A República
Casas
Em cada uma delas, uma história.
Ruas
Muitas ainda como antes
Na minha memória.
Por elas andei, corri, me estatelei.
Novos prédios
Muitos prédios novos
Para os que nasceram nela
Ou para quem chega de outro chão
Para viver novos momentos
Na terra da promissão
Itaperuna
Lugar para onde a minha razão
Quer ir
Onde meus últimos passos quero dar
Meus últimos dias
Quero viver.
Itaperuna
É a minha sina
De ti não esquecer
Fostes o começo da República
O começo do meu tempo vivido (Ref: JSS)
Minha vida nunca foi fácil
Mas também não seria melhor
Longe de você ter nascido.
...
Poema em homenagem aos 129 anos de Itaperuna - 10/05/2018
HISTÓRIA E MONARQUISMO - "O grifo é do autor: significa que Deodoro não queria proclamar a República, que, assim, resultaria de simples acidente, tese cujo sentido é inequívoco. Na maioria de seus elementos, aliás, a cátedra de História representa o último reduto monarquista em nosso país" - (História e materialismo histórico no Brasil: 14-15)
Aquele que, experto nas doutrinas políticas, não guarde qualquer cuidado de prestar o seu concurso à República; esse não é, com efeito, "a árvore que na margem da ribeira dá frutos sazonados", mas antes um abismo funesto, que devora para jamais devolver.
Sobre políticos, tenho uma simplista opinião: Não se deve respeitar herodianos,eles se valem da fé alheia quando se aliam a sacerdotes, traem sua pátria, compram apoio e aplausos, matam seus filhos apenas por vaidade do ego pelo poder e administram o que já entregou a imperadores!
O que precisamos enquanto sociedade, é unirmos e juntamente com nossos dirigentes, cuidar de nossas crianças e adolescentes para que cresçam com espirito cívico de amor a Pátria e ao patrimônio público e privado, com visão humanitária e não destruidora!
'' Todos serão submetidos à lei confeccionada por representantes do povo, inclusive o próprio Estado''
''RESSOCIALIZAR o delinquente, REPARAR o dano à vítima e PREVENIR o problema, é o enfoque mais adequado as exigências de um Estado Democrático de Direito''.
Empresa, Cidadania e Responsabilidade Social
Vivemos em um mundo capitalista, o capitalismo é justamente alimentado pelo consumo, com isso a empresa que produz tem que vender, tem que lucrar, a palavra da empresa é LUCRO! Mas lucro limpo, ou será o lucro com desvios de verbas de dinheiro público, aplicado em licitações fraudulentas e superfaturadas?
Muitas empresas contribuem com a corrupção e negociatas com os governos que as aceitam!
Temos construído esta Nação com êxitos e dificuldades, mas não há dúvida, para quem saiba examinar a História com isenção, de que o nosso progresso político deveu-se mais à força reivindicadora dos homens do povo do que à consciência das elites.
