Vou Seguir meu Coracao
meu amado
volte para casa, eu sinto tanto a sua falta, querido? por que você está tão frio? foram os corpos ensanguetados que vc carregou que lhe deixou essa marca fria de dor?
eu não resisti precisava cortar todos os laços do meu cabelo, ele dava diversos nó tentando permanecer perfeito, foi apenas uma tesoura velha, e ele escureceu, ele ficou preto, como os vultos.
as damas ainda permanecem com seus cabelos loiros e ruivos destacando suas sardas, já a mim, tem a dor, e a escolha de não voltar atrás.
os gritos de saudades, e corpo morrendo lentamente, os ossos se quebrando, procurando, rezando, pelo seus braços a minha volta de novo.
meu amado, volte para sua casa eu preciso do meu castelo protegido e controlado ao seu lado, pense no hades.
ondas.
eu traço meus versos
igual as ondas do meu cabelo
cheias de desejo e a intenção de ser profundo e cheio.
eu sou uma poeta triste absorvida em pensamento suicidas
e desejando o meu amor novamente no fundo das colinas.
Incerteza
Pergunto ao vento que vem
Me dê notícia do meu bem
E o vendo se cala, aquieta
O vento diz nada ao poeta
Pergunto a ilusão que passa
Por que toda essa negaça
Por que tanto sonho ao chão
Me diz, toda está servidão
Por nada, não me diz nada
O cerrado de boca calada
A quimera quieta no canto
E a poética sem um encanto
E a quem perguntar então?
Ao desencontro, a desilusão?
Ao tempo que fugaz passa?
Ou incerteza com tal negaça?
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
13 de outubro de 2021 – Araguari, MG
SONETO A UM AUSENTE
meu sussurrar no sentimento
meu pensamento a angustiar
meu pranto jogado ao vento
meu padecimento a suspirar
teu silêncio agreste e morno
teu carinho no vazio a velar
teu ser na saudade, é adorno
teu vão que me faz ter pesar
de tudo a lembrança é solidão
e na dolência, o rogai por nós
pra dar um alívio ao suportar
dos danos a amarga sensação
um triste olhar soluça por vós
e cá, vou na falta, a te desejar!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
15/10/2021, 18’26” - Araguari, MG
NOITE DE INSÔNIA
Sob a rútila luz da lua no cerrado
Nesta noite de primavera, e fria
Meu tratear, sentinela acoimado
Provoca, acossa e ao sono arrepia
Pende do pensamento um passado
Memória, sussurros e louca utopia
Tal um desalento nuvioso e velado
É está minha sensação, de ti vazia
Na janela o vento na fresta, ali chia
Um perfume seco irrompe o quarto
E cá, um aperto, me faz companhia
E a tua lembrança não fala, se cala
Para um trovador que o amor sentia
Noite de insônia e a saudade entala!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
21 novembro 2021, 05'08" – Araguari, MG
PROPÓSITO DE ANO NOVO
Da esperança vai o meu desejo:
- que o afeto de fato prevaleça
- virtude e credulidade floresça
Que seja todavia, mais, ensejo
Assim, o que me tem lampejo:
- a boa sorte a quem a mereça
- e que a paz e o bem alvoreça
Nos propósitos de só malfazejo
Que os dias sejam de prosperidade
Em cada fazer a boa total verdade
Deixando qualquer mal de partida
Que a crença à Deus seja composto
E remova a mentira de cada suposto
E o amor o melhor sentido na vida!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
31 de dezembro, 2021 – Araguari, MG
BEM SEI
Bem sei, o meu poetar não é preciso
Versos estes mascado na imperfeição
Contudo, inspirados, neste improviso
Que eu posso condimentar a emoção
Quisera eu aquele verso tão conciso
Falando de um desejo com sensação
Sem presunção ou narciso, com juízo
E razão, para um alguém do coração
E assim, pois, o terei, se assim tiver
A poética sem ser um verso qualquer
Devoto ao sentimento que o escreve...
