Vou te Espera
Se na vida as pessoas foram covardes com você, não retribuia, deixe que o dono do tempo agilize o seu processo.
Faça planos pra ontem, pra hoje, pra amanhã. Não aguarde muito, pois o tempo urge e a vida não espera.
Na
penumbra da
madrugada Penso
em ti dor de meu
coração Espero por ti
como quem espera
No desespero escuro da
solidão O renascer da primavera.
⏳ “Enquanto Nada Acontece”
Enquanto nada acontece,
meus olhos buscam respostas nas nuvens,
meus joelhos já conhecem o chão,
e meu coração… vive entre o cansaço e a esperança.
Eu oro,
choro,
confesso…
e espero.
Vejo amigas se casando,
outros vivendo histórias de amor,
e eu aqui… sozinha,
tentando entender o que falta em mim.
Mas Deus me diz:
"Nada falta. Você só está sendo guardada."
Porque enquanto eu me sentia esquecida,
Ele estava escrevendo meu capítulo com detalhes.
Enquanto eu achava que ninguém me queria,
Ele estava separando alguém que vai me ver com os olhos dEle.
E enquanto tudo parece parado,
o céu está trabalhando.
A promessa não foi cancelada.
Só está sendo lapidada.
E eu, que achava que era castigo,
descubro:
é cuidado. É preparo. É amor.
Porque o tempo dEle não atrasa,
não falha,
e nunca é pela metade.
E quando chegar…
Vai ser paz,
vai ser leve,
vai ser dEle.
E eu vou entender porque a espera doeu tanto:
Pra ensinar que a minha vida
não é sobre ser escolhida por alguém,
mas sobre viver como quem já foi escolhida
pelo Dono de tudo.
Tempo de menos (Quaresma)
É tempo de menos.
Menos palavras,
menos pressa,
menos querer o mundo nos bolsos.
As árvores estão mais nuas,
os ventos, mais francos,
e os silêncios,
com cheiro de pão amanhecido.
Uma pedra repousa no canto da alma,
e a gente aprende — devagar —
a não pedir tanto,
a ouvir mais.
Talvez seja só isso:
um tempo em que se aprende
que perder também é uma forma
de se encontrar.
Parada de trem
Eu espero um trem
Não sei que hora ele passa
Desse trem, eu sou refém
Sinto que estou esperando uma farsa
Porém, eu quero prosseguir
Quero, no meu destino chegar, conseguir
Mesmo que todos me digam que não
Até mesmo o maquinista diz que não há salvação
Todavia, ainda o espero, sentada, ansiosamente
Ali fico, horas, dias, meses...
Ainda que me sinta desencorajada, ignoro minha mente
Penso, reflito muito, penso em mil hipóteses
Ainda sim, teimo em não ver a razão
Afinal, que coisa mais desnecessária
Preciso apenas seguir meu coração
É apenas uma incerteza temporária
Após muitos meses, vejo o trem no horizonte
O vejo a alta velocidade, pelo monte
Me emociono tanto, que escorrego e caio no trilho
Eu perco completamente meu brilho
O trem, corre em minha direção
A maquinista nem tenta frear
Embriagada, ela fala: "Acho que não"
Ela diz, antes de me atropelar
"Sempre dê o seu melhor, esteja pronto pro pior, não espere nada de ninguém e agradeça tudo o que vier."
"Em todas as circunstâncias, aja com excelência; prepare o espírito para a adversidade; liberte-se das expectativas alheias; e acolha com gratidão tudo o que o destino trouxer."
Se eu pudesse conversar com o amor,
acho que começaria perguntando:
por que você demora tanto pra chegar
e tão pouco pra ir embora?
Perguntaria se ele sabe o que causa
quando vem pela metade,
quando acende em um
e apaga no outro.
Se eu pudesse conversar com o amor,
diria que já acreditei demais,
que já me entreguei sem rede de proteção,
e que nem sempre foi bonito.
Mas também diria que, apesar de tudo,
ainda espero por ele —
não o amor raso, apressado, cheio de promessas vazias.
Mas o que fica.
O que olha e enxerga.
O que toca e cuida.
Perguntaria se ele existe mesmo pra todos,
ou se escolhe só alguns corações pra habitar.
E se for assim,
pediria só uma coisa:
da próxima vez que vier,
que venha inteiro.
E fique.
"Amo como quem ainda espera"
Amo,
como quem olha a estrada vazia
e jura ter visto um vulto conhecido
entre a névoa da memória.
Amo,
como quem rega uma flor seca,
com mãos trêmulas,
e fé demais pra caber no peito.
Amo,
sem calendário,
sem garantia,
como quem ainda ouve teu nome
no barulho da chuva.
Amo,
como quem fica na estação
mesmo depois do último trem,
só porque o coração disse:
“fica mais um pouco, vai que…”
Amo,
como quem não desaprendeu a sonhar
mesmo depois de acordar sozinho.
Amo como quem ainda espera.
Mesmo sabendo que talvez…
tu já nem venha mais.
Esperar é grande parte da vida de um escravo, esperar e esperar para poder esperar mais um pouco. Esperar por ordens. Esperar por comida. Esperar pelo fim dos tempos. Esperar pela justa e merecida recompensa cristã no final disso tudo.
O tempo de espera nunca é desperdiçado quando é Deus quem escreve a nossa história, pois cada capítulo revela o Seu cuidado e propósito eterno.
NINHO VAZIO
Dois bonitos passarinhos
Que voavam por aí
Um dia se encontraram
E logo se apaixonaram
Construíram um belo ninho
Simples, mas aconchegante
Então vieram os filhotinhos
Felizes e esfuziantes
A família aumentou
E a trabalheira também…
Ter comida e segurança
Não é fácil pra ninguém
O casal de passarinhos
Com integral dedicação
Transmitiu aos seus filhinhos
Respeito e educação
E assim, dia após dia,
Numa luta sem parar
Os pequenos filhotinhos
Aprenderam a voar
Mas em uma tarde voaram
E já não voltaram mais…
Foram construir seus ninhos
Seguindo os próprios caminhos
Como um dia, lá atrás,
Também o fizeram seus pais
Então, assim de repente
O ninho aconchegante
Que era tão quente e seguro
Ficou triste, escuro e frio
Tornou-se um ninho vazio
E o casal de passarinhos
Lá na varanda do ninho
Hoje fica a murmurar
Esperando que numa tarde
Os filhotes reapareçam...
E que voltem pra ficar.
"...Nas sombras filtrei lume ao coração amainado.
E não me fui ser senão, outros caminhos vários,
A deslindar fragmentos que se entrecruzavam.
Egresso, fiz-me espera, para tantas vezes recontar-me.
Vaguei extensos sentimentos. Instaurei enternecimento.
Enxerguei um olhar. Cumpliciei ornamentos.
Modelei incertezas. Encontrei na travessia um amar.
Agora conspiro. Juntei-me ao tempo para atiçar infinidades..."
In Extrato Poema Travessia
