Versos sobre a água
RUA DA MINA
A fonte termal
de água alcalina
Hidrata as mulheres,
hidrata homens
A favor de todos
Para a boca com sede
Onde as que bebem,
pedem mais
Sou rua de mina
Sou a Rua da Mina
e um parque de águas minerais
Sou salutar
Sou Salutaris
Nos lábios das africanas
e dos africanos
Molhando a seca do Brasil
________________________________
Homenagem à Paraíba do Sul, Bairro Lavapés, ou seja, Rua da Mina!
"Medir palavras é tão vital quanto entender a diferença entre a água salgada do mar e a doce do rio."
Ambas parecem iguais aos olhos distraídos, mas têm naturezas distintas e podem afogar ou saciar, dependendo do momento.
Às vezes, estou tão cheio de planos, sentimentos, sobrecargas, que falo com empolgação, na esperança de ser ouvido. Mas aí vem alguém com a frieza de um balde de gelo... e joga em cima do que pra mim era entusiasmo, verdade e vontade.
É nessa hora que aprendi que maturidade nem sempre é responder.
Às vezes é calar.
Não porque sou fraco, mas porque descobri que nem todo mundo tem a sensibilidade de ouvir o que não nasceu dentro dele /a)
Falar é humano.
Mas saber a quem e quando dizer... isso é sabedoria.
#nareal
Quem polui o meio ambiente, seja qual a área, ar, água ou outros locais, corre o risco de matar a si mesmo com a poluição no nariz ou outros também, por isso não polua nada.
Teu corpo é um Oceano
Toquei a tua água sem saber que era minha.
Tua corrente me puxou —
e achei que era perigo.
Mas era abraço.
Eu achava que era um barco.
Mas era uma gota.
E sendo gota, descobri:
não precisava salvar ninguém.
Bastava dissolver.
Teu corpo era oceano,
e eu tentei controlar as ondas.
Mas agora…
deixo que as ondas me contem quem sou.
Se for tempestade,
danço molhada.
Se for calmaria,
respiro fundo.
Porque voltei a nadar.
Não como fuga.
Mas como retorno.
Desconectar
Calma… tudo pede calma.
Respire.
Escute o som da água.
Sinta o calor dos raios de sol tocando sua pele.
Observe o balançar das árvores.
Apenas sinta o mundo ao seu redor:
a areia tocando os dedos
e fazendo cócegas nas rachaduras da pele.
Calma.
Pare.
Apenas respire... A VIDA.
Grace Carneiro, Praça do Derby, Recife. 18/07/2025, às 10h51.
Sou o lixo jogado nas ruas...
Sou a água poluída, suja,
Sou o ser humano abandonado nas ruas,
Sou o meio ambiente destruído,
Sou a chuva que cai com poeira.
Sou os peixes, mortos pelo esgoto.
Entre tantos a poluição o descaso público,
Sou apenas o pobre de cultura e sem estrutura
Lembrança de Mãe
Era pura como a água
Que acalma a sede da alma.
Tinha o perfume da rosa
E um jeito leve que espalhava calma.
Brincava, sorria, me envolvia —
Era amor em forma de gente.
Carinhosa, presente,
Minha mãe, minha alegria.
Foi ela quem me deu o dom da vida,
Me guiou quando o mundo parecia escuro,
Ficou do meu lado nas quedas,
Fez do seu abraço o meu porto seguro.
Mas um dia… ela partiu.
Fechou os olhos e subiu,
Pra um lugar onde a dor não alcança,
Onde tudo é paz, luz e esperança.
Meu coração se partiu em silêncio,
Chorou noites inteiras de saudade.
Não nego — ainda dói.
Mas sua ausência também me traz verdade:
Ela vive em mim.
Na lembrança, no gesto, no olhar.
E eu sei, com toda a certeza do mundo,
Que um dia… vamos nos reencontrar.
Silêncios que Gritam
Me sinto como peixe fora d’água,
sufocando em um mundo onde o mar se afastou de mim.
Luto sozinha por algo que só eu quero,
enquanto o outro apenas respira sem me notar.
Cansei.
De dar, de esperar, de me doar até não restar nada.
Só eu estou aqui, amanhã após amanhã,
tentando salvar o que nunca foi meu.
Por trás do meu sorriso,
vive um grito de socorro que rasga minha alma.
Meu coração chora calado,
mas ninguém vê — só eu ouço o eco.
