Vou Viver minha Vida
Eu vivi tempo suficiente para perceber que minha vida foi determinada não só pela maldade das outras pessoas, mas também por sua bondade e disposição de ouvir.
Vivo baseado em sensações .Elas são a minha causa pela qual, através das emoções, esculpo a cor da minha alma.
Eu precisava de conserto e de tempo. A dor em minha alma era insuportável. Todavia, o discernimento da fé ecoava em meus ouvidos, dizendo: - coloque uma vírgula em sua história.
Se minha vida não é só para mim, mas para o beneficio dos outros, então devo mudar a direção da vida que levei até agora.
Passei a minha vida inteira procurando o sentido da vida e, por um mero acaso entendi que o sentido está em estar vivo o resto, fica em nossas mãos o que fazer com ela.
Eu vivia pela minha esperteza. Às vezes, na vida, é tudo o que precisamos fazer.
Vida, minha querida, sou a Morte, o portal para o desconhecido. Não me tema, mas abrace-me como parte de sua jornada. Pois é na consciência de minha presença que você encontra a sabedoria para viver plenamente e apreciar cada momento como se fosse o último."
Embarcando agora em um devaneio da minha mente, estou sobrevoando as águas de um mar fortemente expressivo, parte de um cenário fascinante, quiçá, saído de um livro, que faz cada momento ser emocionante e consequentemente inesquecível.
Um vôo muito entusiasmante com uma emoção gradativa, impulsionado pela liberdade, sentindo pouco a pouco um fôlego de vida de muita singularidade, logo, sem dúvida, traz uma sensação maravilhosa que rejeita a banalidade e viver intensamente é o que importa.
Por conseguinte, poder voar neste exato instante sobre este lugar incrível, ainda que seja em pensamentos, permite alcançar um ânimo cativante, um alívio muito verdadeiro que rapidamente acende-me o semblante, causando-me assim, um grato sentimento.
O engraçado é que durante toda a minha vida, eu nunca fui de ninguém, e ninguém nunca foi meu. Quanta falta de adjetivos possessivos! Eu era tão singular… As vezes eu queria ter a chance de ser um pouquinho no plural. Eu era tão sem graça, que chegava até a ser engraçada. Eu tinha uns pedaços soltos por aí, e você devagarzinho venho juntando tudo… Chegando perto, se aproximando, me deixando sem fala, sem graça, me deixando ser sua. E eu adorava a ideia de ser pelo menos um pouco sua. Mal sabia você, que esse quebra cabeça que era eu, não possuía peça alguma que se encaixava. Não com você por perto, assim, de forma que eu possa ouvir sua respiração. Não com você com os olhos grudados no meu gritando que eu sou sua. Não com você se aproximando dessa forma perigosa. E quer saber? Eu nunca me senti tão bem vivendo em pedaços.
Se alguém já me fez ou me faz algum mal, saiba que eu estou excluindo da minha vida tudo que não me acrescenta. Estou me desapegando de ilusões, falsos amores e descasos. Estou em uma nova fase da minha vida. Agora, o que mais me importa é a minha felicidade. Quem me fez mal, a partir de agora, é passado, pois penso no futuro. Não pensem que eu esqueci de viver o presente. Esse, eu vivo intensamente!
Em algum triste trecho de minha vida, deixei para trás a capacidade de me importar, logo de amar, logo de viver.