Versos de Praia
Na noite em que sinto aquela coisa novamente, a ânsia que tomou conta de mim na praia, sei que isso teria acontecido de um jeito ou de outro. Que aquilo de que necessito para sobreviver não é o fogo de Gale, aceso com raiva e ódio. Eu mesma tenho fogo suficiente. Necessito é do dente-de-leão na primavera. Do amarelo vívido que significa renascimento em vez de destruição. Da promessa de que a vida pode prosseguir, independentemente do quão insuportáveis foram as nossas perdas. Que ela pode voltar a ser boa. E somente Peeta pode me dar isso.
QUERO ANDAR NA CHUVA, TOMAR GOTAS DE ORVALHO, PODER CAMINHAR NA PRAIA, PARA SABOREAR A MAIS DOCE SALIVA DO MEU ETERNO MARIDO.
"Nunca seja na vida de uma pessoa o vento, imaginando estar levando-a para a praia, quando na realidade está conduzindo-a para os rochedos."
Assim como o mar devolve seus cadáveres a praia, o universo devolverá a seu tempo todos os males por nós praticados.
Quando estávamos voltando de barco até a praia a música "Balada do amor inabalável", do Skank, começou a tocar, e aí meu coração se suavizou. Lembrei então dois anos atrás,após o término do meu namoro, de como me arrumava todas as tardes para ir a aula, cada dia tentando ir mais bonita para ele ver o que perdeu cada dia retocando a maquiagem borrada pelas lágrimas. Aquela música exprimia minhas dores e esperanças e a saudades de um amor. Ela exprimia todos esses sentimentos, mas agora não mais. Agora ela exprimia o sal do mar, o calor do sol e o vento que bagunçava meus cabelos. Era engraçado que a mesma música pudesse em momentos distintos exprimir sentimentos tão adversos, e me senti grata pelo céu, pelo mar, por estar viva , por não amá-lo mais e por ao mesmo tempo meu coração estar transbordando de amor. Foi nesse momento que eu percebi que estava pronta para amar de novo.
"O vento bate na árvore, folhas voam como o tempo passa devagar. Pegar o ônibus rumo à praia só pra ver o sol se por, o seu brilho beijar o mar, e sentir aquela brisa bater na alma, não preciso mais de nada, isso é o suficiente pra mim relaxar"
A capacidade de informação de nossa mente contemporânea é como poeira na praia se comparado a quantidade de informações que utilizamos hoje
A capacidade de informação de nossa mente contemporânea é como poeira na praia se comparado a quantidade de informações que acessamos hoje.
Seres humanos são como uma poça de aguá do mar nas rochas de uma praia, ainda que possam parecer simples elas são complexa mais ainda são simples, são todas iguais mais cada uma e diferentes de outra por isso não podem ser iguais mais todas se unem ao mar.
“Você não morre na praia se souber o movimento das ondas e do tempo que oscilam para que consigas passar sobre elas.”
Hoje é dia da cidade da praia. Confesso que tenho saudades daqueles taxes velhos, piratas apaixonados, carteirista simpáticos que planeavam actos na próxima gamboa. Eu olhava com atenção para aquela senhora boa. De terceira idade. O pessoal da ilha do fogo a diversificar na língua, antiga estrada de buracos que sugava os nervos dos pedestres e sonhos de chofer. Hoje a actual rua pedonal com calor e diversidade de corres que tem feito a capital ser cidade. Ainda que menina de costa voltada para o atlântico. Parabéns praia e as suas gentes.
