Versos do Luar

Cerca de 24871 frases e pensamentos: Versos do Luar

⁠A MINHA SAUDADE

A minha saudade tem lembrança tua
Que já não tem a poética como antes
Tem a tristura no peito que não recua
E silêncios tão ruidosos e constantes

Não sei pra onde ir, nem aonde vou
Só sei que dói, corrói o meu coração
Minha emoção, tua sedução roubou
Carregou e me deixou na vã solidão

A minha saudade tem muita saudade
Tem insônia, loucura, é sentimental
A minha saudade ao sossego invade

Saudade, meu aperto, por ser amador
Em um tempo muito, duro e integral
É saudade minha, por ti, ó meu amor!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
27/09/2021, 04’55’ – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ROTA

Há tanto desejo, há tanta poesia lá fora
E de que serve, ah paixão, tanta riqueza
Se aqui ao meu lado não te possuo agora
E na solidão: distância, aflição e rudeza

Na lembrança a dura saudade do carinho
De grudar-me nos teus beijos molhados
Atar-me ao teu cheiro suave e mansinho
E juntos, em um só suspiro, enamorados

Os dias vão, e vai cada segundo embora
No alvoroço palpitam as emoções vazias
Tudo se arrasta, e a aurora tanto demora

Mas, de que presta essa sensação remota
A incitar o doce afeto com cruéis utopias
Quando o nosso amor está em outra rota

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
27/09/2021, 19’27’ – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ACHACADO DE AMOR

Quisera eu, possuir uma poesia com encanto
Pra carrear minha poética pra onde tu estejas
Adornado de carinho e de surpresas no canto
Só pra celebrar o quão o meu amor te desejas

É poética cheia de sentimento, sede de estar
Portanto saiba, que me tomou por completo
O coração. Eu só tenho vontade de te beijar
E na ternura, querer-te ao lado do meu afeto

Na prosa não mais sei ser um bardo sedutor
Pois, cada verso nos versos só quer lhe falar
Do que sente por não te ter ao lado no amor

Bem sabes, cada penitência, aflita remissão
O querer que brada, e sobrevive a te esperar
Tão achacado de amor, e de saudosa paixão...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28/09/2021, 15’53” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠AMOR HEREGE

Não tive a sorte de um amor parceiro
Me vi em um turbilhão de sensações
Minh’alma não pode tê-lo por inteiro
Amarguei-me entre ferozes decepções

E neste frenesi de emoções, a vontade
Daquele sentimento amigo e contente
Cheio de venturas e aprazível saudade
No olhar que faz juras do eternamente

Não tive. Sou recheado de recordação
E tristuras vazadas da poética a chorar
Numa prosa de fúria, dúvidas e paixão

Piedade, fadado amor herege... fenece
Na ilusão da satisfação que faz sonhar
E a suspirar o amor que não se esquece!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29 setembro, 2021, 08’32” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠A MINHA DOR

O que é isto que rasga meu soneto em sofrência
E de onde está poética que sussurra em alta voz
Versos frios, que tortura, dum amor na ausência
Que me devora por inteiro, num sentimento atroz

Triste sensação, desilusão em riste, rima triste
Há um tormento no peito que sufoca e agiganta
Tudo tão cinza, e uma prosa penosa que insiste
Numa dolorosa poesia que resiste e desencanta

Aonde estão as trovas tão cantadas com alegria
Aquela doce poesia, não o silêncio que me resta
A solidão, pensamento amargo e a paixão vazia

Cadê os versos, aqueles com ventura ao dispor
Com estória e histórias não essas que molesta
Pois cá neste versar penalizado só a minha dor...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29 setembro, 2021, 14’25” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠LUTO

Minha poesia fez-se pesar dum amor ido
Uma dor no sepulcro onde saudade sente
Lembrada, suspirada, sentimento sofrido
Evocado da recordação, mas tão presente

Oh, versar, porque és tu, tão imperador?
Minha prosa vive a sonhar nos desvarios
Dos beijos, dos carinhos do amado amor
Num desejo de inteirar os versos vazios

Estouvada poética, carente de venturas
Não vês que o meu estrago é tão duro
Rasga o coração, e farto de amarguras

Cá fico a olhar e imaginar um atributo
Para então versar a este amor tão puro
Mas, o verso se traja de nostálgico luto!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
30 setembro, 2021, 11’08” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠MINHA POESIA

