Vital

Cerca de 1108 frases e pensamentos: Vital

MITO, CIÊNCIA OU METAFÍSICA?!

Não sei se me alenta.
O mito, a ciência ou metafísica!
Meu coração em agruras
Minha “razão” em profundo silêncio
Grita incessantemente à resposta do ser...
Confunde-me a razão!
Bolina-me a prenoção!
A inércia do amor fantasia as paixões
E a prolatada existência da razão, sabedoria ou ser...
Materializa-se em uma real utopia.
E nesse emaranhado de ilações e meros devaneios
Morro a cada dia
Neste vazio de respostas e contradições que nem a ciência positivista
Explica-nos... Enfim nada temos ou sabemos
Meras substâncias à fertilização do terreno
Em recompensa ao pouco ou nada que somos.

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"O SILÊNCIO É ROMÂNTICO, POÉTICO E DISSERTADOR"

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VIVA AS MARGARIDAS, SEJAM ALVES, SEJAM ALVAS!

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REI TORTO:

Enclausura-se
Meu ancho coração libertário
Aos tiranos ditames
De um rei secundário
Sobre a égide
Dessa plebe ordenada
Refletida sobre a média
Ordinária...
Oh! Minha doce Pátria
Não gentil...
Não, não indultes
Teu passado tão sombrio
Sobre as margens
Flácidas
De um Ipiranga
Vil.
Nicola Vital 13Fev2017.

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POBRE DO POBRE QUE VENERA O RICO QUE O RENEGA!

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O PODER QUE RECEBE DO PODER QUE PAGA NÃO POSSUI PODER SOBRE A PAGA!

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OPOSIÇÃO SEM VOZ É FACA QUE NÃO TEM GUME! ACORDA ESPERANÇA...

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NOSSAS VERDADES:


É assim, sempre assim
Seja carnaval ou natal
Nossa vida um imutável
Baile de fantasias em que
Fantasiamos nossos fantasmas
Nossas paixões sem primazia
Sempre assim...
Seja carnaval seja à homilia!
Os sonhos que penso tenho
Perdem-se em fantasias
E enquanto vestimos-as ...
Calçamos meias alegrias.
E o rosto que veste a máscara
É o fosso que verte a massa
Numa odisseia de hipocrisia.

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"O ROSTO QUE VESTE A MÁSCARA É O FOSSO QUE VERTE A MASSA"

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SOLIDÃO:

A solidão que vive
É a solidão que morre
A solidão que fica
É a solidão que vai
A solidão que alenta
É a solidão que mata
Solidão...
E faz os nossos sonhos
Viajar no tempo
Buscar nossos mitos
Se perder nos sonhos
Solidão...
E cada vez que teu relógio
Marcar mais um, mais um, mais um...
Ele está te dizendo menos um menos um...
Solidão...

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"CADA VEZ QUE O TEU RELÓGIO MARCA MAIS UM, MAIS UM, MAIS UM... ELE ESTÁ TE DIZENDO MENOS UM, MENOS UM"...

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MALUCO SENSATO (Crônica)


Diz o provérbio popular, cada doido com sua mania, sobre ele, grande parte dos atores sociais constroem uma prenoção sobre a configuração daqueles sujeitos que por uma construção social expõe lampejos de uma suposta "loucura".
Me aproprio dessa representação no intuito de refuta-la. Pois bem, vamos aos fatos. Na rua onde resido todas as manhãs tenho registrado a presença de um sujeito conhecido por "Ciço doido ou cabo Ciço", que passa logo cedinho para o centro da cidade, em ato continuo, retorna ao meio dia.
Na minha dedução aquele comportamento é peculiar de qualquer indivíduo em ritmo de trabalho.
Porém nos últimos dias tenho observado que ao voltar de seu passeio matinal aquele sujeito apresenta um comportamento alheio ao que se denota pela manhã quando volta visivelmente embriagado e, proferindo palavras não condizentes à sua aparente realidade tais como: "É pra matar ou pra morrer". Em voz alta e bom tom entre outros... Assustando transeuntes, moradores e crianças que subjetivam aquela suposta "loucura" como sendo um perigo iminente.
Não obstante, em outro momento encontrei-o a chorar e, contrito em seu íntimo - Percebia-se.
Aquilo me desperta curiosidade em desvelar sua aflição, ou quiçá, sua "loucura". No entanto me deparava a um grande obstáculo que seria como aborda-lo de maneira a não ferir seus sentimentos, sejam eles quais forem.
E para minha sorte ou felicidade, nesta manhã ele ao me ver de fronte à minha casa parou e fitou-me o olhar com profundidade e um aterrorizante silêncio. Aquilo me assustou é fato!
Todavia me facultou o poder indaga-lo. E assim o fiz. Olá Ciço tudo bem? Sobre o mesmo silêncio ele caminha até minha pessoa cabisbaixo, e ao erguer a cabeça me pede algo para comer, de pronto, peguei alguns pães, bananas e uma xícara de café, convidei-lhe para entrar, e ainda emudecido sentou-se à calçada rapidamente comeu e saiu.
Concomitantemente, diante de peculiar comportamento, confesso, só me fez substanciar minha curiosidade em saber porque aquele indivíduo apresentava comportamento arredio, de tamanho sofrimento e, porque era entendido como doido.
Dias depois resolvi segui-lo até sua residência que não ficava tão distante, ao vê-lo entrar logo percebi que não havia trancas na sua porta e logo se ouvia seus gritos de revolta e alguns palavrões, em seguida clamava pelo filho enquanto chorava copiosamente.
Fiquei estarrecido com aquela cena e resolvi procurar a vizinhança que logo disseram: Ah. Isso é assim todos os dias! Já estamos acostumados, é porque depois que a mulher deixou ele, ele saiu do emprego, o filho se envolveu com drogas e está preso.
Por conseguinte, descobri que ele gostava de frequentar a barraca do Elói que fica de fronte ao estádio de futebol aqui em Esperança-PB onde ele ia todos os dias quando passava pela minha casa.
Diz-se de um lugar pitoresco ou um pequeno comercio onde os viciados em drogas licitas ou não (excluídos), se encontram para se socializarem e só ali ele se encontra enquanto ser. Segundo o próprio.
Moral da história - A loucura e seus loucos, nada mais é que uma construção social objetivada por aqueles indivíduos cujo sentimento é segregar àqueles que não apresentam à sociedade um padrão de comportamento condizente com suas aspirações, e que se apresentam como exóticos, estranhos, esquisitos.
Seja do ponto de vista da moradia, indumentária, físico ou intelectual. A fim de demarcar sobre essas minorias uma relação de poder subjetivamente repressora e dominante.
Sei que o papo está um tanto quanto depressivo. Vou colocar um ponto por aqui. Aproveitando para me encontrar com meu também louco sensato e degustarmos um cafezinho sociológico diga-se de passagem sem açucares.

