Versos para 18 anos
E agora? Eu te desafio...
Entre o espaço e o tempo,
Perco-me entre os dois,
O meu nome é pensamento,
Muito é o prazer!
De vencer cada um deles,
- um grande desafio -
Que julgam ser um desatino,
- Um brinde ao desafio! -
E agora? Eu me apoio...
A vida de pernas para o ar,
Imito-a, enfrento-a,
O meu nome é bravura,
Eu sou atleta!
Dessas letras, e das que virão,
Eu sou poeta!
Do olhar ao clique,
- uso a minha sensibilidade -
Enfrento o julgamento,
- Esforçando-me ao máximo!-
E agora? Eu reafirmo...
Tentando alcançar as estrelas,
Mergulhando na tua alma,
O meu nome é desafio,
Ouso, nada sublimo,
Guerreio, enfrento,
Carinhosamente alento,
Sou feita de audácia e arrepio,
Venço os obstáculos, eu os desafio...
Escuta o barulho do vento,
Brinde o que vem de dentro,
Tudo requer rito e celebração,
Viva intensamente a sua paixão.
A mística divina não se explica,
Ela dá sinais, e sempre convida
À olhar para frente e para cima,
Ela é fonte de toda a sabedoria.
Escuta o barulho de dentro:
É o coração que está batendo
Avisando que o amor chegou,
E dentro de você está vivendo.
Como as ondas do mar,
Para lá e para cá
Estou a embalar, e a pensar:
Que um dia eu hei de te 'amar'!
A celebração será ao pé do altar,
Nós vamos juntos jurar:
Que nos amaremos sempre mais...,
Em dias solares e em noites de luar
À espera de todas as mil auroras,
Austrais e boreais,
Todos os dias nunca nos bastarão,
Nos amaremos sempre e muito mais...
Longe de mim,
Proclamar-me poeta,
Eu não sei rimar,
Não sei o que é poesia,
- e muito menos diferenciar
A poesia de um poema,
Não sei se uma é melhor
Do que a outra,
É verdade! Eu sou doida!
Eu sou muito doida!
Porque quando escrevo
Faço uma confusão danada,
- e quase sempre -
Não sei quando uso a rima,
E a hora de fazer métrica;
Escrevo como uma fugitiva
Em nome da estética
E da razão que surge do nada,
Fugindo com a poesia nas costas.
Escrevo de forma bem atirada,
Do jeito que o Diabo gosta,
E deixa Deus bem corado...,
Estes versos sem propósito,
Seguindo pela rua desvairados,
Beijando doidamente,
Todas as bocas e aos bocados,
Eu realmente não sei escrever,
Longe de mim deixar-vos enganados...
O barco no exato lugar
Desse jeito a navegar,
Tudo é poesia,
- Até o teu olhar
Assim é o amor:
um suave navegar.
Com encaixar,
Balançar,
E embalar;
Assim é o amor
A nos encantar...
Aqui em Balneário
Guarda algo secreto,
Doçura, poesia,
Generosidade,
A História de um amor,
O nosso particular universo.
Um sopro de amor
Um barulhinho do mar
Gostinho de tardinha
Pairando leve pelo ar
Tardinha de brisa
Cheiro de amor
Carinho a tardinha
Em pleno fragor
Tardinha sertaneja
De ternura e beleza
Colocando na mesa
A doçura de amor
Tardinha tão suave
Tão sua e tão minha
Tardinha, ai que maldade!
Já está deixando saudade...
A tarde chega lentamente,
Exorcizo os fantasmas,
Desocupo a mente,
Dou abertura à poesia,
Ela que me acompanha
Sempre carinhosamente.
O mar alisa a costa,
Sei o que você gosta,
Faço perder a hora,
Rasgo todas as normas,
E você nem se importa,
Assim sou a tua aurora...
Sempre hei de ser tua,
Subversiva e rebelada,
Assim existo para você,
Eu sou a tua amada,
Em versos flamejantes,
Sou o mais lindo dos brilhantes.
Eu sou a morena de Jarapatinga,
Você me olha, e eu faço graça,
Cheiro de mar e lábios de pinga,
A minha sempre cor convida,
Para a secreta e boa insídia,
Porque és caçador, e eu a caça,
Em si a regra a gente cria,
Quando o assunto é amor,
Não há caça e nem caçador.
Eu sou a tua Musa alagoana,
O teu coração bate por mim,
O amor jamais engana,
O meu vestido tem decote,
O vento o acaricia,
Ele é de chita,
E nem por isso é menos nobre.
