Versos de Comedia

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⁠" ACABOU "

Foi lá nos tempos postos na elegância
que fez-se forte a mágica do amor
e colocou o mundo ao seu dispor
ao exalar sutil a sua fragrância!

Mudou tudo o que havia a se compor
em nova e inexorável substância
e o cosmo lhe acolheu sem relutância
qual se o feitiço desse-lhe vigor.

Tudo era romantismo, efervescência,
paixão voraz coberta de inocência
num sonho de perfeita sociedade…

A mágica acabou! Perdeu o efeito
e tudo se esvaiu qual se desfeito
o amor um dia exposto à sua vontade!

⁠" DEMORA "

Eis que não vem! Demora! Pôxa vida!
Não sabe que eu aqui fico na espera
e que, esse atraso, só tristeza gera
por conta da paixão me concedida?!

O coração se agita, em mim se altera
por certo na saudade recebida
pulsando essa aflição tão descabida
e, dentro d’alma, pois, se desespera.

Ó vida! Fico aqui tão desolado
à espera de que voltes pro meu lado
pra que se me restaure a alegria…

Demora! Pôxa vida… Se esqueceu
de tudo o que, entre nós, já prometeu!
Vou eu morrendo as horas do meu dia!...

⁠" ACEITO "

Talvez, num outro tempo desta vida,
num paralelo cósmico formado
ou num lugar qualquer imaginado
eu seja uma alma pura, sã, despida!...

E pode ser que, então, elaborado,
o meu caminho, sem qualquer subida,
sem morros, sem ladeira a ser vencida,
se cruze outra vez mais, ao teu, centrado.

Quem sabe, sim, me vejas com paixão,
com outro olhar me dado, ali, que não
me exclua do viver te oferecido?!…

Num outro tempo, em paralelo feito,
eu seja, finalmente, então, aceito
no amor que foi tão bom termos vivido!

⁠" APÓS "

Estamos nós, aqui, só de passagem?
Seria, a vida, curta e passageira
que simplesmente corre a mil, ligeira,
pra se findar, após, a sua mensagem?

Teria algum sentido esta besteira
de que se acabará toda a viagem
e nós nos findaremos nesta aragem
sem ter levado nada ao fim da feira?

Seríamos tão breves pensamentos
que um dia passariam, como os ventos,
sem que algo mais nos fosse destinado?

Olhai pra cruz! Nos parecia o fim…
Mas algo mais havia após, enfim,
e o Filho ao Pai voltou, ressuscitado!

⁠...✍️

Durante a minha vida,
eu percebi com muita reflexão,
que as lágrimas
sempre seriam rimas
para compor os versos do meu coração." 💗
***

Inserida por ostra

Poema: "O Início da Última Temporada"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

⁠fisicamente fraco, mentalmente fragilizado.
em completa desesperança me encontro.
sinto como se estivesse no início da última e trágica temporada de uma ficção barata.
o drama, sempre exagerado, já transborda.
o medo, tento ignorar, finjo não existir.
me divirto, faço tudo o que eu quero, e como quero,
não me envergonho de meu hedonismo barato,
pois, ao escolher meu último dia, quero olhar para trás,
e romantizar tudo que vivi: todos os prazeres e gargalhadas,
todas as desgraças e derrotas,
cada lágrima derramada,
e concluir, então,
que se tudo foi em vão,
ao menos tive uma grande história,
daquelas que ninguém vai contar.

Inserida por diego_fernandes_5

Poema: Recipiente Vazio
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

sou um recipiente vazio,
e por ser vazio, a amargura sempre se aproveita,
trazendo com ela a ira, e a autodestruição,
a me preencher.
novamente sigo em alta velocidade,
hoje eu já enxergo o intransponível em meu caminho,
sem saber se tento frear, ou se acelero, sofro em silêncio.
se tanto inspiro e expiro tormento,
e não sonho mais com a luz ao fim do túnel,
é porque sei que quanto mais eu desejar e sonhar,
maior será a dor da colisão.

sigo aqui, mesmo exausto, pois temo que meu sangue respingue em dor, ruína e mais languidez a quem tanto amei. Se algum dia eu desistir, saiba que lutei até o fim.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: "Adicto em Declínio"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

aflito, de alma estafada,
o véu que separa o coração da razão
não me permite enxergar qualquer valor
ao olhar através do espelho da alma.
os pesadelos ainda vivem e consomem até a sombra,
e não há mais forças para lutar,
pois por tanto tentei,
acreditando ter dado meu melhor,
portanto falhei
ao tentar ficar de pé.
tal como uma cobra, hoje rastejo, mas menos que ela que sou,
pois ela ainda tem algum valor que um adicto em declínio.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: (deso)lamento
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

já não posso voltar atrás, consertar os desacertos
e desfazer tudo aquilo que me fez quebrar em pedaços tão pequenos,
me restando somente o futuro ora premeditado.
eu tento, tento remar com as mãos,
mesmo em frente à invencível tormenta,
mas, sabe, ainda estou aqui,
sofrendo, chorando e rindo de tudo e de mim mesmo,
ainda estou vivo, mesmo sabendo que o fim me espera.
então me debato,
choro e rio,
também me desespero,
choro e rio,
enquanto o doce abraço espero.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: Resignação
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

meu mundo está desmoronando,
e eu tento remendar os destroços, mas não consigo ir além.
minhas mãos já não são suficientes para construir estradas que vão me levar a algum lugar,
pois aqui as paixões morreram com as vontades, e só me resta forçar ficar à vontade e aceitar.
dói demais quando o que é, é o quê e como deve ser,
então enfrento, mesmo sabendo, afinal, é o que tanto espero,
o descanso de todas as dores que não param de arder, de tudo aquilo que nunca irá cicatrizar.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: Desventura
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

