Vinho: textos e poesias que celebram sua essência
*
Pés estranhos
de fulanos,
pisam as pobres uvas,
esmagam-nas
até o último suco que restar.
🍷
HUMANOS
Sedentos
Esvaziam taças
E garrafas,
Até se sentirem
Nas alturas,
Provando o sabor
Da uva e sonhar com um amor
Que, talvez esteja escondido,
Ou comprometido..."
***
🍷
Suave entre brumas ela surge, e seu sorriso ilumina.
Mas hoje o desejo, antes imaculado, adentra ao mundo ordiário com olhos insanos, hesitando lubricidade na calada da noite.
A lascívia no veludo de seus lábios seduzem à cada toque na taça do vinho, a cada mordida, a cada beijo.
Embriagada em seu perfume a mente já não mais condena mãos que deslizam pelas curvas do seu corpo, tão naturalmente intensas, marcando a pele como igual àqueles que Dante cruzou em sua jornada, condenados pela luxúria.
Corpos embevecidos numa cornucópia de paixão, elevados tão altivamente que a luneta do timoneiro avista apenas duas chamas nos céus, cingidas em laço por Eros até que a aurora desperte tal devaneio onírico.
↠ Expecta ↞
Espera,
chegar a clientela,
a vinda dele ou dela,
o escurecer da candela,
entre o trampo e o lar: a escapadela.
*
Em ter:
café novo no amanhecer,
chá ao entardecer,
insaliva até a primeira estrela aparecer,
beber o vinho do anoitecer…
…e, enfim, adormecer.
*
Espera,
o tempo recupera
a paciência considera,
a essência de quem não desespera
da neura que se supera.
*
Sair o resultado,
do Sol sepultado
os desonrados e aclamados,
antes, aguardados,
de um ciclo terminado.
#FADO
Saberá o rumo se é tão grande o espaço?
Alma doce, triste e palpitante...
Quantos silêncios, quantas sombras várias...
Habita em seu peito pulsante...
Veste-se de mistérios...
Seu espírito, melancólico...
São demais os perigos dessa vida...
A serem encontrados em qualquer esquina...
E se ao luar vem se unir uma música qualquer...
Na taça que bebe o vinho transborda...
Os amores foram perdidos...
Deseja encontrar...
Tê-los ainda consigo...
E na eterna aventura em que persiste...
Quanto mais procura e não acha...
Mais insiste...
Fiel à sua lei constante...
Maior amor nem mais estranho existe...
O humano coração clama a verdade…
E além, presente na saudade...
Bem adiante...
Não abre mão de sua liberdade...
Lhe basta apenas um instante...
Para sonhar por muito...
Um amor bastante...
Pelos caminhos que anda...
Cultivando vã esperança...
Talvez um dia a encontre...
Só não sei quando...
De atraso em atraso...
Cheio de cuidados...
Vive seu fado...
Sandro Paschoal Nogueira
facebook.com/conservatoria.poemas
Bom dia! Estou teclando pra saber como cê tá, bateu saudade então resolvi falar.
Faz tempo que a gente não se fala.
Saudade... Me manda um áudio quero ouvir a sua voz.
De madrugada fui dormir pensando em nós.
Sonhei bastante e acordei pra te falar...
Que você me mandava uma selfie, com esse seu sorriso lindo
Que deixou o meu café pronto e o meu almoço preferido.
Que você postava um story, do nosso momento mais lindo
Escrito te amo pretinho, meu lar é nesse teu sorriso.
De noite eu preparava a cama e a mesa pra gente jantar
Com duas garrafas de vinho, depois amar, amar e amar...
Vazio
O copo cheio retrata a busca
de algo saciável
Notas de frutos, aveludado,
Impecável
Um papel miserável
Frio escritor e cruel
Inimaginável sensação
Representação considerável
Imposição?! não
Aceitável apreciação
Arte nula
Sem cabeça...
...Mula
Volto ao palco
Cortina fechada
Fachada
Abertura pro nada
Então me rio
Rio de mim
Sozinho?! não
Há plateia
Palmas na mão
Adeus solidão
Esse frio não
Rio de mim, não sozinho
O copo na mão
Enfim, cheio!?
já não
Saciável sensação
Me rio
Cheio!? Não
Vazio.
Oliverpinguim
Se tudo que escutássemos fosse agradável, e se tudo que víssemos fosse conveniente, isso seria como afogar-se em vinho venenoso.
Pra hoje: pela manhã, uma xícara de café bem forte e quente para esquentar os ânimos e criar coragem para mudar as coisas que precisam de mudança e, a noite uma taça generosa de vinho para relaxar o corpo, abrir a mente e aceitar sem reclamar as coisas que eu não for capaz de mudar.
Do dia o calor, da noite o frio
Pouca água não é tormento
Nasci ao relento junto ao rio
Em desafio ouvindo o vento
Do Sobradinho escuto o pranto
Das cidades submersas
Prezo com o rio santo
Os seus ritos, suas festas
Remanso, Pilão Arcado
Casanova, Sento Sé
Danço e canto seu reisado
Rezo nos ritos de fé
Verto a lágrima na taça
Verto o riso em desalinho
Sou o choro, sou a graça
Sou a vida, Sou o vinho
Apreciação
O sol indo embora lentamente pincelando as cores do céu,
a maré se elevando com seu doce ruído,
a lua cheia tomou posse do cenário com todo o seu manto brilhante e majestoso,
dois copos e o vinho sobre a mesa aquecendo as mãos e os olhares duplamente perdidos nas imagens esperando ansiosos os próximos movimentos.