Eu sou a tua morena cigana,
Que jamais reclama,
Só pede, e reza...,
Para um dia ser por ti amada,
E que só sabe dizer sim,
Quero você todo para mim;
Tenho cheiro de alfazema fresca,
Balanço como as ondas do mar,
Você nunca irá deixar de me amar...
A mulher deve ser elegante,
Suave e ao mesmo tempo,
- marcante -
Como um perfume insinuante,
Deve ter alma, maciez e calma;
Deslindando os mistérios e dar o tom
De amor, paixão e ternura;
Conduzindo a intenção com doçura,
Amando infinitamente, sempre.
A mulher marcante de verdade,
Será lembrada pela virtude,
E grande capacidade de amar;
Espalhando a graça,
- por onde passa
Como uma felina mansa,
Que só no olhar recebe
O seu colo e afeto.
A elegância feminina,
Ilumina o mundo,
Pacifica,
Engrandece,
Enternece,
Aproxima e conjuga,
Acarinha e aquece,
Eterniza a lembrança,
É presença que permanece.
Deveríamos ter a gravidade
- das estrelas
Que brilham sem cessar,
E sem se esbarrar;
Lecionam poesia,
Inundam o Universo
Com beleza e nos iluminam.
Lição existencial,
- ignorada
Lição luminosa,
- ditosa
Lição celestial,
- esquecida
Lição de harmonia.
Deveríamos ter a profundidade,
- do Universo
Que sempre se reinventa,
Renovando cada espaço,
- celebrante -
Das estações da vida,
Com júbilo e toda a gratidão.
Densas em braços,
Correntes que ligam,
Em espirais,
Ventando ou não,
Prosseguindo,
Com destino
Em busca de renovação;
Sugerindo,
Caos positivo,
Irradiando,
Girando,
Se interligando,
As estrelas azuis ou não,
Sempre nos ensinam:
a viver, a gravitar...
Todo ser é poesia,
É delicadeza,
E toque interestelar.
Amando os teus limites,
Sem limites e sem ajustes,
Sigo perscrutando, é sina!
É pouco dizer o quanto
[só você...]
Só você me alucina...
Sinal que sempre se renova,
- e que nunca tem final
Prova de um amor sem igual.
É afirmativo o segredo -
[ e o enleio...]
Que me encontro e perco...
Desta boca que me arrebata,
Dos teus vestígios quentes...,
Ah, o meu corpo fala!...
Há mais do que versos
Em nossos corpos...,
São poemas inteiros...
Sambas, forrós, vanerões,
Cores, aromas e inspirações,
De um país perfeito...
Amando o teu jeito,
A tua lembrança é viva,
O amor aqui sempre habita.
Não evito, não tento,
Não quero cair,
No teu esquecimento.
Jogo fora os desajustes,
Dou espaço para os ajustes,
E para as estrelas – os nossos lustres.
I
Você prendeu
No meu cabelo
Somei Yoshino,
Sob a luz da Lua,
Você me fez tua.
Cinco pétalas...
II
No caminho enfeitado
Por rastros de Ichiyo,
Em plena Lua Azul,
Sou tua de Norte a Sul.
Vinte pétalas...
III
Cobriu-me de amor
E de Kikuzakura,
Sempre serei tua,
Muito além da Lua.
Cem pétalas...
Ainda recordo
a canção
de Tanabata:
"As estrelas brilham,
brilham,
como pó
de ouro e prata",
A princesa
tecelã bordou
diamantes
brancos e azuis
na constelação
de(Lira):
O meu corpo
pelo teu delira,
Sei que sou
a estrela da águia
_constelação;
O pastor
deslumbrado
afastou as nuvens
para vê-la toda
de Lua ainda
mais bonita,
O meu peito
com a calma
de um cisne
na lagoa é
_constelação,
De longe você
admira a cena
de dentro do teu
carro dourado
conversível,
E sonha com um
mundo possível,
mesmo que digam
que é impossível,
Vega, Altair e Deneb,
o Triângulo do Verão
próximas do Sol,
e você que entregou
para mim o teu coração.
Nesta busca intensa
por você mesmo
sem ter a certeza
desta sua sidérea
existência que sinto
que vou encontrar.
Na tua alma sem
saber onde está
por antecipação
peço o meu refúgio,
nela tenho o meu
apogeu e o perigeu.