É o modo de romancear uma poesia
Ao olhar da minh’alma que se atreve
Querer paixão na prosa com parceria
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
03/01/2022, 12’00” – Araguri, MG
NOSSO AMOR, AMAR
Nosso amor tão nosso, tão singular
Nosso amar afeitos para os carinhos
O meu amor tão teu, o meu mimar
O teu amar no meu, ternos ninhos
Nosso amor me toca com o ardor
Nossa amar é um afago tão cheio
O meu amor o sinto aonde eu for
O teu amar um prazer, um esteio
O teu amor no meu amar, evento
O Meu amar no teu amor, alento
Nem sei da tua falta o que seria...
Por isto deste amor eu agradeço
Deste muito mais que eu mereço
Que eu outro alguém não acharia!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21/01/2022, 18’40” – Araguari, MG
LADAINHA
Olhai por mim, inspiração querida
Criação do meu pendor, me escutai
Minha poética não sabe aonde vai
Nesta sensação de avidez perdida
Com alumiado bafejo me mostrai
O romantismo, a chance, o afeto
Minh’alma quer um verso secreto
O meu sensível horizonte, clareai
Este vazio no peito é um martírio
Perdão, se é agravo ou um delírio
Duma sede. Mas sou arrebatado
Arrancai-me a insatisfação furiosa
Que eu já conheço, dá-me prosa
Repleta de um amor apaixonado
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
22 janeiro, 2022, 15’23” – Araguari, MG
MEU ARAGUARI
Serra do cerrado! Onde a perdiz pia
Chão cascalhado de iguaria caseira
Onde a cada canto é canto e poesia
Gente certa duma alma hospitaleira
Terra diversa! De roçado e de vacaria
Duma prosa ao pé da cansada aroeira
Das maritacas e a boa água que sacia
Onde tal saudade, assim, faz fronteira
Serras azuis, do ipê e da quaresmeira
Encanto que encanta a beleza inteira
Dignifica a quem tem o suspiro daqui
Cá, onde o cair do sol é bela sensação
Em um delírio de agrado e de emoção
Ó singelo portento és o meu Araguari!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
06 fevereiro, 2022, 13’37” – Araguari, MG
TU POESIA
Diversas entre as demais e tão desiguais
prosas sussurradas do lenho do meu eu
mostrando que o seu aroma é todo meu
da alma, do coração e de emoções mais
Suspiros distintos em meio a vendavais
imensidões que sempre nos pertenceu
quando ausentes, sofridas, como doeu
dói, cada verso, dessoante, passionais
Ah tu, poética, base e essencial harmonia
sensação de que na métrica a autonomia
da razão do sentimento do possível acaso
Bendita cada trova ao ledor uma magia
ao poeta inspiração, que não é quantia
sim, a aptidão de um inspirado parnaso...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
12 fevereiro, 2022, 11’19” – Araguari, MG
MEU PRIMEIRO VERSO
O meu primeiro verso, versado
De uma ilusão nascida, da vida
De um sentimento enamorado
Sentido, tido, vivido e suspirado
De prosa tão simples, escoada
De um acaso puro e encantado
Tecendo uma quimera dourada
E significado ao poeta ofertado
Foi lhano o verso, alvo, inocente
Porém, o agrado simplesmente
Num repente de amor e vontade
E, este primeiro versar, versado
O guardo inesquecido e amado
N’alma, imbuído na eternidade...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14 março, 2022, 11’04” – Araguari, MG
“Amare”
Canto o amor que habita o meu peito
que em mim é de emoção e de agrado
que se agiganta, um poder imaculado
que toma conta do ser, gostoso jeito
que deixa o olhar rútilo, sedutor feito
leva a minha vida pro tino apaixonado
suspira, sussurra, põe o afeto ao lado
e que me inunda de paz quando deito
amor que me dá prazer, e traz ardor
como se fora o grande mestre tutor
a guardar o sentimento do coração.
