Versos do Luar
Poemas seriam perda de tempo?
E notas de rodapé?
Se ainda vale a matemática
que me ensinaram,
dois números negativos
multiplicados
resultam num número positivo.
Espero que
uma perda de tempo
ao quadrado
seja um ganho... de tempo.
Eu amo o céu com a cor mais quente
Eu tenho a cor do meu povo, a cor da minha gente
Jovem Basquiat, meu mundo é diferente
Eu sou um dos poucos que não esconde o que sente
O Poeta da Roça
Sou fio das mata, cantô da mão grosa
Trabaio na roça, de inverno e de estio
A minha chupana é tapada de barro
Só fumo cigarro de paia de mio
Sou poeta das brenha, não faço o papé
De argum menestrê, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola
Cantando, pachola, à percura de amô
Não tenho sabença, pois nunca estudei
Apenas eu seio o meu nome assiná
Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre
E o fio do pobre não pode estudá
Meu verso rastero, singelo e sem graça
Não entra na praça, no rico salão
Meu verso só entra no campo da roça e dos eito
E às vezes, recordando feliz mocidade
Canto uma sodade que mora em meu peito
Seguindo estrelas
Fico acordado noites inteiras
Os dias parecem não ter mais fim
E a esfinge da espera
Olhos de pedra sem pena de mim
Faz tanto frio, faz tanto tempo
Que no meu mundo algo se perdeu
Te mando beijos
Em outdoors pela avenida
Você sempre tão distraída
Passa e não vê, e não vê
Linus: Eu nunca mais vou ter que ir a escola!
Lucy: Mas as férias de verão só duram 2 meses...
Linus: Para uma pessoa como eu 2 meses é a eternidade!
Esses problemas são de mentira
Meus inimigos são de mentira
Só minhas lágrimas contêm verdade
Eu sou motivo da minha própria ira
Eu me engasguei com minha vaidade
O Peixe
Patativa do Assaré
Tendo por berço o lago cristalino,
Folga o peixe, a nadar todo inocente,
Medo ou receio do porvir não sente,
Pois vive incauto do fatal destino.
Se na ponta de um fio longo e fino
A isca avista, ferra-a inconsciente,
Ficando o pobre peixe de repente,
Preso ao anzol do pescador ladino.
O camponês, também, do nosso Estado,
Ante a campanha eleitoral, coitado!
Daquele peixe tem a mesma sorte.
Antes do pleito, festa, riso e gosto,
Depois do pleito, imposto e mais imposto.
Pobre matuto do sertão do Norte!
– A verdade é que ainda não sei se realmente serei capaz de escrever bem.
– Bom, isso é como nós, artesãos. Não espere perfeição no começo.
Mar nosso que estais na terra,
Santificadas sejam as nossas ondas,
Venha a nós a vossa praia,
Seja feito o nosso swell,
Assim no verão como no inverno,
O surf nosso de cada dia nos dai hoje ,
Perdoai as nossas vacas,
Assim como nós perdoamos quem nos rabeia,
E não nos deixas cair na tubulação,
Mas livrai-nos do crowd, aloha!
TRIBUTO AOS AMIGOS VIRTUAIS
Por uma tela, os conheci...
Aprendi a amar, a rir e a chorar.
Aprendi a acreditar, pois deles só posso "ver" os sentimentos.
Aprendi a gostar sem saber a cor, o credo, classe social ou algo mais,
coisas típicas de nossa sociedade material.
Doei...um pouco de mim, um pouco de tempo e até de trabalho também
Mas, recebi muito mais!
Recebi calor humano, carinho e amor de pessoas
que talvez, sem o computador, nem imaginasse existir.
Por força do hábito, os chamo de amigos virtuais.
Virtuais? Que nada!
São tão reais quanto eu...
Ah!...quem dera o mundo aprendesse essa lição, aprender a gostar sem julgar, sem buscar fatores externos ao amor e à compreensão.
A ilha de Tortuga só pode ser achada por aqueles que sabem onde ela fica!
(Capitão Barbossa)
Toda vez que toca o telefone, eu penso que é você; toda noite de insônia eu penso em te escrever pra dizer que o teu silêncio me agride, e não me agrada ser um calendário do ano passado.
Pra dizer que teu crime me cansa, e não compensa entrar na dança depois que a música parou.
Um, dois, O Freddy vem te pegar,
Três, quatro, é melhor trancar a porta.
Cinco, seis, agarre seu crucifixo,
Sete, oito, fique acordado até tarde.
Nove, dez, não durma nunca mais
A Rosa da Imortalidade
Há muitos e muitos anos, em um lugar longínquo e triste, havia uma montanha enorme de pedras negras e ásperas. Ao cair da tarde, floria, todas as noites, uma rosa que conferia imortalidade. Mas ninguém ousava se aproximar dela, pois seus muitos espinhos eram venenosos. Entre os homens falava-se mais sobre o medo da morte e da dor e nunca sobre a promessa de imortalidade. E, todas as tardes, a rosa murchava incapaz de conceder sua dádiva a ninguém, esquecida e perdida no topo da montanha fria e escura, sozinha até o fim dos tempos.
Mas eu não vim até aqui
Pra desistir agora
Minhas raízes estão no ar
Minha casa é qualquer lugar
Se depender de mim
Eu vou até o fim
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