A juventude é empolgante, eufórica como a sensação de uma cerveja. É
a plenitude estonteante de um drink servido na bandeja. A maturidade é o sossego cheio de pensamentos sábios, como o vinho complexo para ser produzido, mas que a cada ano se torna melhor e mais agradável.
Aforismo do caminho.
§
Apresenta-se,
a trilha verdejante
Segue-se,
Um plantio de rosas
o tempo da fertilidade
é poesia
§
Poemas leves
Sobre o tempo
poemas longos
sobre o vinho
§
E de que vale
Essas singelas palavras?
Sem os aforismos
Do seu caminho?
§
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Notas de um Brinde.
No vidro rubro, o tempo sussurra segredos,
memórias esquecidas, sabores que cantam.
Não é só essência, é alquimia,
transforma o comum em extraordinário.
A cada gole, o mundo se dissolve,
é poesia líquida, dança de sabores.
O vinho é mais que licor, é arte,
é a chama discreta que aquece por dentro.
E ao fim, resta o eco do sabor, que se eterniza na alma.
Hoje eu acordei e eu vi
O sol azul, céu amarelo
Vou apagar a porta e fechar a luz
Entrar pra fora, sair pra dentro
Subir pra baixo, descer pra cima
Vinho no copo, pinga na taça
Vou comer a carne, mastigar cerveja
Luva no pé, meia na mão
Vou comer a casca ea fruta não.
"A grande magia da vida está em saber que pessoas ainda curtem flor de lótus e observam a lua. Num instante a imaginação cria uma piscina de borda infinita, uma garrafa de vinho e duas cadeiras para observar o céu estrelado numa noite enluarada de verão. Nesse instante, a teoria de que o tempo é relativo começa a fazer sentido. O pensamento vagueia entra passado (que se faz presente), presente que ´se faz um sonho e futuro que se torna um objetivo"
Não tenha pressa! Tudo que vale o nosso tempo, a nossa dedicação e os nossos sentimentos mais bonitos merecem serem apressiados devagar como se fosse um cálice de vinho caro perante o nosso último pôr do sol.
"Eu te buscarei em outras enseadas.
Te buscarei em outros pores do Sol, em outras alvoradas.
Te buscarei em outros abraços, novas casas.
Te buscarei em novas noites, em outras madrugadas.
Te buscarei em novos poemas, em novas palavras.
Buscarei por ti, pelos rincões da desilusão e novamente, por ti, derramarei novas lágrimas.
O vinho do seu beijo, já não me embriaga mais, te buscarei em outras safras.
Já não beberei mais de ti, te buscarei em outras garrafas.
Te buscarei em novos lares, novas moradas.
Navegarei por outros mares, com novas cartas.
Novos beijos, novos olhos, novos cheiros, novas armas.
Novas mazelas, novas decepções, novos nadas.
Buscando por ti, afogar-me-ei, em novas enseadas..." - EDSON, Wikney
Desejo um Feliz Natal, de muita celebração,
Que o dia 25 de dezembro seja muito comemorado...
Além do vinho e da maravilhosa ceia que é tradição,
Que o nascimento de Jesus Cristo seja sempre lembrado...
Churrasco, cerveja, conhecidos... Mas por dentro sinto-me sozinho. E às vezes também é tudo escuro e frio. Whisky, Gin e vinho... música alta para preencher o meu vazio. Mais um cigarro. Mais uma dose. Mais uma foto com a gente. E sempre estamos querendo mais... Às vezes a gente sorri mas não está contente. E no final a gente só quer um pouco de paz! Hoje não bebo pra comemorar. Bebo pra esquecer os meus problemas e tudo mais que atormenta minha mente. Tudo destruído por dentro da gente mas fingimos estar tudo bem por fora. Às vezes a gente fica mais quer ir embora. E perguntamos para nós mesmo: E agora?! O teu corpo dança mas a tua alma chora. Há barulho e conversa lá fora. Mas há tanto silêncio em você... Silêncio em mim. Mas não é o fim! Ainda não! Dentro de cada coração as suas dores, os seus medos... Quanta confusão?... Quantos segredos? Ilusão! E assim, às vezes a gente segue errante seja onde for... Eu também já não jogo e nem aposto. Disso também eu já não gosto. Por que da última vez em que eu apostei eu apostei em ti. E eu só perdi. E me esqueci que a casa sempre vence. E entendi à duras pena que não é qualquer coisa que já me convence. A dor que sinto já não tem tamanho. Às vezes eu te perco. Às vezes eu te ganho. Perdemos muitas coisas, muitas pessoas pela estrada... Às vezes achamos que já não nos resta nada. E às vezes pensamos que já não temos mais nada a perder. Mas pode ser que temos muito a ganhar! Vamos comemorar pelo que ficou! A festa ainda não acabou! Agora tanto faz! Hoje é só um dia a mais! Vamos rir para não chorar!... Vamos esquecer e dançar?!...
Saber apreciar…
“ Diferente dos demais eu não me deixo embriaga-se com a paixão, eu a delicio como um sommelier delicia um gole de vinho tinto guardados anos em um barril, pois é assim que enxergo cada momento de uma pura paixão, único… costumam dizer que aquilo que amamos devemos nunca largar, segurar com dentes e unhas, já eu não concordo com tal afirmação… talvez o nosso desejo de posse possa definhar cada vez mais a chama da nossa paixão, é como aprisionar um Curió, que antes da gaiola cantarolava até lhe faltar ar, porém com o seu corpo preso, a sua paixão por cantar em pouco a pouco se foi com o vento... “
