Versos do Luar

Cerca de 25033 frases e pensamentos: Versos do Luar

Clair de Lune
(Paul Verlaine)

Tua alma é um jardim escolhido
onde andam mascarados e bergamascos
tocando alaúdes e dançando,
meio tristes sob seus disfarces.

Cantando ao tom menor do amor vitorioso
e da vida em tom maior,
eles não parecem crer em sua própria felicidade,
e suas canções se misturam com o luar,

com o tranquilo luar triste e belo,
que faz sonhar os pássaros nas árvores
e chorar de êxtase os jatos d’água,
os grandes jatos d’água esguios entre as mármores.

Ao nascer, o respirar é o primeiro aprender ou morrer.

Nascemos com imediatas necessidades essenciais para a existência, respirar é uma dessas primeiras lições de aprendizagem rápida.

Uma atitude inteligente é aperfeiçoar o que se faz inconscientemente.

Quando você ver uma pessoa falando com muita insistência uma coisa, tem algo nisso, o resultado você só terá com o tempo.


@ManualDoInvestidor

Os gráficos de mercado nos mostram o que podemos prever em relação á algo, sob um sistema de governança.


@ManualDoInvestidor

As taxas mantém as empresas funcionando, mas as taxas altas sobrecarregam o sistema como um todo.


@ManualDoInvestidor

As análises de mercado são sempre bem vindas, preincipalmente as semanais.


@ManualDoInvestidor

O manual de sobrevivência do investidor é ter reservas de valor ao alcançe, ser frio na incerteza, ter coragem de se reinventar.


@ManualDoInvestidor

⁠Cravemos os dentes
na carne um do outro,
em busca do sangue
de um amor já morto.


A fatalidade do acaso
fez do instinto o desejo
e a sobrevivência do querer:
sangrar para existir.


Cravemos os dentes
na boca um do outro,
em busca da saliva
de um beijo roto.

"A poesia é dor que dilacera,
indomável fera que
me come as vísceras."

Poeira poética do doloroso amar



Eu achava
que entraria em sintonia com o amor.
Você seria a melodia
da minha poesia empoeirada.
Mas ela vai ficar guardada.
De.novo.



Já que você
será o ritmo
para os ouvidos dela.

E eu desconfiei...
te ver amar.
Me enganei
imaginando ver
o seu amar em mim.

Me dói.
Uma dor familiar.
Uma história velha,
com protagonista novo.

Me dói o coração:
falhar no amar
mais uma vez.

Te tornei poesia,

E você nem me queria...

A Crueldade da Poesia


A poesia é uma fera que lambe o sangue que ela mesma faz jorrar.
Finge consolar, mas apenas prolonga o suplício.
Diz que salva — e salva mesmo —
mas do modo como um naufrágio salva o mar: afogando.
Ela exige do poeta o que o mundo não ousa pedir:
a própria carne transfigurada em verbo,
a memória queimada até virar luz,
a alegria ferida até soar como canto.
O poeta, escravo e cúmplice,
aprende a sofrer em métrica,
a chorar com ritmo,
a morrer devagar, para que o verso viva.
E quando a palavra enfim o liberta,
já é tarde:
a poesia partiu, deixando-o vazio,
com a alma exaurida e os ossos repletos de beleza.
Porque toda poesia é uma crueldade sagrada
e o poeta, o único animal que agradece
por sangrar com estilo.

A Crueldade da Poesia


A poesia me abriu o peito
e pediu meu sangue.
Quando a entreguei,
ela leu em silêncio, sorriu
e foi embora.


Fiquei ali,
com o coração pingando,
verbo amputado, sem sentido,
entendendo — tarde demais —
que a poesia não consola,
nem o poeta, nem a musa.
Poeta não é herói:
ela o consome,
o destrói.

Invista no talento das pessoas e estará investindo no seu sucesso.


@ManualDoInvestidor

A morte está na próxima batida do coração. Silenciosa, paciente, invisível, ela se esconde entre os intervalos do sangue, entre o suspiro que não percebemos e o instante que chamamos de agora.


Cada pulsar é um aviso, uma lembrança de que somos passageiros, fragmentos de luz que dançam por tempo incerto, que respiram, amam e sofrem, sem garantias.


E, ainda assim, é nesse compasso efêmero que a vida floresce. É no saber que a morte nos observa de perto que cada gesto ganha intensidade, cada olhar, profundidade, cada abraço, a eternidade contida em segundos.


Porque viver é isso: sentir o frio da presença do fim enquanto o coração, teimoso, insiste em bater. E na próxima batida… talvez sejamos eternos, talvez sejamos nada, mas, até lá, somos tudo aquilo que ousamos ser.

Sou a protagonista da minha história!
Sem depender de alguém para ser feliz e para me fazer bem.

Sobre a Vaidade da Sabedoria

A sabedoria não leva a nada.
Como morre o tolo, morre o sábio.
Tudo o que o sábio sabe é, em última instância,
para alimentar a própria vaidade —
para poder se orgulhar do que supõe ter entendido.

É verdade que, às vezes, a sabedoria o livra
de certos abismos onde o tolo cai sem perceber.
Evita-lhe perigos, enganos, precipícios.
E o tolo, ignorante de tais ciladas,
paga caro — muitas vezes com a própria vida,
morrendo antes da hora,
ceifado pela própria inconsequência.

Contudo, nem isso é razão suficiente
para que o sábio receba honras imerecidas
por seu árduo trabalho em busca do saber.
Pois todo conhecimento, por mais vasto,
se perde no tempo e no espaço,
como areia que escapa por entre os dedos
do homem que acreditava segurá-la.

Às vezes é bom cancelar algum compromisso,
relaxar a gravata, dar folga ao ofício.
Ser um homem comum,
que não raro se passa por outro
neste teatro do absurdo,
como personagem de um drama fictício.


Às vezes é bom calar a voz,
segurar a pressa, suspender o vício.
Ficar sozinho, sem ser solitário,
num pacto mudo como um sacrifício.


Às vezes é bom cancelar algum compromisso,
relaxar a gravata, dar folga ao ofício.


Andar nas nuvens, dançar na chuva
e aprender o caminho do vento.
Saber que tudo passa
e que a vida cobra o tempo esquecido
no porão da memória.

Consumimo-nos por algo maior que nós mesmos — pela posteridade, pelo futuro ausente.
Ser poeta é mergulhar no abismo e reconhecer,
no seu riso frouxo, o eco dos aplausos do caos,
sentir no âmago do desespero,
e mesmo assim se sentir contente.