Vinho: textos e poesias que celebram sua essência
É O QUE DIZEM
Valéria Leão
Dizem por aí
que eu tenho uma alma antiga
que bebe vinho, dança bolero
e acha graça na vida.
Dizem por aí
que eu abro a porta para a
poesia, que acolho seu pranto,
que compreendo os seus mais
íntimos ruídos.
Dizem por aí
que essa minha aparente
leveza de ser
nasce da conclusão
de que não se pode ter tudo
e, portanto, só nos resta viver
com o que se tem.
Dizem por aí
que esse meu inesperado
encontro com a poesia
é o resultado de uma
confusão de afetos
que, como as estrelas,
se chocam e se estabilizam.
É o que dizem por aí!
Só confio em bebidas que tenham sido testadas há no mínimo mil anos. Isso se resume a água, vinho e café.
Estou no hotel, à luz suave da noite,
Tomando um vinho, enquanto o dorama passa,
Mas minha mente não deixa de vagar para ti,
Para o beijo que me fez estremecer, me fez desejar.
Enquanto o vinho desliza e a série avança,
Rodopio pela cama, perdido em lembranças,
Sonhando com o calor do teu corpo ao meu,
Imaginando-te aqui, compartilhando este momento.
Queria-te comigo, bebendo este vinho,
Sentindo teu toque, teu calor, em cada gole,
Dormindo juntos, envolvidos em ternura,
Sentindo saudades, mesmo após a noite passada.
Te vi ontem, mas o sentimento que despertou
Deixou uma marca que não consigo apagar,
O desejo de ter-te novamente ao meu lado,
Para que a distância se desfaça e eu possa te amar.
Não conheces os prazeres de uma taça de vinho, talvez por isso julgas minha vaidade, pois nunca se embebedou com a sua.
"Ninguém é feliz sozinho, Sempre tem um amor, Um amigo, Ou uma taça de vinho." SORRIA... (Ingrid Tomazzia)
"O mesmo vinho, nunca tem o mesmo sabor."
O sabor muda quando você está sozinho, o sabor muda quando você está acompanhando, quando você está feliz ou triste, nunca tem o mesmo sabor.
A juventude está indo embora,
sem que tenhamos
nos embriagado de vinho.
Peço que o tempo seja misericordioso,
enquanto abro mais uma garrafa,
com um teor de vida velha,
à margem de um amor
rejuvenescido.
Quero um bom vinho, lá de Lisboa
Ir pra Veneza e navegar na proa
De um barco lindo, igual a você
E ai então cê ia perceber
O quanto a vida é bela
Vivendo com que a gente ama
O quanto a vida prospera
Se a gente levantar da cama
E eu sei que é complicado
Conviver com esse algo
Que te põe pro chão
Mas me promete que agora
Cê vai ser forte como um furacão, oh
Pode se dizer que o amor é como um bom vinho, quanto mais o tempo passa, mais intenso e valioso se torna.
No abismo do caos, surge o medo aflito,
Envolto em vinho, busca-se o equilíbrio,
Na metafísica, a alma encontra abrigo,
E a angústia se mistura ao sublime grito.
Em cada gole, os sentidos se agitam,
O vinho embriaga, num manto de encanto,
No cálice, a essência de um sonho sacro,
E a mente se perde em versos que gritam.
Na dança etérea dos sentidos inquietos,
A metafísica encontra seu sentido,
E a angústia se dissolve em cada verso.
Num universo vasto, misterioso e lindo,
O sublime se revela em cada gesto,
E o vinho nos conduz ao amor divino.
Back, vinho e eu sozinha, quando se desculpou e saiu às pressas após uma ligação da sua ex, eu percebi que nós não daríamos certo, havia uma grande pedra no caminho, ou melhor, havia um passado no caminho, na sua vida ao qual você não se desligava, sempre teve esse defeito, seja relacionado a pessoas ou objetos.
Se metade dessa dedicação ao que já passou fosse direcionada a algum relacionamento, uma hora daria certo, se é que você quer isso.
Sempre teve medo de me perder, mas nunca fez nada para que eu ficasse.
SONETO DE INVERNO II
Frio, uma taça de vinho, face em rubor
No cerrado ivernado, pouco se aquece
Um calor de momento, o licor oferece
E a alma velada, enrolada no cobertor
O arrepio no corpo, a infusão apetece
Para esquentar a noite até o seu alvor
Acalorando o alento do clima estritor
Num cálido agasalho que o afeto tece
Ah, ó estação de monocromática cor
Tão Agarradinhas paixões, em prece
Os mistérios, os desejos, os sentidos
Assim, embolado nas lareiras, o amor
Regado de vontade, no olhar floresce
Junho, ventos gelados e frios sonidos
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 junho, 2023, 19'34" – Araguari, MG
Início do inverno
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