Você não Chegas aos meus Pés
Pelas plantas dos pés subia um estremecimento de medo, o sussurro de que a terra poderia aprofundar-se. E de dentro erguiam-se certas borboletas batendo asas por todo o corpo.
Uns vão, uns tão, uns são, uns dão, uns não, uns hão de. Uns pés, uns mãos, uns cabeça, uns só coração.
Ah, encha a taça: - de que vale repetir
Que o tempo passa rápido sob nossos pés:
Não nascido no amanhã, e falecido ontem,
Por que angustiar-se frente a eles se o hoje pode ser doce?
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés. O mesmo sempre, graças ao céu e à terra. E aos meus olhos e ouvidos atentos. E à minha clara simplicidade de alma...
Exagerado
Jogado aos teus pés
Eu sou mesmo exagerado
Adoro um amor inventado
Acontece que me canso de meus pés e de minhas unhas,
do meu cabelo e até da minha sombra.
Acontece que me canso de ser homem.
Todavia, seria delicioso
assustar um notário com um lírio cortado
ou matar uma freira com um soco na orelha.
Seria belo
ir pelas ruas com uma faca verde
e aos gritos até morrer de frio.
(...)
Passeio calmamente, com olhos, com sapatos,
com fúria e esquecimento,
passo, atravesso escritórios e lojas ortopédicas,
e pátios onde há roupa pendurada num arame:
cuecas, toalhas e camisas que choram
lentas lágrimas sórdidas.
Era homem como os outros; outros Aquiles andam por aí que são da cabeça aos pés um imenso calcanhar.
Tivesse eu os panejamentos bordados dos céus, (...)
Estenderia esses mantos a teus pés.
Mas eu, sendo pobre, tenho apenas sonhos;
E estendi meus sonhos a teus pés;
Pisa com delicadeza, pois estás pisando em meus sonhos.
O que uma lagosta tece lá em baixo com seus pés dourados?
Respondo que o oceano sabe.
Por quem a medusa espera em sua veste transparente?
Está esperando pelo tempo, como tu.
Quem as algas apertam em teus braços?, perguntas mais firme que uma hora e um mar certos?
Eu sei perguntas sobre a presa branca do narval e eu respondo contando como o unicórnio do mar, arpado, morre.
Perguntas sobre as plumas do rei-pescador que vibram nas puras primaveras dos mares do sul.
Quero te contar que o oceano sabe isto: que a vida, em seus estojos de jóias, é infinita como a areia incontável, pura; e o tempo, entre uvas cor de sangue tornou a pedra lisa encheu a água-viva de luz, desfez o seu nó, soltou seus fios musicais de uma cornucópia feita de infinita madrepérola.
Sou só uma rede vazia diante dos olhos humanos na escuridão e de dedos habituados à longitude do tímido globo de uma laranja. Caminho como tu, investigando as estrelas sem fim e em minha rede, durante a noite, acordo nu. A única coisa capturada é um peixe dentro do vento.
É o vazio e o abismo que estão permanentemente sob seus pés, num vórtice tempestuoso que pode engoli-los a qualquer momento. Pois a morte o espreita com sua face tenebrosa e hedionda em todos os instantes.
Tente ser como uma borboleta. As belas Borboletas, com suas cores vibrantes, e até peculiares, exóticas... Uma infinidade de combinações que encanta o olhar do observador. Ninguém é igual ou perfeito apenas olhe para dentro de si como fez a pequena lagarta, e descubra quem você é de verdade.
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