A minha poesia já não é mais triste
Que chorava as agruras de outrora
Pois no meu verso a ventura existe
E o agrado, mora na estrofe, agora

Cada versar de dor, outro arrojado
Apagando as sensações sangradas
Não mais quero verso abandonado
Que sejam as emoções iluminadas

Em muitas prosas sozinho versei
Numa cena em vão, triste cenário
Porém, outra poética ao verso dei

E deste modo rompe nova fantasia
E todo o amor de antes, necessário
Aqui se encontra na minha poesia...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
Setembro 30/2021, 13’50” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠RECOMEÇO

Pensava eu, não mais versejar o amar
E a poesia vazia de tão doce melodia
Pensava eu, a viver com a poética fria
Mas a prosa, ousou novo prazer brotar

Cada verso, agora, o afeto é impresso
Após tantas as sensações fracassadas
Vejo o versar em prosas apaixonadas
É poética de uma paixão eu confesso

Ó poema tão repleto de tanta ternura
Trazendo agrado a quem já foi sofrido
Dum remoto tempo de ilusão e agrura

Que dizer eu, deste canto de sensatez
Que na inspiração adiante tem sentido
Ao enrabichado que ama mais uma vez...

© Luciano Spagnol poeta do cerrado
01, outubro, 2021, 18’00” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠DESPEDAÇADO

Vejo os cacos de mim, cá derramado no cerrado
Enrabichado, me perdi, nem mais sei quem sou
Na poesia, o pesar é vivo, e se vivo ainda estou
Me restou o sentimento no pedaço despedaçado

É o desejo quebrado, e uma solidão tão gigante
O meu sussurrar de paixão não pode ser ouvido
São tantos suspiros que no coração foi perdido
Que a inspiração emudece numa aflição falante

Oh, sedutor amor, custoso, se acaso você existe
Dá-me a paciência e a tranquilidade dum aporte
Pois, cá na emoção me esgotei de estar tão triste

E do viver, a melancolia é o meu pesado motivo
Frágil, manso, suxo e duma ilusão não tão forte
Sou só um poeta sonhador que do amor é cativo

© Luciano Spagnol poeta do cerrado
02 outubro, 2021, 05’27” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠DEVOLVA-ME

Devolva-me a direção, por favor
Que tu roubaste do meu coração
Preciso me ter, ter o meu dispor
Pois tu deixaste no peito um vão

Devolva-me o que levou do olhar
Arrancando o sentido do encanto
Restando a desilusão a questionar
A sangrar, e a sofrer, tanto, tanto

Dói, pois a quietude foi-se embora
Tudo é ser apenas, por apenas ser
Só há o meu desprazer aqui agora

Devolva-me a meu ardor, faz favor
Já não aquento mais, assim, sofrer
Afligi saber que ainda és um amor...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 outubro, 2021, 14’30” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO VÃO

Poética que passais pela poesia
De amor, porque não vos fixais
Que passais tal a breve fantasia
De um sonho, para nunca mais!

Ou o tal agrado que supor viria
Em um poema luzidio, e iguais
As sonatas com suave melodia
Porque na rima paixão não traz?

É sem sentimento, de dor coberto
Uma inspiração inútil, sem noção
De um pobre coração tão deserto

Sinto sequer o acorde, a emoção
Tudo supérfluo, tudo tão incerto
Estranha prosa de um soneto vão!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 outubro, 2021, 18’55” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠PRISIONEIRO

E o meu poetar está no passado
Escrevendo somente recordação
Prosas dum coração apaixonado
De legado sensações na emoção

A poética que vivia enamorada
Tornou-se boa saudade infinda
Agora memorável e mais nada
Narrativas, sempre bem-vinda!

No acaso o cenário é acoitado
Estórias e histórias hão reviver
E cada qual um fato imaculado

Pois, na recordação se é inteiro
E sem tal não se define o viver
Cativo, do passado prisioneiro!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03 outubro, 2021, 06’15” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠TOMO

Tão longe me leva a poesia
Alevanta a alma e o desejo
Só emoção, donde me vejo
Inspirando agrado e alegria

Vezes me perco na porfia
Da ilusão, outras me rejo
E sempre afeto eu almejo
Criando na prosa fantasia

Vós, poesia, cá no cerrado
Meu alento, minha fiança
Do coração o meu assento

Se haveis, amor postulado
Dar-lhe-á para a confiança
Pra assim, eu ser sentimento...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03 outubro, 2021, 17’17” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠A San Francesco d'Assisi

