A Culpa é minha me Perdoe
Nós nos agarramos ao nosso papel de vítimas para que os outros se sintam culpados. Esse sentimento de culpa é o penhor que deve garantir nossas reivindicações.
Não é necessário existir Deus para criar a culpabilidade, nem para castigar. Para isso, bastam os nossos semelhantes, ajudados por nós mesmos.
Existe uma luxúria na autocensura. Quando nos culpamos, sentimos que ninguém mais tem o direito de nos culpar.
Antes de sair descontando seus problemas nos outros, respire fundo e pense se gostaria que alguém adotasse a mesma atitude com você. Ninguém tem culpa dos seus problemas!
É muito fácil culpar as outras pessoas pelos seus fracassos, mas encarar a verdade acerca de si mesmo é difícil, deprimente e repulsivo.
PERDOE E PERDOE-SE!
Ninguém é perfeito.
Mas é inútil viver de culpa.
A culpa fecha os olhos para a possibilidade do perdão, conquistado
através do arrependimento sincero.
Desculpe, perdoe.
Desculpar é aceitar que o ato falho não podia ser evitado, muitas vezes sem culpa. Perdoar é encarar os erros onde existem culpas. Enfim, os dois se entrelaçam.
Nunca é tarde para dizermos: eu te amo, eu errei, a culpa foi minha, me perdoe! E a sua vida terá sempre um recomeço.
Perdoe a minha má escrita, a culpa é de mamãe, que sempre ocupada, nunca me ensinou que não se faz suco de pacova e não se deve degringolar. Papai mal se via, sempre a procura de uma nova tia, mas como dizem "pai é quem cria". Então mais um viva a dona mãe por cuidar da sua cria.
Por mais que você perdoe os ingênuos e ignorantes, não estão isentos de culpa. Temos todos os meios de informações disponíveis. Alegar como justificativa o fato de desconhecimento, não faz nenhum sentido.
Me Perdoe
Não foi minha culpa
Não foi minha culpa
Não foi minha culpa
Não quero mais saber
Quem teve culpa ou não
Que tamanho tem minha culpa
E culpa pelo quê?
Quem estava sangrando era eu
Meu corpo e alma feitos em pedaços
Você com uma faca na mão
Escorrendo sangue fresco
Era meu sangue que cotejava
Eu pedia desculpas
Eu me justificava
Eu implorava para me perdoar
Por você ter me cortado
Me fiz em pedaços por ti
Pedaços que tu fizeste
De tantas frações de mim
Já não sabia onde estava
Em qual canto dessa casa
Está jogado meu coração?
Posso escutar suas batidas fracas e distantes
Em qual cômodo estão perdidos
Meus velhos olhos reluzentes?
Não posso enxergar, absolutamente nada
Será que joguei fora sem querer
Aquele sorriso escandaloso?
Há tempos não o ouço
Teria descartado por distração
Alguma parte de mim?
Como descartamos inconscientemente
uma lista de compras do supermercado
Após chegar com as compras em casa
Sem se ater ao que foi para no lixo
Sem se preocupar por ali estar listado
Tudo que precisava para se manter
Tudo que nos sustentava,
Tudo que nos alimentava
Tudo que nos saciava
Mas eu não joguei as compras no lixo
Foi só o que anotei que precisaria para elas,
Para ter escolhido este ou aquele alimento
Qual seria mais importante?
Os mantimentos ou sua previsão?
Por certo posso ir ao mercado
Escolher vegetais e frutas frescas
Sem lista alguma para sua seleção
Talvez esqueça de algo
Ou compre algo que nem preciso
Mas certamente ficarei, apenas um pouco,
Se não muito, confusa
Perderei mais tempo também
Procurando por aqui e por ali
O que nem sei que estou procurando
Hoje eu estou fazendo compras
Compras para minha vida
Minha geladeira está vazia há tempos
Estou com fome e sede de viver
Mas perdi minha lista
Ou nem sequer cheguei a fazê-la
Não sei ao certo o que escolher
Pego então qualquer coisa que me ofereçam
Mesmo que em pouca quantidade
Mesmo com prazo de validade vencido
Mesmo que estragado e com mofos
Tenho sido saciada até hoje
Como um cão de rua
Que sobrevive toda uma efêmera vida
Revirando sobras dos lixos
Restos do que foi descartado
Onde estão os meus pedaços?
Não consigo encontra-los
E quando encontro,
Não sei mais encaixar-me
Grito por socorro
Alguém me ajude por favor!
Mas ninguém consegue me ouvir
Estou com a voz muito baixa
Tão baixa quanto o solo que piso
Tão baixa que apenas quem já caiu
poderia me escutar
Choro e soluço e repito para mim mesmo
Eu não sou a culpada
Eu não sou a culpada
Eu não sou a culpada
Eu só te entreguei a faca
Se essa foi minha culpa
Me perdoe, por você ter me matado.
Oração do Perdão.
Filho, eu lhe perdôo e quero que você também me perdoe.
Você de nada teve culpa, nem eu. Na vida só existe agressor, quando há agredido, só existe ressentimentos quando há ressentidos, muitas vêzes a vida nos ensina através de contendas, e com isso eu aprendi a lhe amar verdadeiramente e deixá-lo sair da minha vida, mas não do meu coração!
Nós precisamos viver nossas próprias vidas e aprendermos as lições que ela nos ensina.
Que Deus e Nosso Senhor Jesus Cristo nos proteja, para que em nós não haja mais lugar para mágoas e dores. Que a partir de agora, sejamos alegres, felizes e livres, soltando as amarras que nos atavam e que nossas vidas fluam na paz e na luz do senhor!
Eu lhe perdoei, quando percebi que você nunca quis o meu mal, você achava que estava certo e só queria ser feliz!
Filho, me perdoe também, por eu ter nutrido, a dor da decepção por tanto tempo em meu coração. Agora sinto, como é bom perdoar, e livrar-me de algo que nunca me pertenceu. Agora sim! seremos felizes pois nos libertamos em nome do amor. Obrigada,Senhor! por me fazer entender que o único destino que eu tenho de controlar é o meu!
Beijos com aroma de alfazema num pote de mel.
Mamãe.
(Reze esta oração todas as noites antes de dormir.)
☆Haredita Angel
