A Inteligencia Nao se Mede

O oposto da mentira não é a verdade.

No fundo, talvez o problema da pátria não passe de um problema de linguagem! Onde quer que se encontre, aonde quer que vá, o homem continua a pensar com as palavras e com a sintaxe do seu país.

Dinheiro não traz felicidade: manda buscar.

Por vezes a falta de génio não é mais do que falta de coragem.

Quem não acredita no juramento alheio sabe que é capaz de jurar em falso.

Numa situação intensa não sabemos que dizer. Para isso é que há o formalismo do silêncio, traduzido num abraço de emoção ou nos «sentidos pêsames» sem emoção nenhuma.

Compreendo que um compositor alemão seja cerebral. O que não admito é a criação cerebral num latino.

O belo é o supérfluo, o que não tem o seu fim em si, a flor da vida.

O futuro não pertence a ninguém. Não existem precursores, apenas existem retardatários.

Não existe um malvado feliz.

Um banco é um lugar que te empresta dinheiro se conseguires provar que não necessitas dele.

Pois bem, que é que o autor coloca nos seus livros? O que ele não é e gostaria de ser, como nos sonhos. Os livros são desejos recalcados, atos falhos.

Os mortos desconhecidos não viveram nunca.

Não ha coisas úteis ou inúteis: a medida do seu valor está em nós.

Não há homens cultos; há homens que se cultivam.

Não há ofensa que não perdoamos, depois de nos termos vingado.

Alienado é o poder, não o jovem.

Não seria maravilhoso se a nossa mente roncasse como o nosso estômago faz quando está com fome?

O espírito condena tudo o que não inveja.

A fatalidade não é senão aquilo que nós queremos.