Versos sobre o Álcool
O álcool já proporcionou incontáveis experiências humanas que na sobriedade não se realizariam, algumas interessantes e outras fatais.
Entre palavras, melodias, malte, lúpulo e álcool minha mente se esvai lenta e prazerozamente. As pequenezas do dia a dia são incapazes de coexistir junto aos prazeres e tentações liberadas nesses breves momentos de insensatez.
Uns dos defeitos do ser humano é achar que álcool e drogas ressolve problemas, ele pode fazer esquecer temporáriamente, mas jamais ressolver.
Foi comprovado que a quantidade de álcool que você toma é a quantidade de amor que você gostaria de receber.
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Sorrisos disfarçados, risadas bobas, conversas loucas e gosto de álcool.
Pessoas descoladas, musicas estranhas, arrepio na pele e brizas na madrugada fria.
Ambientes descontraidos, bairros badalados, adrenalina na mente e sono presente.
Essa sou eu e a minha velha sensação, deliciosa, de ja ter vivido este momento outras vezes, com os mesmo loucos de sempre.
Eu nunca seria poeta
Eu seria alcoólatra
Não quero saber de versos
Nem sentimentos
Beberia até sem sentir
Só para sentir o amargar
De uma vida não vivida.
Após algumas cervejas
Só restava-nos visitar as paredes riscadas
Daquele banheiro de bar
Cada frase nela escrita era uma lição
Poetas anônimos e embriagados
Sempre possuem caneta na mão
E eu bêbada franzindo a testa
Cerrando os olhos para entender
O que significavam
Aquelas frases soltas e misturadas
Apenas levante-se e caia fora daqui
Abrace a tua querida sobriedade
Encha o copo
Surte
E suma
Transpareça na quietude do ser
Atípico por dentro
Floresça suas solenes necessidades escreventistas
Saia sem se mexer
Mova-se em silencio e com discrepância ao tal
Textualize rapidamente
Beba mais um
E vá
Volte
Torne-se
Não digas nada
Não estás mais preso
Ela também não
Esqueça que tudo ali é congelado
Pois nada fica apegado à imobilidade das prisões sabrinais
Ela é livre
E os bloqueios
Podem ser quebrados
vá e livre-os de ti..
Difícil é ter dinheiro para comprar cerveja e wuisk ao mesmo tempo.
O resto é mole , mas já que não bebe, boa sorte!
O álcool mata 99% das bactérias do corpo e o 1% que sobra nos mata!
Hei de libertar-me novamente?
Definitivamente?
Eu e a mente
Que mente discaradamente
Desde que a alimente
Oh, tempo cruel
Que esmaga-me contra mim mesmo
Contra qualquer tudo e todo inclusive o nada
Oh, àlcool, à algo ali
Como em tantas outras
Substancias perigosas diversas
Sentimentos alimentados um a um
Ao mesmo tempo
A cada canção
A cada nova vontade
Desejo de amar e de andar
Solidão, que nada
Não é nada
Estar só
Ao menos
Não deveria ser
Bebi para dormir
Mas o velho romantico acordou
E ao som de Cazuza
Escreve loucamente
Desesperadamente
À mente
Que mente
Quando eu estou sozinho
O velho barreiro me acompanha
Com limão espremidinho, e torresmo frito na banha
[...] Naquele dia estávamos sóbrios, e foi tão bom que eu até me esqueci que estava passando mal do estômago com o X-tudo que havia comido.
Eu juro que tentei contar a ele as inúmeras vezes que fiquei chapada só pra ter uma noite boa com outros caras, mas a única coisa que consegui dizer foi:“O que foi isso?” [...]
ah, todos podem me possuir,
mas será superficialmente,
momentaneamente,
o álcool a música,
esses tem licença.
sobre outros, ah, esses,
nesses me lanço como num rio,
deslizo, sou carregado,
mas não me afogo,
me afago.
Diário de um Alcoólatra
Alcoolizado,
vejo como tudo esta errado
como o mundo é complicado
e o porque não estou ao seu lado
Como pode ver
Fico muito mais alegre ao beber
Pois todos problemas consigo esquecer
e é assim que deve ser...
Como o álcool é destilado,
Qualquer problema pode ser simplificado,
todos são meus amigos,
E ninguém fica parado..
Mais uma dose
e tudo começa a rodar
do passado fico a recordar
E no meio do bar, começo a chorar
Mais uma rodada
para eu não lembrar de nada,
e não me fala de igreja
Pois estou a degustar minha cerveja!
Nada mais me traz alegria
fora nosso álcool de cada dia
Vamos beber e nos divertir
Pois é o que resta para me fazer rir!
Coma alcoólico
Por que amá-la o destruiu. Era como estar em coma, vivo, mas com a ausência de consciência. Sem estímulos com sons e toques, apenas dor, associado a movimentos involuntários da sístole e diástole que no exato momento, pareciam ausentes, no fundo ele se sentia mais morto que vivo. A pertubação grave do funcionamento cerebral irreversível, devido ao trauma emocional e envenenamento de seu figado, provocado por doses e doses de remédios em copos de 200ml, que prometiam recuperar seus sentidos, não o ajudava nem um pouco. Estava como um zumbi, vagando sem destino e sem forças. Carregava uma carcaça corroída por destroços e feridas, cujo o peso era semelhante ao de um Adeus. Ele se transformou em algo que ninguém mais reconheceu.
Noite, sereno, céu estrelado
Alegria, bandeiras, mesas vermelhas
Sons de conversa e boa prosa, contada, cantada
Um bom álcool para entristecer, para conformar
uma lembrança de esperança, duas talvez:
Você, nós
Da frio e Bela praça
Para as quentes torres em porcelana
O meu amor nessa oração
O meu desejo e o meu peito