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Nada se ensina. Compartilha-se saberes.
Todo ator social possui conhecimentos específicos à sua realidade.
Em seu próprio palco encena a peça através linguagens antagônicas.
Com direção a um mesmo fim.

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OLHOS QUE NÃO VÊEM:

Após uma tarde memorável em que assisti uma magnifica aula ministrada pela professora drag queen Rita Von Hunty mestranda em letras pela universidade de São Paulo acerca de uma temática bastante pertinente ao contexto Político/social da atualidade: O capitalismo e suas metástases que aniquila aos poucos as sociedades modernas.
Ao retornar à minha residência, ainda no ônibus escolar e na altura do supermercado ideal, quebra-se a rotina da viagem ao deparamos com um grande frisson.
Ao observar o que acontecia vi que funcionários das lojas estavam todos nas calçadas atônitos e os transeuntes se manifestavam na rua sob o som de uma música natalina e o brilho de luzes psicodélicas que lentamente aproxima-se decorando alguns caminhões da Coca-Cola, todos igualmente pretos, sem suas luzes convencionais, apenas iluminados por milhares de luzes natalinas que os adornavam.
Em um deles havia um grande trenó com um personagem de papai Noel e duas crianças que usavam a mesma indumentária.
Moral da história, no ônibus as mocinhas e os mocinhos todos formandos da universidade estadual da Paraíba, e que paradoxalmente alguns teriam participado da citada aula havia trinta minutos.
E no compasso daquele frisson levantaram-se de seus acentos e gritavam euforicamente: Nossa, que coisa linda! Ai meu Deus!
Logo alguém me indaga. Seu Egberto o senhor não gostou? Não acha lindo?
Ééé, respondi. Mas é de uma beleza artificial.
Essa beleza ofusca os olhos das crianças do pedregal, do morro do urubu, ramadinha, favela do papelão...
E em uma interrogativa. Isso vai para onde?
Irá ancorar no templo sagrado do capitalismo, (shopping center), o espaço público que priva. Segrega e exclui os olhos da pobreza. Por isso eu não gosto do natal.

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GENOCÍDIO X ETNOCÍDIO (Discurso Oficial)


