só no fim entender a razão.
Toda ação tem uma reação igual, Ou seja faça o bem e receberá o bem, agora se fizer o mal, receberá o mal.
Consequência pra cada ação
Que na sequência vem a reação
Sai pra lá, X9, dedo-duro
Eu sei o meu lado, não fico em cima do muro
Luz, câmera... E ação!
No cultuado filme Ao mestre com carinho, temos uma análise sensibilíssima da influência do educador na vida de aprendizes com comportamentos agressivos e arredios. Jovens marginalizados, marcados pela realidade dura das regiões vulneráveis, dos guetos. Ambientes que imprimem em seus corpos e almas as insígnias da exclusão social, da carência de recursos, da ausência de opções de estudos, de trabalho e de lazer. O clássico, protagonizado pelo ator Sidney Poitier, nos mostra a situação limite vivenciada pelos adolescentes pertencentes às camadas desfavorecidas da população. Jovens descrentes, rebeldes e desestimulados justamente porque vêem à sua frente paisagens áridas, sem cor, caracterizadas pela projeção contínua de cenas nada animadoras. Imagens que revelam uma seqüência ininterrupta de destinos tristes, desprovidos de perspectivas positivas. Heranças que vêm, geralmente, de famílias desestruradas, lares destruídos, infâncias traumáticas. São experiências extremas, eficazes para minar as expectativas de quem deveria trazer no sangue a seiva do viço, da energia, da disposição. Rapazes e moças que dispõem, inclusive, do tempo como aliado. Tempo que pode ser um fardo para quem tem o histórico dramático desses adolescentes retratados pelo filme - ícones que representam os jovens que vivem a dor de serem vistos como párias. Nesse cenário repleto de desencanto, a missão de Mark, professor interpretado por Poitier, era despertar nesses alunos o que tinham de mais precioso e desconhecido: a capacidade de sonhar, de transformar, de acreditar em si mesmos, de se reconhecerem como escritores habilidosos da história de suas próprias vidas. Outras produções cinematográficas trouxeram à tona dramas semelhantes, que enfocavam a saga de educadores-redentores, homens e mulheres movidos a entusiasmo e a esperança, como a professora interpretada por Michelle Pfeiffer em Mentes Perigosas ou o professor vivido pelo excelente Morgan Freeman em Meu mestre, minha vida. Portadores do gene sonhador de Quixote, esses educadores nos emocionam e nos fazem refletir sobre o quanto ainda é possível fazer pelos nossos aprendizes. Crianças e jovens espalhados por todos os rincões do Brasil. Aprendizes como os meninos e meninas da Febem. Adolescentes à espera de afeto, atenção... Sedentos por oportunidades que lhes possibilitem o conhecimento de seus potenciais e talentos adormecidos. O governo do Estado de São Paulo, na figura do governador Geraldo Alckmin, já está atento para essas necessidades. Prova disso é que acaba de autorizar a contratação de 2.000 estagiários oriundos da Febem, que serão treinados por um pool de empresas e instituições, entre elas Fundação Bradesco, Centro Paula Souza, Senac, Senai e Canal Futura. Os jovens irão atuar como monitores de informática e de bibliotecas nas escolas da rede pública de ensino. As vagas representam a liberação de cerca de 40% do total de internos da Febem, hoje em torno de 5.500 adolescentes. É um passo importante, mas esperamos que seja apenas o primeiro rumo a um futuro mais promissor para esses jovens. Em breve, esperamos vê-los atuando nos mais variados setores do mercado. Empresas privadas, rede de hotéis, restaurantes, grandes magazines, shoppings centers e demais organizações poderão oferecer a esses adolescentes a chance de sonhar e de viver uma história diferente, com enredos e cores muito mais vibrantes e propícios a uma atuação verdadeiramente heróica. Será a confirmação de que a sociedade, como um todo, participará de forma pró-ativa na criação de um novo tempo. É isso. É preciso olhar esses aprendizes com olhos de educadores. Olhos de quem jamais perde a esperança. Olhos de quem acredita que é possível mudar, sempre, para melhor. A Febem tem um roteiro complexo, marcado por problemas que não podem ser vencidos de uma hora para outra. Não há milagre. Educação é processo. Temos um enorme desafio, mas estamos dispostos a enfrentá-lo e a transformar esse filme num espetáculo tão bonito quanto o da peça Dom Quixote - Num lugar de la Mancha, protagonizada - vejam só que maravilha! - pelos atores da Oficina de Artes da Febem. Jovens que nos ensinam ser possível transformar sonhos, mesmo que pareçam quixotescos, em realidade. Se todos assumirmos o compromisso de olhar e de agir como educadores, poderemos dar, diretores que seremos, um final muito mais belo para essa história. E, às platéias do futuro, restará aplaudir de pé, orgulhosas pelo modo corajoso e competente com que praticamos essa AÇÃO.
Publicado no Diário de S. Paulo
Para realizar um sonho, transforme-o em uma meta, idealize um excelente plano e entre em ação. Se surgirem obstáculos, crie estratégias, reformule sua meta, mas arrisque sempre.
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