O tempo que eu passei pensando sobre procurar um caminho,
apenas pensei, e nada fiz, continuei a arder em fogo andando em brasa,
e eu não sei como vou continuar,
pois nunca houve um plano B, algo a se fazer,
pois nunca pensei que ia querer ficar,
no fundo eu tenho medo, mas já é tarde demais para lutar,
as vozes não me deixam descansar.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: Perdição
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

Engolido por frustração e medo, a energia negativa transborda, e
quanto mais penso sobre o mundo, aumenta exponencialmente a minha vontade de desistir.
As coisas dentro da minha cabeça não têm sido fáceis; já não suporto este peso que há tanto carrego,
e, fora da minha cabeça, a vida também não tem sido complacente.
Estou cada vez mais exausto e sem um pingo de esperança,
alcançando limites antes definidos como minhas derradeiras linhas vermelhas.
Está tudo tão diferente,
não me reconheço mais, não reconheço o que me cerca,

e não sei mais se é possível voltar a ser como era antes.
Não sei mais o que fazer, nem o que esperar, ou por que esperar.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: Círculos
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

tudo está perdido,
tão perdido,
e eu finjo não ver todos os espinhos no caminho,
ignoro as feridas não cicatrizadas acumuladas.
segui caminhando, tão ferido, até chegar aqui.

mas hoje tudo me leva a crer que, se nada vai mudar,
por que não devo, então, me entregar?

tão perdido, continuo caminhando
até o incerto futuro que nem sei se existe mais.
tão perdido, eu não saio do lugar,
tão perdido, em círculos a vagar.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: "Da aceitação do futuro"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

esperando a vida me varrer,
e me jogar em qualquer lugar,
eu já não ligo mais se vou continuar tentando,
ou se vou desmanchar em consequências,
pois o tormento que há dentro da mente é bem mais forte,
e confortável é o abraço que o abismo oferece,
mas o espaço que há entre o ser e o agir nunca será apagado da história.
e as dores persistirão na chuva,
derrubando as folhas secas,
deslizando a terra exausta.
o reflexo em branco é o futuro que me espera.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: "Teto"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

cruzei todas as linhas vermelhas,
não há mais como voltar atrás,
todos os planos foram exaustos,
toda a esperança,
que esperança?
apenas ilusão.
e me restou dizer que já basta,
dizer não ao sofrimento,
do meu jeito,
o único jeito,
e nos lembrar que em Lugar Nenhum há algum lar para descansar,
sem doer.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: "Real"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

sempre tão distante,
me empenhando em permanecer
no controle,
pois aqui dentro tudo pesa,
e o ar sempre sufoca,
o peito dói e a garganta machuca
toda vez que lembro não querer mais lembrar.
todo dia, um novo dia,
fantasiando o que poderia ser
tão real, ser real.
será que sou real?
eu nunca me senti real.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: "Chamas"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

o solitário tripulante de uma embarcação em chamas no oceano tempestuoso já não sabe mais o que fazer,
como conter as chamas, ou consertar as fraturas expostas no casco.
aos poucos, a água inunda e já alcança a altura do peito,
os alimentos estragam, e a fome não saciada me faz mastigar pele e carne de meu próprio corpo.
os gritos de socorro são abafados pelo som da tempestade; cansam a garganta que asfixia com a fumaça, e a fraqueza consome o corpo já exausto.
entre o mar e as chamas, permita-me queimar,
permita-me arder, sofrer,
dissipa-me,
extingua o sofrimento.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: "Olvido"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

dentro de meu peito o vazio toma conta do que faz arder,
nos meus ouvidos domina o silêncio de um quarto escuro
onde eu me cubro em lágrimas,
onde os horizontes são de concreto.
me faz lembrar que estou mais distante de um dia que já foi normal,
me faz pensar que todas as esperanças já se tornaram cinzas.
Sem razão e imerso em hedonismo autoflagelante,
como um rio desaguando no mar, e o mar no oceano,
sigo meu caminho rumo ao olvido.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: "Murmúrios solitários de um marinheiro perdido em alto mar"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

e como eu me sinto quando chorar se torna tempo de qualidade comigo mesmo?
tão dissociado, tão distante,
afastado de mim mesmo, nem eu sei como responder.
suas perguntas não me fazem encontrar respostas ou soluções,
me tornei incapaz de quaisquer decisões, e imprevistos que me façam mover
um palmo para fora de minha bolha,.
tão confortável,
onde tudo sei,
onde tudo tenho,
onde nada temo,
onde tudo que eu tenho é saber que eu já perdi tudo,
e que se não há nada a se fazer, então por que sofrer?

sei que o amanhã ainda está à espreita,
mas já estou pronto para atracar minha embarcação no meio do escuro e impaciente oceano,
e me afogar no eterno desconhecimento de tudo que um dia fui ou poderia me tornar.

Inserida por diego_fernandes_5

⁠Poema: "Saudades de mim, esperança"
Autor: Diego Fernandes @devoidvessel

então eu tento, mais uma vez,
seguir em frente,
de cabeça erguida,
sem desviar os olhos.
ao céu limpo admirar o azul,
e o branco das nuvens,
e no canto dos pássaros
imaginar as histórias de como aprenderam a voar,
e nelas tomar alguma inspiração.
olhando para dentro,
ouvindo meus próprios conselhos,
tento então seguir sem me odiar.
olhando para dentro,
mergulhando rumo aonde me perdi,
tento mais uma vez me reencontrar.

Inserida por diego_fernandes_5

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