“Amare!” a exaltação que me invade
demais tu me contentas, ó felicidade
que d’alma derrama serena sensação...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17 março, 2022, 19’24” – Araguari, MG
SAUDADE AJOELHADA
Cá, sob este chão de superfície rude
de pouca chuva, seco, natal morada
meu eu, jaz pra sempre em plenitude
a causa da minha narrativa poetada
Fora-se-me nostálgico a cada parada
e, vãos, os sonhos da terna juventude
aqui, pelas calçadas, firme e devotada
lembranças, de um tempo de virtude
Repousa, cá, em paz sob este sertão
emoções, as recordações, do genuíno
sentimento... suspirados do coração!
E, cada sensação sentida, sussurrada
da alma, mescla com o dobre do sino
da Matriz, pondo a saudade ajoelhada...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
03 abril, 2021, 13’58” – Araguari, MG
EM SEGUIDA
Depois do nosso olhar ter sussurrado
Depois do verso meu versar-te tanto
Depois de ter-te, cá, em um encanto
Depois de cada jura, de estar ao lado
Depois de ter teu carinho, ser amado
Depois da hesitação, e do entretanto
Depois dos desencontros, do pranto
Depois de tudo, tornamos o passado
Cada momento o instante apreciado
Cada instante aquele momento dado
Em seguida, a despedida, e o depois:
O silêncio numa sofreguidão, dor alta
E na dura ausência o sentir a sua falta
Na falta, o vazio do amor de nós dois...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
22 de maio, 2022, 16’39” – Araguari, MG
SONETO DIVIDIDO
Meu sonho busca o verso eternizado
De ver o soneto no pódio da inspiração
Traçando prosa de tão doce sensação
De agrado, alegria, de afeto cobiçado
Minha ilusão chama pela mesma razão
De tal glória, assim, sendo, torneado
Onde o amor sempre seja glorificado
E, o ledor aplauda com brava afeição
Mas, nada é tão simples, tão comum
Na busca de ter o sonhado, mais um
Inolvidável, no diverso das emoções
E, então, o propósito amordaçado
Num soneto dividido, despedaçado
O vi disperso na trama das cisões...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Junho 23, 2022, 05’45” – Araguari, MG
SOFRENTE CANÇÃO
O tempo amarelou meu verso apaixonado
Porém, não afastou aquela ilusão sonante
Deixou o instante imaculado e no passado
De modo nostálgica a saudade sussurrante
E, cá, eu, pelas bandas desde meu cerrado
Com sensação no peito e emoção gigante
Tão distante, me vejo, num suspiro calado
Com uma faiscante aflição, tão devorante!
Que pena! Tudo parecia não ser engano
Teu olhar tinha o sonido dum suave piano
Trazendo aquele sossego para o coração...
Mas a poesia que aparentava mais sentido
Na privação o meu desejo tornou-se diluído
Em dor, em solidão e uma sofrente canção!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17 de agosto, 2022, 16’58” – Araguari, MG
CONTEXTO
Não sei o que se passa com meu versar
E nem sei por que tanto nele devaneio
Sei que preciso ter o poético imaginar
O que me faz ter n’alma o doce gorjeio
No sentimento está tudo o que preciso
Na emoção tenho aquele gostoso olhar
E nos românticos versos o largo sorriso
Então, porque estou sempre a vitimar?
Me vi perdido nos sonhos espalhados
Mas cá no coração ainda pulsa o amor
E os propósitos emocionais acoimados
Sou como um bardo cheio de carinho
Um trovador que canta com o ardor
O contexto, tal o canto do passarinho!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26 agosto, 2022, 20’16” – Araguari, MG
PARTILHA
Sinto a inspiração que percorre
Por toda a entranha de meu ser
Quando de ti o verso a escrever
Saudades, que de dantes escorre
Sinto a minh’alma em um porre
De carência, roubando o prazer
Do tempo, que mais quer viver
Quando na prosa o vazio ocorre
Sinto não ter o cuidado presente
Se a tua falta, agora, é realidade
E os versos os sussurros da gente
Sinto no peito toda a infelicidade
E na partilha uma dor que se sente
Dum amor que perdeu a vontade!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
15 setembro, 2022, 21’14” – Araguari, MG
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