Vulnerabilidade
Desperto vagarosamente, sentindo o solo irregular. Noto a figura vestida de preto observando o resultado de sua procura, celebrando imóvel e silenciosamente a aniquilação realizada dentro do prazo. Por fim, o predador havia caído perante a presa, um cadáver.
Adiar, não falar o que pensa ou sente.
Deixar de viver, sentir ou demonstrar; são saídas rápidas mas que podem nos custar muito depois. Portanto se concentre no momento e viva com intensidade e sabedoria, pois é dai que vem todos os ensinamentos necessários para a nossa evolução.
Não compartilhe tudo com todos. Afinal, compartilhar demais pode transformar confidências em vulnerabilidades. Como disse Shakespeare: “Ame a todos, confie em poucos, não faça mal a ninguém”. Mais adiante, o poeta completa: “Seja controlado pelo silêncio, mas nunca repreendido por falar”.
Muitos artistas se sentem salvadores. Mas em muitos momentos, eu não fui salvador nem de mim mesmo.
Desde pequenos, nos ensinam a dar
sem esperar nada em troca.
Mas, à noite,
olhamos para o céu e percebemos:
somos humanos.
Dar é belo,
mas também precisamos receber,
para amar,
precisamos ser amados.
Somos todos iguais,
seres imperfeitos,
buscando equilíbrio entre dar e receber.
Ser emotivo(a) e emocionalmente vulnerável não é o que os "acéfalos" ignorantes de sensibilidade denominam de “mimimi”. É uma expressão autêntica de sentimentos e emoções. Essas pessoas têm a capacidade de se conectar profundamente com os outros e experimentar o mundo de maneira intensa. A vulnerabilidade emocional, quando entendida e respeitada, pode ser uma grande força - permitindo empatia, compreensão e autenticidade. É importante respeitar e validar as emoções das pessoas, pois cada um de nós tem uma maneira única de experimentar e expressar nossos sentimentos.
Quantos se ferem tentando alcançar coisas que talvez nunca consigam. Reconhecer as próprias limitações, porém, é o primeiro passo para alcançar as maiores conquistas.
Acabaram os Às vezes
Às vezes por um precipitado momento,
Por um instante desatento,
Eu pareço te amar mais do que queria,
Pareço te querer mais do que suportaria.
Às vezes, quando tudo que quero é um tempo,
Você vem como um eterno alento,
Afastando a tristeza de mim.
Como poderia, já que você sempre a trazia.
E então eu pensei que jamais amaria,
E acreditei que viveria assim.
Do que adianta? Você nunca entenderia.
Às vezes, se o medo não me prendesse a garganta,
Se o silêncio não me aquecesse como uma manta,
Me protegendo da tua frieza infanta
Eu me revelaria, e então eu acordaria.
Às vezes eu penso se tivesse vivido,
Você talvez teria entendido e assim
teria morrido.
O nosso amor, ou bem o meu,
Ou talvez somente eu.
Às vezes eu quero falar,
Mas teu silêncio me apavora.
Receio de te distanciar,
E aí me lembro que já está perdido lá fora.
Às vezes é difícil saber
O que eu sinto por você.
Eu não consigo ser o que você quer.
E não te entendo como é.
Às vezes eu tento te ignorar,
Mas não consigo desgostar.
Eu sofro por tua falta,
E me perco nessa loucura alta
Que passa a me controlar.
Às vezes te odeio, mas não por completo,
Almejo o seu afeto
E me derreto,
Enquanto tu é concreto.
Assim percebo que não gostas de mim,
Que não desejas meu sim.
E então, um click
Finalmente chegou ao fim.
_ Elinha Poetisa
Para escrever, preciso mergulhar dentro de mim,
abrir portões fechados,
remover selos e bloqueios.
E, aos poucos, aprendi a fechar os portões
e esqueci a chave, esqueci a senha e a localização.
E, aos poucos, criei defesas para me proteger de tudo, até do que sinto,
como se fosse um livro aberto.
Eu, que sempre achei ser tão forte, às vezes me lembro de um instante simples, e isso é o suficiente para desmoronar tudo o que eu achava que tinha superado.
Não permita que as primeiras impressões exerçam influência sobre você; por trás das mais imponentes couraças residem as mais profundas fragilidades. A vulnerabilidade da projeção está no indomado inconsciente do que julgamos ser julgado.
A realidade nunca me perturbou. O que me perturba é pensar nela.
Nada do que está fora tem importância — até que eu o deixo entrar.
Não é o ruído do mundo que me desorienta,
é a minha atenção ao ruído.
Ser afectado é uma escolha, embora não pareça.
Aprendi a proteger-me não com defesas, mas com indiferença.
A vida não me entra pela porta: entra-me pelo pensamento.
E é por isso que, às vezes, o pior inimigo do sossego
sou eu a querer compreendê-lo.
Muitos se queixam da falta de profundidade nas pessoas — mas, quando a encontram, têm medo de mergulhar.
"Ponto cego” não é defeito moral; é porção da estrada que o retrovisor não enxerga enquanto o veículo segue impávido. Revelá-los não visa condenar, mas ampliar o campo de visão.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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