Vinho: textos e poesias que celebram sua essência
O vinho e a nossa idade...
A idade só tem grande importância se você é um vinho, ou um queijo, do contrário, seja você mesmo, aquele você, que ama, que chora e que sorri, que não vê a idade biológica, mas a idade de suas fantasias, de sua fé, de seu amor, considerando sempre a idade que te faça feliz e realizado...
(Zildo de Oliveira Barros)
Um vinho necessita de um período em repouso ( decantação), para que as impurezas possam ser excluídas.
De maneira parecida é a mente humana, precisa de momentos de repouso, a fim de que o pensamento possa ser organizado.
A lua e o secreto
Abajur ligado, nenhuma sombra em evidência, o livro aberto, o vinho com gosto amargo da saudade,
da janela apenas a lua causa o efeito de um abraço amigo,
na poltrona o livro é deixado de lado, os olhos se fecham, a imaginação começa o seu show particular,
o teu abraço quente é sentido, o teu cheiro se espalha pelo quarto, a tua sombra é vista apenas pelo silêncio da lua,
o sonho ganha sabor, temperatura, ele ganha vida,
os olhos se abrem devagar, o vinho trás prazer a cada gole, a lua maliciosa dá um sorriso maroto,
o livro é fechado, o abajur é desligado, agora é hora de dormir o sono de marinheiro.
Visto que...
Teu status é de leveza, pureza e tem sabor de vinho tinto,
a tua essência é construída em cima de muita coragem, paciência e força,
os teus pilares são solidificados com base no amor e na fé,
a tua alma menina é valiosa e brilha mais que o ouro,
já o teu coração se transformou num diamante daqueles pelo qual ninguém pode pagar.
Um viva a vida!
Uma pizza para dois,
o vinho tomado sem pressa,
o mar para molhar os nossos pés e iluminar os nossos olhares perdidos,
enfim, um horizonte sem depois.
Noite
Uma noite de realizações a dois,
uma chama acesa, colchões amassados,
vinho derramado sobre a mesa, gritos soltos pela casa,
um respiro, mais alguns goles, dois banhos e o acaso.
Engana-se com o vinho e o amigo truculento. Mero algozes que nos ludibriam com suas farsas mesquinhas. No fundo, são lobos avarentos e sem personalidades. Não é à toa que mesclam solidão e abandono..
Tantas lembranças eu tenho
Algumas afogadas em taças de vinho
Outras eu queria não ter visto
E que a vida houvesse sido
Qualquer outra coisa
Exceto isto
Todas deixadas ao longo do caminho
Algumas dessas dores eu cobri com flores
E de uma maneira ou outra
Nós vamos vivendo
Bebendo essses remédios que a vida dá
Sem ao menos ler as bulas
Sorrindo quando o Sol
Sem me dar alternativa
ilumina a minha cara
e chorando de forma furtiva
No silencio impenetrável
das infindas noites escuras
Em que à beira de fogueiras
Às vezes minh'alma dança
Triste ou feliz
Por haver em minha vida
A sorte ingrata de haver no coração
Tantas lembranças.
Que a alegria do mundo venha
E que tenha o aroma
Do vinho mais puro
E a cor da luz do Sol
Se essa branca luz
A taça atravessa
Mesmo que o mundo a beba
E permaneça escuro e cego
e não perceba-lhe o cromo
Amor, aroma, o odor, a presença
E desconheça a dor que me causa a sua ausência
Eu só peço à alegria que o faça
E se ela tiver tempo pra fazê-lo
Lhe lanço ainda, outro apelo ...enfim:
Se possível e por favor
Eu lhe peço que venha linda
E que tenha pressa
De depressa juntar-se a mim.
Edson Ricardo Paiva.
Com toda gentileza esta garrafa de vinho bom seduziu-me, esta garrafa de vinho é parecida com ela, vou embriagar-me dela, depois de embebedar-me vou telefonar-lhe porque é ela que me faz embriagar-me, Ela é o meu vinho bom.
Seduzidos pela noite, um toque especial, as taças de vinho formam circulo e no canto da sala a lareira ardente a aquecer os corpos anestesiados pelo vinho, frio nos corações, cada um com os seus pensamentos escondidos em sobretudos, no centro uma mulher linda de cabelos soltos com o pensamento pelo mundo a busca do que lhe anima a vida, o amor desencontrado...
