Versos para 18 anos
"Seus olhos vêem coisas
que o mundo natural não vê.
Poesia, verso e prosa: só descobre,
essa coisa nobre, quem se interessa em ler.
Não sou tudo o que alguns pensam que sou
Nem sou o que gostaria de ser
No entanto, me apego ao vento e ao céu
Pra nesta vida ser mais do que ter
E aos que me criticam tiro o chapéu
Pois por enquanto ainda sei onde vou
A amizade
A verdadeira amizade
Duas almas sem maldade
Um prisma de todas as cores
Em que não há a cor das dores
Uma companhia para a vida
Sorriso nos bons momentos
E um ombro de olhos atentos
Na tristeza e na alegria
De que vale grande riqueza
Ou até a mais alta beleza
Se caminhas na tua solidão
Sem amigo para ter como irmão
Lembra então, meu caro ser
Que quando tua vida ceder
Teus amigos contigo estarão
Caminhando juntos à imensidão.
O tempo
O broto puro da terra sai
Enquanto a folha madura
De velha e triste se vai
No louvor de sua altura
O tronco se entrega à escuridão
Deixando felicidade alguma
O lento e súbito clarão
Dos anos que a terra consome
Do belo à sua podridão
A implacável fúria invisível
Ainda viva enquanto dorme
Faz o silêncio audível
O furacão que o céu tocava
Vai do branco ao torto cinza
A uma brisa fria que se acaba
E o destino que se realiza
Ergue a tumba de sua era
Velando a dor que avisa
A doce morte e sua adaga
Ao que um dia do sol vivera
Fadado agora à eterna amargura.
O céu
A noite solar, o dia lunar
Água de prata ao mar
O vento que voa frio
O raio que nuvem partiu
O crepúsculo aos olhos
Resplandece as rochas negras
E os que desciam mórbidos
Ascendem às doces sedas
A suprema obra majestosa
Que tudo alcança, tudo vê
E a ti, nu, faz à mercê
De uma vasta nuvem gloriosa
As harpas da deusa estrelada
Cantam às flores azuis
E a bela deusa dourada
Fulgura em seu leito de luz.
O Vazio
Fala pra mim, ó vazio
O que é que tu tens
Que faz de todos bens
Um nada mais que vil
A letra já é numero
O papel já é manchado
E a mancha já escura
Faz do nada algo bordado
Num ombro todo o ouro
No outro a beleza
No meio nenhum louro
Só a nuvem de tristeza
E na longa estrada que desce
Guiado por ti, podre vulto
O ser outrora culto
Fecha os olhos e obedece.
O Anjo Negro
Anjo negro, estrela do crepúsculo
Fala agora onde estás
Tira minha alma desse reduto
Pois somente tu me alegrarás
Estende tua mão agora
Tira de mim esse peso
Não deixa que nasça a aurora
Mata esse medo
Por sobre o chão de pedra negra
Eu logo hei de caminhar
E a luz que passa a fina seda
Com minhas mãos hei de apagar
Me envolve em teu abraço
E me dá com a adaga forte
Faz do meu passo
A casa de tua sorte.
Crepúsculo do Mundo
Onde está a espada?
Onde está a coragem?
A princesa encantada
O salvador de passagem
O tempo já levou
Ou a verdade se encarregou?
Sendo a areia ou a visão
Findaram a bela criação
Onde está a doce arte?
As linhas fortes da alma
Ou o som do sol da tarde
Sofreram dor ou trauma?
A sinfonia alta e regente
Fugiu do encontro com a aurora
A flauta que erguia a serpente
Fez dela uma sombra de outrora
Onde está o sábio
Aquele da mente hábil?
Outra vítima do humano
Que fez da coruja um pelicano
O mestre dos quatro elementos
Já fraco, menor e antigo
Fez do vácuo profundo um amigo
E sumiu como um grão aos ventos
Onde está o rei guerreiro?
O senhor da honra e da glória
Sucumbiu no ouro da vitória
E o nada virou seu inteiro
A torre dos homens caiu
E a árvore da vida secou
O leão das sombras rugiu
Quando a cova do mundo fechou.
A janela
O belo símbolo da esperança
A que traz a luz e o vento
E o doce riso da criança
O velho que olha de dentro
A moça que fica debruçada
Olhando as vidas da calçada
O pássaro nela se senta
E a beleza dali aumenta
Com seu mais puro canto
Olha para fora da janela
E faz dela a tua porta
Para um mundo de encanto
Curarás qualquer mazela
Ou árvore que cresça torta
Tu verás um outro lado
Poderás lançar o dado
Com a tua sorte a testar
E com o pássaro a cantar.
