Voo
VIDA PARALELA
Casulo seguro
Voo ardente
Segurança e solidão
Desvaneios e emoção
Pele rejeitada
Corpo desejado
Jejum intermitente
Apetite voraz
Satisfação social
Realização pessoal
Fantasia limitada
Desejo intenso
Tempo pra parar
Não para de continuar
Medo
Coragem
Um grito
Um múrmuro
Uma vida incompreendida
Uma vida indefinida
VIDA PARALELA
Num voo de cores, dança a borboleta,
Entre flores e sonhos, a vida completa.
Ela é o sopro do vento, a luz do poente,
Um sussurro da vida, tão efêmera, tão presente.
No entanto, vem a morte, silenciosa e certa,
Finaliza a dança, a cortina deserta.
Mas na despedida, uma nova beleza desponta,
Na metamorfose final, a vida se reencontra.
Paradoxo da Existência
Desde cedo, aprendi nesse longo voo.
Depois de tudo, eu te perdoo?
Aprendi que a ordem não governa essa esfera azul.
Tudo acaba, não controlamos nada. O rei é o caos nu e cru.
Não deixe a vida te levar, porque todos os caminhos levam à morte.
Deitar e procrastinar enquanto sua existência se esvai, e você aposta na sorte.
Horácio, conjurei de minha mente essa poesia pra você, isso é o que doo.
Nesse palácio que é a aceitação inerente, penso nessa tardia pergunta: Eu te perdoo?
O senhor que tanto fez, tanto desfez e tanto refez, o supremo arquiteto.
Construiu pessoas, vidas, terrenos e casas do chão ao teto.
Ochima nos enfeitiçou com seu honroso e desonroso otimismo.
Sem aceitar o fim, buscando controle, vivendo á toa, o povo acreditou por ser orgulhoso com seu favoroso negacionismo.
Esperando ir pro céu, viverem felizes, buscando um guia, alguém que retome o controle que nunca existiu.
Clamando um mundo cruel, sem perceberem as cicatrizes gerando uma fobia do além que nos forma e nos polhe, nos une e sempre nos uniu.
Somos forçados a nascer, forçados a decidir,
forçados a morrer, e,
Enquanto estamos a decair com ira nessa curta estrada, somos forçados a, na mentira de que não somos forçados á nada, passarmos a crer.
Isso não é uma mensagem de ódio, nem de saudade ao passado.
É uma mensagem de verdade, e de aceitação.
Aceito que sou forçado, aceito que és o senhor da destruição.
Mas mesmo assim, esse pensamento ecoa
Você me perdoa?
Porque eu sim. Eu te perdoo, por mais que doa.
Sentir ódio de você seria buscar este controle que não existe.
Esse pódio que estou a querer talvez seja um fruto do otimismo. Isso apenas me deixaria mais triste.
Querido Horácio, eu te perdoo. Então, lhe pergunto de novo
A pergunta que nesse palácio ressoa.
Você me perdoa?
"Se você deseja seguir o voo das borboletas, esteja disposto a perder-se nos jardins do tempo, começando como uma lagarta em busca de sua própria transformação."
"Em cada amanhecer, meu pensamento alça voo, buscando o calor do teu sorriso, no infinito do meu amor por ti." Este verso captura a essência do amor e carinho, sentimentos que inspiram a humanidade a criar e expressar. O amor pode ser como um farol, guiando-nos através da escuridão, ou como uma chama que aquece o coração nos dias mais frios. Carinho é o toque suave que acalma a alma, a presença constante que diz sem palavras: "estou aqui com você". Juntos, amor e carinho tecem a tapeçaria da conexão humana, cada fio uma história, cada cor um sentimento, criando um mosaico de experiências compartilhadas e memórias preciosas.
Não encarcere o amor
O Amor é voo livre.
É sereno da manhã
e tempestade de verão.
Não encarcere o amor!
Amor é língua desenhando o corpo.
É silêncio de um dia sem palavras.
É nada no fundo do túnel.
Oco, eco
Amar é tão amplo!
Não encarcere o amor!
A idade é o voo dos anos,
Com a alma a buscar o infinito,
E ao fim, somos todos um rastro,
De tempo, de amor, de infinito.
Depois que as correntes
são quebradas,
você entende que
o voo é necessário
e que a felicidade
pode estar logo ali.
Admiram a plumagem de uma ave,
Seu voo livre rasante.
Sem desconfiar, que ela já viveu em cativeiro, nem que suas penas escondem cicatriz de um tiro.
O Silêncio Música
Uma dor muda,
Num som sem volume,
O vazio estilhaçado no voo
À janela fechada.
Às vezes no silêncio da vida
Mora a nostalgia da alma.
Ficamos sem voz
Com o nó das palavras
Amarradas na garganta,
Numa estreita passagem de indignação.
E noutro dia,
O sol dá passagem
E, de tanta luz,
O Silêcio torna-se música.
(Suzete Brainer)
ENTARDECER E A LUA
A noite descia como em voo de pássaros,
Em rajadas de flocos coloridos.
Meus olhos se deliciavam, estremeciam,
De prazer e dor.
Como cristalizar este momento?
De que forças retirar o fluído para tal proeza?
Pensamento tolo que me fez perder todo o poente.
Quando dei pela natureza,
A noite me abraçava,
Beijava meus lábios com o nascer da lua.
Espetáculo de noite invernal.
Como deter o astro prateado
No seu lugar de agora?
Para saciar o meu prazer,
Para matar a minha sede de beleza.
Oh maldito pensamento!
Fez-me perder todo o nascer da lua!
Todos os poentes, todo o sol no seu turno.
Todos os verdadeiros voos de andorinhas!
E aqui estou sem saber contemplar.
Desejando obras monumentais da natureza.
Maldizendo o pensamento,
Vi-me num túmulo frio, escuro,
Sem haver sentido o momento de minha morte
Por tanto haver pensado nela!
Conclusão de alma:
O belo está naquilo que se vê e sente
Não no que se quer!
Nov/ 1974
Nem sempre ela foi leve assim, soberana, em pleno vôo. Como toda borboleta, em um tempo anterior ao casulo, teve a sua fase de lagarta.
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