Abismo
Certeza da fé,
da virada,
do abismo...
Certeza que faz seguir em frente
parar de repente,
voltar...
se perder,
perder...
insistir
se jogar...
Abismo...
Sair!
A porta bater!
Cair!
Puro egoísmo..
Meu abismo interno
... um inferno...
é eterno.
um vácuo... um vazio
não há eco.
Oco... tudo em mim é oco... louco.
Insano esse nada interminável... sem planos...
esse vazio intragável
essa dor insuportável...
meu abismo interno...
tamanha falta de ar...
pode o vácuo me fazer chorar?
Diga-me quando essa madrugada fria, vazia vai terminar.
Vou eu quando de novo calmamente poder respirar?
Abismo
Escuridão.
Medo.
Amplidão.
Ninguém me avisou que depois do fundo do poço havia um abismo.
Tsunami, vendaval, sismo.
Tento no silêncio me refugiar.
Só ouço pessoas a gritar.
São gritos que pedem pra parar.
Como faço?
Em pedaços me desfaço.
Lutar ou resistir.
De qualquer jeito continuarei a cair?
Resisto.
Luto.
Consigo, enfim.
As vozes começam a se calar.
O medo a de mim se desapegar.
Sou o que sou.
E gosto do que vejo,
do que sou.
Vou continuar.
Da memória… não vou apagar
tudo o quanto caí.
Quero as lembranças todas.
No fim estarei inteira aqui.
(Des)iludida
Um abismo interno.
Um vazio cada vez maior.
Sonhos que não se concretizam.
O amor que de ilusão não deixa de ser.
Pra que correr...
nas calçadas da fama da vida
em busca de guarida?
Nada nos pode dar acolhida.
Nenhum amparo, nem abrigo.
O vento frio... um açoite.
Nesta gélida noite.
Um vácuo interminável.
Meus gestos não encontram eco.
Viver se tornou abominável.
Não há pecado que Ele não perdoe,
Não há ferida que Ele não cure,
Não há abismo tão profundo
Que a Sua graça não ultrapasse com amor puro.
Volta, mesmo sem palavras,
Mesmo sem forças pra explicar,
Porque o Pai não exige discursos —
Ele só quer te abraçar.
"Há sempre um abismo onde as sociedades podem cair em salto livre, impulsionadas pela ganância. A insatisfação é o desejo descontrolado de querer mais, sem tempo para usufruir do que se acumulou. Assim, os sintomas são adversos: indiferença, injustiça e desigualdade. Esses três pilares sustentam uma queda social.
Uma sociedade mergulhada no jogo da corrupção e da imoralidade dispensa a ética e aceita qualquer vantagem. É um declínio do ser e a posse do ego, o narcisismo social.
Em uma ideia social onde a coletividade é o conceito essencial, a ganância dispensa tudo para se beneficiar das posses e riquezas, tantas quanto for possível surrupiar. Uma só regra rege uma sociedade explorada e dissolvida na ganância: o poder. Assim, o domínio e a exploração são o lucro, o objetivo principal. O resto se torna indispensável. Com o tempo, tudo é dispensável, até o ganancioso...
Psicossocial
Marcio H. Melo"
Texto corrigido pela meta ai
Não há naufrágio mais medonho do que o do Pobre que naufraga no abismo das misérias, pelo prazer em comemorar a morte de um Rico.
Quem se precipita no Abismo dos Julgamentos, só encontra facilidade em condenar Pecados que Diferem dos Seus.
Vagueando pelas Profundezas do Abismo dos Julgamentos, acabei descobrindo não haver Pecados mais Fáceis de Condenar do que os que Diferem dos Meus!
Os que se precipitam no abismo das panelinhas não percebem que o Filho do Homem é especialista em vasos.
Às vezes, a busca incessante pelos motivos que nos trouxeram ao mundo cria um abismo entre pais e filhos.