De tal maneira que tem sido deturpada e esvaziada do seu verdadeiro sentido a proclamação da República entre nós que é impossível nos estreitos limites deste tipo de trabalho, reabitá-la amplamente. Tal tarefa, grandiosa se mensurada através do estudo das atuações, por exemplo, de Rui Barbosa no Ministério da Fazenda de Deodoro, ou do Governo de Floriano Peixoto, abalará, sem dúvida, a perspectiva ingênua, anticienfífica e de uma parcialidade conservadora das mais características com que até agora nossa historiografia didática tem abordado o assunto
História Nova do Brasil - Vol.4 - Brasiliense, pág. 51
A frase "o povo assistiu bestificado" à mudança de regime político é frequentemente mencionada para procurar demonstrar que o Imperador era querido pela população. O monarca é sempre apresentado, paternalisticamente, como sendo inclusive, a favor da Abolição e até da República. Tais ideias não podem mais satisfazer ao menor espírito crítico. Daí a desmoralização social da História, como se tais versões fossem História
História Nova do Brasil, Vol. 4, pág. 51
Ser monarquista tornou-se, entre nós, não uma opção fundada em razões políticas mas a forma que travestiu o reacionarismo mais empedernido...O que importa, para eles, é a maneira de expressar o descontentamento, a profunda insatisfação com os traços de democracia que surgem entre nós...Para essa mentalidade, que tem raízes coloniais, a atividade política, e particularmente a representação, deveria ser privativa das elites"
A REPÚBLICA, pág. 10
Pela Constituição de 1824, os escravos não eram considerados brasileiros nem cidadãos; adiante, passaram a ser considerados brasileiros, quando aqui nascidos, mas nunca cidadãos. Nos amplos latifúndios, dispersava-se a classe dos servos, submetidos às condições feudais. Condições feudais que certa faixa da historiografia brasileira nega tenham existido aqui
A REPÚBLICA, pág. 14
É frequente a repetição, também, da expressão "democracia coroada", para definir o regime. Sem falar nos imoderados elogios ao imperador, cidadão sábio e virtuoso, contra o qual se cometeu a suprema ignomínia de uma deposição apressada
A REPÚBLICA, pág. 11
"O vírus do Ipiranga.."
É entregue em casa..
De um povo pobre triste e sem vacina..
E o Sol gelado em raios fúnebres ..
Pintou no céu da Patría num instante..
E o "senhor " da insanidade "
Conseguiu ludibriar os ignorantes..
No seu pasto, é revoltante...
Desafia o seu país ..
"Entregue a própria sorte"
Ora, bem depressa e inexoravelmente, um sistema autocrático de domínio se instala e o ideal republicano degenera. A violência fascina os seres moralmente mais fracos. Um tirano vence por seu gênio, mas seu sucessor será sempre um rematado canalha. Por esta razão, luto sem tréguas e
apaixonadamente contra os sistemas dessa natureza, contra a Itália fascista de hoje e contra a Rússia soviética de hoje. A atual democracia na Europa naufraga e culpamos por esse naufrágio o desaparecimento da ideologia republicana.
Prefiro ser um presidente de um mandato e fazer o que acredito ser o certo do que ser um presidente de dois mandatos e ver a América tornar-se num poder de segunda categoria ao aceitar a sua primeira derrota em 190 anos de história.
"É a falta de maturidade política que envenena o comportamento humano, prejudica a diplomacia e fere o republicanismo."
Quando não é o povo que te coloca no Poder, sua festa de posse só pode ser com convidados, quando é ao contrário a multidão na festa é o povo!
É simples decorrência da confusão metodológica, quanto à interpretação do processo histórico, comum no Brasil, abrangendo autores da categoria daquele inicialmente citado, a análise que fazem, e que ele faz, dos eventos de novembro de 1889. É a tese da República por acidente, que vive da repetição. O autor referido escreve, a certa altura do seu volume sobre o fim da monarquia brasileira, que ela foi aqui "dissolvida abruptamente", acrescentando o detalhe que isso se deu "por efeito de um movimento sedicioso que, segundo a primeira intenção de seu chefe, visava apenas a mudar o gabinete, mas acabará deitando por terra a Monarquia". Adiante, volta a colocar o problema nos mesmos termos: "Quando, ao proclamar-se a República, a massa da população, tomada de surpresa pelo acontecimento, se mostra alheia ou indiferente a princípio, Pelotas, que pertence, aliás, à velha linhagem de soldados cuja origem data dos tempos coloniais, acha injustificável a omissão das camadas populares e vê nisto o mal de origem do novo regime. Em realidade, a República é obra exclusiva do exército, ou mais precisamente, da guarnição da Corte, embora seja apresentada, também, como da armada, que não teve parte na mudança das instituições e em nome do povo que a tudo assistiu 'bestializado"
A República: uma revisão histórica