O texto em discussão, menciona a luta dos povos indígenas brasileiro acerca de seus direitos à terra e sua exploração. Manutenção de sua cultura e suas etnias. E propõe o declínio de quinhentos anos de segregação e execração àqueles atores sociais.
No entanto, não podemos ignorar que desde o Brasil colônia esta luta vem se perpetuando até a atualidade, para ser mais preciso, desde meados do século XVIII, momento em que se acirra e assume um caráter legalista por parte do Estado Monárquico através de leis forjadas para atender os interesses da classe dominante de então.
E diante desse contexto, os povos indígenas sempre foram submetidos a um patamar de submissão, exploração e cerceamento de direitos, pior, relegados ao abandono pelas autoridades e pela própria sociedade não indígena que por sua vez, apoiados em um discurso separatista e sectário, reivindicavam que os índios não deviam exercer nenhum poder de propriedade sobre as terras as quais, lhes pertenciam por natureza, alegando que eles não mais se identificavam como “puros”. Não obstante eram preguiçosos e ladrões, o que autorizava o sistema governamental em um processo de expropriação distribuí-la com os povos não indígenas e membros da coroa.
Todavia, somente através das ações do CIMI (Conselho indigenista missionário), aqueles sujeitos passam a galgar apoio em defesa de seus direitos elementares e, na busca de consolidação de seu perfil identitário. Uma vez que tudo fluía em antagonia à sua afirmação enquanto povos indígenas através de leis legitimadoras dessa barbárie. Era sob a égide desse discurso imposto pelo coroa que aqueles povos eram submetidos à toda sorte de desumanidade e cerceamento de direitos.
Muitas foram as lutas deflagradas contra o discurso oficial que também refletia na sociedade daquele contexto histórico a fim de subtrair suas terras, conquista natural e legitima daqueles atores, uma vez que os próprios, ali existiam bem antes daqueles que os colonizavam.
Sobretudo, é de bom alvitre dizer que toda essa saga de luta e resistência teve seu ápice de crueldade durante os famigerados anos de chumbo no apogeu dos governos autoritários do regime militar dos anos de 1964, em que esses povos foram brutalmente excluídos de seu habitat.
É permissível dizer quase extintos, para dar vazão ao capitalismo e interesses das mineradoras estrangeiras, latifundiários, grileiros e a agroindústria.
Momento em que essas entidades de apoio àqueles povos são fortemente perseguidas e dizimadas para favorecer outras de cunho oficial e caráter repressivo.
Concomitantemente, com o advento da constituição federal de 1988, em seu art. 231, capitulo VIII da “ordem social” uma demanda da sociedade civil organizada e rechaçada veementemente pela classe dominante através de seus representantes no congresso nacional, consegue, ainda que de modo “goela a baixo”, inserir no texto da carta direitos avançados em defesa dos indígenas, mesmo não estando a contento do que mereciam aqueles “indivíduos”, haja vista serem os mesmos, subjetivos, e que não os agracia em sua plenitude. Conforme propõe o texto da CF em seu artigo 231. Vejamos o que reflete o mencionado.
Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
§ 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
§ 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.
§ 3º O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei.
§ 4º As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis.
§ 5º É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, ad referendum do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco.
§ 6º São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito a indenização ou a ações contra a União, salvo, na forma da lei, quanto às benfeitorias derivadas da ocupação de boa-fé.
Em suma, é plausível falar que esse discurso oficial perpassa as fronteiras do tempo e espaço, e se consubstancia na atualidade apresentando-se com moderna indumentária. Mas com o mesmo propósito de aniquilar essas etnias apresentando um modelo de dominação ainda mais pernicioso, configurado em uma associação entre o genocídio e o etnocídio perpetrado explicitamente e chancelado pelo aparelho estatal, no afã de mortificar a jovem democracia conquistada à duras penas em nosso país.
Deixando cintilante a existência de uma utopia quando se fala em “Emancipação Indígena” por assim dizer. Ante o que já fora mostrado acima no texto constitucional expresso.

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TÊNUE

O peito inocente e frio
Aclama os eflúvios da madrugada.
Chega o frio incessante
Das colinas.
E traz os cheiros brandos
Da floresta adormecida.
E o sabor sútil
Da brisa candida.
Em teu peito frágil
A aplacar o frio.

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POETIZANDO:

A poesia não pede palco
Não demanda aplausos
É solidão, intimidade e paixão.
É sentimento que freme
Num turbilhão de emoção.
A poesia é marginal...
O poeta capital.
Não possui ser nem autoral
É abstrata atemporal.

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⁠MENDAZ:

Nada enceta!
A dor, a voz, os sonhos.
As máscaras e suas faces.
Os "homens" e seus comes.
Os livros e seus líricos
Os mestres e os noviços
Lúdicos e telúricos.
Não há rima nem besos
É controverso o reverso
O mítico ou abstrato.
Todo esse escopo mendaz
Num instante não distante
A tudo se perpaz.

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⁠SÍMILE:

Vou verter o riso da hiena em tuas brenhas
Vou comer o delírio de tuas entranhas falena
Vou calar teu grito insano reanhas
Vou fechar a luz, apagar tua porta
E bradar pro mundo teu riso vulpino
_ tal qual Peçanha
Vou arranhar teu intimo zanho
Vou me embrenhar...
Na volúpia de tuas entranhas
E ancorar no palor de teu olhar.

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⁠SONHOS DE CRIANÇA:

Nas campinas bem verdinha
De esperança
Que meus pais como tais
Me fez crescer
Hoje vejo
Fragmentos de lembranças
Dos jardins
Que o “progresso” fez verter
Só restando na memória da criança
A infinita saudade de uma doce
Banabuyê
Dos negrinhos de fradinhos nos arbustos
A se esconder
Pras mocinhas nas pracinhas assustando
Entorpecer
Eu daria todo o progresso emergente
O funk, rap, internet ou avião
Pra voltar às campinas que um dia
Fui criança,
E meus sonhos pueris
Finquei ao chão.

Inserida por NICOLAVITAL

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