Baco Exu do Blues
Relação te cobra
Igual dinheiro emprestado
Cerveja quente, outro trago
Certo pelo certo
Fui objetivo, ela falou objeto
Somos todos Madalena mas amamos pedra
Tive dois filhos
Um se chama Adão e outro Eva
Um se chama Adão e outro guerra
Um se chama Adão e outro terra
Componho pra não me decompor
Poeta maldito perito na arte
De Arthur Rimbaud
Garçom, traz outra dose, por favor
Que eu tô
Entre o Machado de Assis e o Xangô
Eu não gosto de você, não quero mais te ver
Por favor, não me ligue mais
Eu amo tanto você, sorrio ao te ver
Não me esqueça jamais
Eu não gosto de você, sorrio ao te ver
Não quero não te ver jamais
Eu pareço com você, no espelho está você
Não me enlouqueça mais
Só preciso de um cigarro
Eu quero um trago, divorcio e caso até o amanhecer
Até o amanhecer
Tenho medo de me conhecer
Eu amo o céu com a cor mais quente
Eu tenho a cor do meu povo, a cor da minha gente
Jovem Basquiat, meu mundo é diferente
Eu sou um dos poucos que não esconde o que sente
Exagerado eu tenho pressa do urgente
Eu não aceito sua prisão, minha loucura me entende
Baby, nem todo poeta é sensível
Eu sou o maior inimigo do impossível
Minha paixão é cativeiro, eu me cativo
O mundo é lento ou eu que sou hiperativo?
Fotografar o silêncio é tão difícil
Fotografar o meu medo é tão difícil
Fotografar a insegurança é tão difícil
Eu disfarço tudo com cigarro, cerveja e sorriso
Esses problemas são de mentira
Meus inimigos são de mentira
Só minhas lágrimas contêm verdade
Eu sou motivo da minha própria ira
Eu me engasguei com minha vaidade