Absurdo
Ser lírico
No teu conto de fadas sei que tentas resistir ao absurdo, mas no enredo da vida os teus ouvidos clamam pela minha voz.
Na condição de um ser lírico e sem fazer cerimônias sigo minhas intuições no repleto dever do erro.
Jogue seu charme mais uma vez e eu escalarei essa muralha para roubá-la e nunca mais devolvê-la.
Não desanime se o que sai de sua boca hoje possa parecer um absurdo, pois amanhã este mesmo absurdo poderá ser lei... é para isso mesmo que existe a tal reflexão produzida pelo tal pensar, para abalar estruturas arcaicas, para gerar críticas e incomodar pessoas. Bem-vindo ao mundo pensante.
O Sol e Lua ao redor
do mundo testemunham
o absurdo do século
e toda a diplomacia
que se cala por covardia
sobre as bombas de Israel
em Gaza na Palestina.
Os jornais anunciam
a possibilidade de uma
invasão terrestre sem data
e sem hora marcada,
acontece que neste
mundo ninguém está
a fim de resolver nada.
Sou como a palmeira
que balança e resiste,
as bombas e as rajadas assiste,
não há como fingir que não vejo
um povo sendo levado ao limite
e sem ter o poder de fazer.
Apenas sou a poesia que não
se cala porque não admito
ver um povo sendo vítima
de uma devastação apocalíptica,
a cada dia ando testemunhando
mais e mais ruínas no chão,
e toda Humanidade escorrendo
entre os dedos das palmas das mãos.
Vagão absoluto mesmo
no absurdo do mundo,
Olho louco, grito rouco,
mesmo feito muito pouco
insisto e escrevo
os meus Versos Intimistas
para que as poesias
sejam o meu perpétuo legado.
É um absurdo negar a verdade quando a mentira compra a boca do homem; só não compra a minha, porque sou homem de verdade.
Qualquer fanatismo religioso absurdo chega a ter um coração radical de isolamento social, antagônico, arbitrário e nojento à fé.
Em um universo todo estruturado sobre o absurdo,
não há nada mais inútil do que questionar exceções.
A dor da saudade
não rima com nada
além do absurdo
que tem crescido,
E anda golpeando
em absoluto
os corações dos filhos
dos presos políticos,
É desse jeito que para
todos assim tem sido,
É da minha janela
que tenho sempre visto:
A consciência não
permite fingir
que não é comigo,
Em pleno Natal
nada se sabe o quê
vem acontecendo com
os presos de consciência,
Não me permito viver
do mal da indiferença,
nada mais se sabe do General.
O Estado aqui é o estado do absurdo,
Precisamos até de Estatuto
Para garantir o que é absoluto:
Precisamos de Estatuto para o futuro.
Nesse Estado que todos esqueceram,
Da juventude que movimentou,
Abrindo caminhos para a liberdade,
Precisamos de Estatuto para a verdade.
Talvez ninguém me leia,
Aqui está resoluto,
Que o Brasil urge proteger o futuro,
Ensinando o jovem não só o direito,
Mas, também o dever:
O dever de sempre o futuro proteger.
Aguardam 53 milhões de futuros,
Um dia que serão maduros,
Para isso precisam de um Estatuto,
Mas, precisam entender que o destino é duro;
E, não só ao Estatuto se prender,
Precisam aprender a crescer.
O Estado está em atraso,
Ele preteriu,
Ele preferiu,
Ele deliberou,
Esquecer do futuro,
Não penso que o Estatuto será a solução,
A leis sempre acabam virando uma porção de lixão,
Não existe reciclagem para as leis,
Existem reformas e revisões,
Ou inovações,
Existe mais jeito para o lixo do que para as leis?
Não duvido, e desejo que você não duvide;
Você que é jovem tem o dever de mudar o mundo,
Para que o futuro não dependa de Estatuto,
E que ele tenha o direito de crescer
Como uma flor que não se deve arrancar.
Porque ainda lei no Brasil é assim:
"manda quem pode, e obedece quem tem [juízo".
O setor privado é quem tem ficado no [prejuízo].
Não se deve negar os fatos,
Mas, está feito o [registro.
Que venha a paciência
Unida com o [Estatuto da Juventude],
Que venha a consciência
Para que um dia esse país [mude,
Que venha o [compromisso,
E o jovem aprenda a não ser um adulto [omisso.
É o abuso do absurdo
com o nosso coração:
os planetas dançam,
as horas passam,
eu não sei de nada
e você também não.
O mundo rodopia,
e nós sequer sabemos
dos presos políticos
detidos nas duas siglas
o quê sobra é a grave
e cruel silenciação;
a única certeza
que todos nós temos
é da plena escuridão.
Que venha a luz
e que acabem com
o silêncio de metal
que está sufocando
a minha poética de
um jeito sem igual.
Parece-me absurdo o sofrimento, enquanto lá fora o momento se faz presente. Custa-me acreditar que há desordem emocional, enquanto o sol nasce e se põe, enquanto o vento dança num ritmo harmonioso, enquanto a vida borbulha numa taça de cristal e o mundo respira amor.
O absurdo nasce desse confronto entre o apelo humano e o silêncio irracional do mundo.
Always.
E tudo segue. Descobri que sempre existe uma vida depois de querer alguém, mesmo que seja da maneira mais intensa e absurda. Sempre tem um amor depois do amor.
Existir é tão completamente fora do comum que se a consciência de existir demorasse mais de alguns segundos, nós enlouqueceríamos. A solução para esse absurdo que se chama "eu existo", a solução é amar um outro ser que, este, nós compreendemos que exista.
Tem gente que se acha demais e amais que os outros, e ninguém tem mais valor,moral, dignidade,sentimentos que ele, com isso não sabe valorizar uma amizade verdadeira,um sentimento verdadeiro por se considerar acima de todo mundo,perde a doçura da vida por falta de discernimento dessas coisas e por nunca ter lutado para ser nada de ninguém...vai tropeçar no orgulho, aquele que vive assim é o mesmo que reclama que ninguém gosta dele,e que todos são iguais e não faz nada para ser diferente! O cúmulo do absurdo é exigir dos outros qualidades que nem você possui.
Hoje acordei com o canto dos pássaros e o cheiro de café entrando pelas frestas da porta, com o sol brilhando e a alma - silenciosa - em festa. Sentei à mesa, tomei meu café, conversei com minha mãe, com minha namorada e saí para fora. A luz do sol passava por entre os galhos do abacateiro e reluzia nos frutos dependurados em toda plenitude e gostosura. Reparei que alguns deles - no chão - haviam, por alguma razão, cometido suicídio. Um desperdício! Deveriam continuar nos galhos, mas não suportaram o peso da própria existência. Acariciei um deles - delicadamente - e conclui que todo fruto que não comete suicídio deve ser comido amorosamente.
Porque desde que decidiu ocupar o lugar de Deus, o homem tem se mostrado, de longe, o mais cego, o mais cruel, o mais mesquinho e o mais absurdo de todos os falsos deuses.