Num planeta com mais de 8 bilhões de corações,
fui amar justo o que não liga para o meu.
Queria ser vista nos detalhes,
amada sem precisar implorar.
Desejada como um sonho que vira verdade,
receber carinho sem pedir,
atenção sem gritar,
e amor... sem dor.
A amamentação
com mil bocas você
sugando o que me sobra de água,
mas não é com suas bocas todas,
sanguessuga,
que me esvazia.
é em seus olhos que vejo-me,
escorrida,
ausente da chance de ser o que espera de mim.
Minha raça é nordestina
meu sustento vem do chão
minha água é cristalina
da fonte do ribeirão
quem vê de longe não imagina
que essa cor de azul piscina
vem do céu do meu sertão.
Eu moro lá.
Sou filha da Mãe d'água,
nascida do recanto mineiro,
criada no cheiro de manga madura,
com o sol costurado na pele.
Lá, o tempo dança diferente,
com ginga de feira e reza de esquina.
É onde a saudade passa o café devagar
e o vento sussurra histórias antigas.
Eu levo no peito um pedaço de céu,
um cheiro de chuva quente na terra,
a risada que brota sem razão,
e o silêncio de quem sente demais.
O mundo me chama —
mas a alma resiste,
fica um tanto presa
nos pés descalços da infância,
na areia que não sai da memória.
Mas quem mora lá sabe:
a gente nunca sai por completo.
O coração fica — pendurado
numa rede qualquer de fim de tarde.
E quando me perguntarem de onde sou, vou dizer com um sorriso que entrega tudo:
"Eu moro lá... sou filha da Mãe d'água."
Quebrei-me em cacos e fiquei no pó, sedenta da água da vida que só Deus pode dar.
Peço que Ele me molde como barro, transformando-me em um vaso novo, delicadamente esculpido em suas mãos.
Em profunda busca interior,
procuro me conhecer verdadeiramente, encontrar o sentido e o propósito da minha existência.
Percebo que, por muito tempo,
me doei aos outros para evitar
olhar para minhas próprias dores,
para o meu verdadeiro eu.
Dentro de mim arde uma necessidade, não de religiosidade vazia, mas de espiritualidade viva,
que transcende a matéria e
me aprofunda em Cristo.
Recomeço
É verdade...
Uma hora, a água vai secar
E o leite esfriar, o moinho vai parar
O vento não vai soprar
A ferida vai sarar, os abraços vão se acabar.
Mas, uma hora, tudo isso vai passar
O coração palpitar, o leite esquentar
O vento vai voltar, os abraços, recomeçar
E a ferida?
Essa ninguém quer saber,
Deixa pra lá...
Uma hora, o que era importante
Nada mais será;
Uma hora, o seu beijo falta não fará
Um sorriso acabará, mas outro nascerá...
Uma hora, tudo cansa, você descansa
E, logo, tão novamente,
Cansará, mesmo cansado
Assim é o coração,
Ora cansa
Ora está apaixonado...
Tudo é movimento
a água vira vapor,
vira gelo que espera,
vira rio que leva e lava,
vira chuva que cai e rega.
tudo é transformação.
fases,
estados,
o mesmo corpo em transição.
a matéria muda —
não se perde,
se refaz.
a essência escorre
pra nunca mais
ser igual.
No monte alto, o oceano cinza se estende
Com cheiro de maresia e água de coco doce
A brisa suave sopra, trazendo sossego
De um lugar longe, onde o cuscuz branco é gosto
E o vento leve acaricia a terra de barro e areia
Quando foi que
parou de ensaiar pensamentos no banho,
e apenas deixou a água banhar
suas dores e levar embora
suas preocupações?
Sou o fogo que arde em teu ser
Sou água que mata tua sede
O castigo da tua presunção
As espada caudal sem razão
Sou a torre mais alta de fel
As estrelas lá do cão maior
O alpendre da anunciação
Um papado de um bispo só
Sou o ar que repiras na dor
O calor que ressoa no ar
Uma flor que insiste em florar
E o vento que não quer soprar
Sou reflexo de lua no mar
Infinito e eterno esplendor
Dia quente em puro calor
Um deserto de ilhas sem fim
Sou uma ilha deserta em mim
Uma história feliz sem amor
Um amor infeliz a durar
A tristeza do riso sem fim
A pintura de um riso sem cor
Um inverno trovejando em si
Dialeto latino ou tupí
Sou um peito repleto de amor
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