- O vinho bom tornou-se sol ardente que faz minha tez perder brilho, e o teu amor delicioso com a sua suave fragrância se perde entre os homens carentes da cidade que se encharcam de bebidas fortes para espantar as paixões, ó amada do meu coração, quando me envolvo em lenções é o seu nardo que me alimenta.
Noite do Vinho
Meu equilíbrio emocional se perdeu após os meus primeiros copos de vinho, vejo minha timidez indo embora e ao mesmo tempo começo uma longa conversa com a minha alma. Mais dois copos são tomados e a razão busca consertar o que está quebrado, mas a emoção impede que os pedaços se encaixem e se refaçam. Entre um gole e outro, tento recuperar a minha segurança e o controle da situação conflituosa a qual se encontra os meus sentimentos, pena que o momento é exaustivo, sinto a necessidade de recuperar o que ficou para trás, percebo o quanto sou dependente das minhas memorias e dos meus desejos que estão aprisionados a ela. Já são altas horas da noite, cansado de lutar contra mim mesmo, parei de me desapontar e fui dormir com o consolo do travesseiro e o abraço aquecido da minha coberta.
Mas começaremos bebendo velhas garrafas de vinho barato
Sentar e conversar a noite toda
Dizer coisas que não dizemos há algum tempo
Há algum tempo, yeah
Estamos sorrindo, mas estamos prestes a chorar
Mesmo depois de todos esses anos
Só agora temos a sensação de estarmos nos encontrando
Pela primeira vez
“De que vale o amor, sem o pão e o vinho?”
Essa frase, árida como um deserto, me encontrou no fim do meu primeiro casamento.
Ela expôs meus erros diante do meu fracasso, revelou minha imaturidade,
Como um espelho que reflete mais do que queremos ver.
Agarrei-me a ela como quem tenta decifrar um enigma,
Pensando que o pão — caráter, sustento, proteção —
E o vinho — carinho, prazer, cumplicidade —
Poderiam bastar para sustentar o amor.
Mas o vazio permanecia, como um eco em um coração partido.
Foi então que, cansado de buscar respostas, cheguei à conclusão:
“É possível viver muito bem sem o amor, mas não se pode viver somente dele.”
Essa constatação parecia racional, mas não resolvia a dor que habitava em mim.
Foi então que Jesus, com Sua misericórdia, me encontrou.
Ele me mostrou que o amor verdadeiro não é sustentado apenas por pão e vinho terrenos,
Mas nasce do pão de Seu corpo e do vinho de Seu sangue.
Onde, através da Sua Nova Aliança, o Seu Espírito Santo preenche nossas limitações,
Nos completando dia a dia e imprimindo em nós traços do Seu caráter único.
Na cruz, Ele expôs meu orgulho e minhas tentativas falhas,
E provou o amor mais puro ao se entregar por mim.
Até a morte, morte de cruz.
Um amor que não cobra, mas que redime;
Que não aponta erros sem oferecer graça.
Hoje entendo que o amor verdadeiro não se prende às limitações daquilo que podemos dar.
Ele é paciente como o nascer do sol, bondoso como a chuva sobre a terra rachada.
Não guarda rancores, não exige retorno, não se quebra diante de falhas.
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera.
Esse amor, que nunca perece, é maior que as feridas do passado.
É o amor que transforma erros em aprendizado,
Fracassos em novas chances, imaturidade em crescimento.
E, acima de tudo, é o amor que nos completa em Jesus,
Onde o pão sacia a alma e o vinho rega o espírito.
Assim, apresento a você o verdadeiro amor:
Aquele que não falha, que não se esgota,
E que nos sustenta para sempre.
O pecado grave priva-o da comunhão com Deus de alimentar-se do mesmo pão e vinho da ceia e, consequentemente, torna-o incapaz da vida eterna, esta privação se chama pena eterna por causa da prática do pecado, tão ilusório quanto à oferta da vida eterna após a morte.
Todos aqueles que não tomam a Santa Ceia está tomando vinho vencido do inimigo para sua embriaguez espiritual.
O álcool faz esmiolar a mente dos jovens e o vinho seduz o coração das moças que se inclinam à luxúria, à sensualidade e a falta de domínio próprio.