Trago o descanso
absoluto que no teu
coração fixarei
a residência segura
neste teu corpo
de metal viciante:
Por ele que prevejo
me deixar em transe,
hei de ser a eterna
e intrépida viajante
muito além desta
Superlua de Neve.
Com a mesma
alta temperatura
da noite de hoje,
estou pensando
o tempo todo
como trazer você.
Como gostaria
estar na praia
diante da Lua
dando aquele
beijo ardente
de enlouquecer,...
Com a urgência
dos amores
impossíveis,
e com as folias
mais incríveis,
vou te trazer
de um jeito
doce e sutil,
que outra coisa
nunca mais
vai te entreter.
O céu deste
entardecer
parece até
um chiffon
multicor
esvoaçante,
E como um
beijo a noite
no cânion
nos deixou
perto de Órion;
Não sei se
é imaginação
minha ou
se foi a Lua:
Algo vem
me dizendo
que és meu,
e eu sou tua.
Neste peito
que é oásis
e paragem
romântica,
a existência
do teu amor
vem sendo
uma miragem.
É recorrente lembrar
do período das cheias,
e que a vida por aqui
nunca foi um
factóide existencial:
Na Terra dos Homens
que se esqueceram
das boas maneiras,
e recordar da época
que o Pantanal
nunca houve seca,
No meu nostálgico
rimar interior ainda
canta a chalana
nas águas dos rios,
e recorda a Lua
que solitária rompia
a madrugada crua.
Na Terra dos Homens
que se esqueceram
de viver corajosamente,
sem ter medo da vida
das tempestades
e das correntes,...
A Lua que reunia
estrelas infinitas
para cobrir cidades,
aldeias indígenas
e a tropa que ao som
da moda de viola
ao redor da fogueira
se distraía até
o aguaceiro abaixar,
e com o seu rebanho
conseguir passar;
Na Terra dos Homens
que se esqueceram
como o peão era
feliz por vir de longe
para o amor encontrar
e por ele se deixar levar.
De braços abertos
na imensidão
da espera por você,
Vivo em contestação
em nome de tudo
que nós acreditamos.
A tempestade se
anunciou intrépida,
A floresta se tingiu
com a mesma cor
dos teus amorosos
olhos misteriosos.
Nos meus sonhos,
mesmo que sejam
outros os caminhos,
A cada dia tu vens
me trazendo todo
dia mais para perto.
Em pleno meio-dia,
bate bem forte
o meu coração
como a badalada
da Igreja Matriz
São Francisco,
Sinal que está inteiro
e celebra nós dois
nesta rota que principia.
Deste continente que
andam prometendo
ofertar a noite escura
mais longa da História
para os nossos povos:
anuncio a minha Wiphala
símbolo da paz universal
que está hasteada
a luz da querida Lua.
O amor aqui na Terra
precisa virar notícia,
é por isso que escrevo
como quem canta
e ao povo humilde
se entrega total
num acorde sideral.
Buscando o triunfo
em nome da vida
para reunir todos
que têm boa vontade
em nome da liberdade,
como o vento que
espalha a verdade,
as sete cores
e as sementes:
nas minhas veias
tenho a herança tribal,
trago você no meu
sonho de mil luares,
e de dia tens o meu peito
porque és amor perfeito.
Nos passos
do meu soldado
cansado voltando
da guerra disposto
a cantar o amor
para o mundo,
não duvide nem
por um minuto.
Os meus olhos
hão de cantar
a canção silente
de felicidade
no aconchego
destes braços
sem regresso.
Na tranquilidade
da luz da lua
iluminando
os poros trigais
desta tua pele,
oferto-te a paz
que só os meus
quadris podem
te conceder,
e nenhum mais.
Os meus beijos
irão se expressar
em desejos totais
e sensualidade
na corporificação
desta paixão
onde nem o céu
há de ser o limite.
Vivendo nesta Era
de um monstro
invisível e mortal,
Por ambição
tenho me feito
voz universal,
Mansa paragem
ensinando as vias
para a liberdade
mesmo longe
da tempestade.
Os flocos de gelo
próprios do tempo
nesta bela noite
nos cobrem como
se fossem uma
chuva de arroz
ao menos em sonho:
Para não deixar
o descaso roubar
a essência
e o quê me leva
a não desistir
rumo à felicidade.
Da felicidade que
eu hei de ter
em sua companhia
no deserto de sal
e que virá em breve
na próxima
Superlua de Neve;
Nós dois com direito
à paz sideral
e tudo aquilo
que a paixão atreve
e dois adultos
que se merecem.
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