A ponte da vida
Aos passos vagos e curtos
O homem na longa travessia
Enfrenta todos os vultos
Das ideias ele se sacia
As pontes da própria mente
Que ligam o gênio presente
Em sua genialidade total
Essa tão viva e também fatal
Ele atravessa a árdua ponte
As dificuldades do caminho
Endurecerem sua fria fronte
Fazem da água o vinho
O filósofo cumpre seu destino
Eleva-se ao saber divino
À outra margem tendo chegado
Vive então do bem dourado.
Passei a vida inteira
colhendo:
Sonhos.
Delicadezas.
Sorrisos.
Abraços e morangos!
Hoje distribuo
tudo isso em versos,
para emocionar
o seu coração!
Poesias Em Telas
A arte
de escrever
poesias em telas...
Faz-me ver,
que as imagens por si só...
constroem todos
os poemas das nossas almas,
com perfumes e cores.
Sem que seja preciso
usar palavras!
Vejo os versos,
intercalarem por
entre pétalas das rosas,
fazendo um convite aos beija-flores.
E as rimas,
são arquitetadas
em canteiros de jardins,
da alma dessa linda pintora,
Roberta Moreira!
SÓ UM SONETO
Tu foi, tu veio
Eu fui, eu vim
Mas ainda anseio
Você perto de mim
Tu veio, eu fui
Fugi, de mim
Mas pude crer que tudo flui
E que não termina assim
Há tempos que tergiverso
Tempos em que o tempo não é nada
Tempos em que no tempo não há regresso
Por esses versos, te digo
Regresso, enfim
Por você, eu vim.
MAIS UMA DE AMOR
E me transpassa a graça de ser jamais
tanto fez, tanto faz
o importante é estar em paz
o importante é ser, mais e mais
Carregar o ardor nos sentidos
guardar a libido pra sempre, talvez
transmutar em versos e em altivez
sublimando na esfera, os instintos
Seria só isto que aqui ficaria
pra dor, sorriso e euforia
pro amor, carta de alforria
Vejo-me naquelas tuas palavras hoje esquecidas,
De verso prosa e poesia,
Jogadas ao vento, largadas no ar
Propositais, especiais infalíveis…
Reencontro aquele olhar,
Tua boca e fantasias,
Vejo aquele momento que em teus braços quentes
Refaziam-me…
Tento esquecer cada detalhe existente em mim,
Tão puro tão ingênuo tão decente assim,
Para no esquecimento ti deixar, no passado ti largar
E hoje poder lembrar que ainda existe vida em mim…
Fantasias,
...Que em sonhos os sustentos,
Somente assim me enxergo,
Também me arrasto e mantenho.
Jmal
2013-10-25
Eu sei das coisas que lá fora me esperam,
Eu sei:
Nem tanto para o bem, Nem tanto para o mau,
Porque deste olhar de espanto, Eu sei que Tu me amas...
Jmal
2013-10-22
Menininha
Abuse da essência,
Brincado no aroma da primavera,
Primavera das flores,
Das cores e dos perfumes...
Jasmins, margaridas e girassóis,
Nos reflexos das cores, tudo é vida...
Menininha
Que caminha a beira-mar,
Das manhãs surgem os crepúsculos,
Atraindo os passarinhos...
Do brilho dos seus olhos,
Não sei sê a castanhos ou verdes,
Encantam os vaga-lumes...
Do Sol...
Viaja o verão, mais brilho,
No bater da brisa,
Saudade no coração...
Jmal
2013-10-26
Era de Amor que Falávamos
Imaginava ser de amor que falávamos,
Quando fitávamos-nos em olhares de profundo silêncio.
Assim como os sorrisos que surgiam das formas mais imprevistas...
Éramos realmente livres, de alma e coração,
Sempre com um cantar suave que brotavam em nossos logros...
Era de amor que falávamos,
Também lambiscávamos dos melhores murmúrios,
Em beijos alucinantes, deixando nossos corações em disparada,
Fazendo-nos abafar o trilho da estrada,
Assim o doce perfume fluía,
Na mais gostosa das excitações.
Jmal
2013-10-29
Dos trilhos por onde caminhei
os riscos da solidão
os riscos da contramão.
Dos mares que naveguei
as ondas que me quebraram
e as ondas que me levaram.
Agora restou a história,
versos e dramas.
De um coração,
a viva memória.
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