Seráfico irmão São Francisco de Assis
Provérbio e encanto em graças certas
Ao Pai, Filho e Espirito Santo, ofertas
Tua vida, teu amor, de um almo feliz

A paixão a Jesus, o canto em cicatriz
A modulação de tuas chagas abertas
Viva em comunhão, no crer cobertas
De Paz e Bem, a tua doutrina nos diz

Foste o bardo do Jesus Cristo, amado
Coroado na pobreza, fé, porque nisto
Por Cristo, és o fruto tão apaixonado

Disto, pois, a união, o amor previsto
Pai da natureza, do mundo espojado
Francisco, pregado na cruz de Cristo

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04 outubro, 2021, 07’17” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Flores Murchas

Desmaiadas na vida
Pálidas desabrochadas
As cores de partida
As pétalas cansadas
Ainda com viço
Afadigadas...

Murchas flores
Flores murchas
Tristes louvores
Versadas...

De perfume postiço
E as forças exiladas
Feitiço
Da existência traçadas
Do fado mortiço
De inevitáveis jornadas

Murchas flores
Flores murchas
Tristes louvores
Desenganadas...
Perfazendo o curso
Revoadas
Incurso...

Flores murchas
Murchas flores
Tristes louvores
Encantadas!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02 dezembro, 2022, 18’52” – Araguari, MG
Versão musical para o poema “Flores Murchas”

Inserida por LucianoSpagnol

⁠COVARDE

Se, assim, bater de novo à minha porta
Ah saudade! deixai quieta a minha dor
Não mais me traga sensação que corta
Que açoita a emoção com aflitivo ardor
Do pouco o tudo na recordação importa
E nada comporta um gesto tão opressor
Pois bem, cada lágrima pesar transporta

Então, dar-me-ás suspiro pra lhe transpor
Mas, aí! no peito bate forte está aflição
Sussurra em voz alta, em árduo alarde
Avidando um aperto no sisudo coração
Tremo... Sôfrego... E doloroso... sufocado,
... me deixo bater a saudade como covarde
E me ponho a sofrer como um apaixonado!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04 dezembro, 2022, 11’42” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠CONVICÇÃO

Por saber que não mais de te versarei
Permita que entre nós só a recordação
Deixada nos versos cheios de sensação
Que existiu um dia, agora, não mais irei
Não que eu quiz, e que ingrato serei
Saiba que te amei em cada emoção
Loucamente, na minha maior paixão
Entendo, que poesia tivemos, eu sei!

Não que a escrita te apagou, narrativo
Vive a saudade, num maçante motivo
Em uma poética evidente e tão picuinha
Mas, neste perseverar em ser presente
Um tormento parece-me tão unicamente
E, sabes que não mais será prosa minha!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 novembro, 2022, 21’00” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠NATAL EM SONETO (dezembro)

24 de dezembro, uma noite tão presente
Noite Cristã, zelo ao Pequeno Nazareno
Um amigo amor, um desígnio tão pleno
A infância em recordação, inteiramente
Nestes veros meu cantar doce e ameno
No pisca-pisca de sentimento inocente
Lépida cantiga, total sensação que sente
Mesa posta, nossa gente, o crer sereno

Ó Menino Nazareno, sentido, confiança
Aquela verdade que nos traz esperança
Aquela inspiração que nos dá devoção
E, no coração o tanger do fervor imerso
Neste emocional, só um pequeno verso:
Dum soneto de Natal em devota canção!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04 dezembro, 2022, 19’42” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠CÂNTICO DO CERRADO

Já não ouvem os cantos das seriemas
Estridentes brados vindos do cerrado
Cessaram as sonatas, coaxes e poemas
Dos sapos, tão trêfego e tão sussurrado
Onde andarão as maritacas e as emas
Que nas planícies vinham dar significado
Pela imensidão do sertão e ecossistemas
Onde andarão? Foram apartadas do prado?

Já não ouvem aqueles apelos suplicados
O silêncio invade, os feitiços são penados
Os jatobás e os ipês não sombreiam mais
O chão tão desprezado de cuidados urge
Torna-se escasso a cada alvor que surge
Cala-se o sertão nas urgências essenciais

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 dezembro, 2022, 05’42” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠A lágrima molha os sonhos tristonhos

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Inserida por LucianoSpagnol

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.

Entrar no canal do Whatsapp