Versos de Charles Chaplin sobre Amor

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Não tem olhos solares, meu amor;
Mais rubro que seus lábios é o coral;
Se neve é branca, é escura a sua cor;
E a cabeleira ao arame é igual.

Vermelha e branca é a rosa adamascada
Mas tal rosa sua face não iguala;
E há fragrância bem mais delicada
Do que a do ar que minha amante exala.

Muito gosto de ouvi-la, mesmo quando
Na música há melhor diapasão;
Nunca vi uma deusa deslizando,

Mas minha amada caminha no chão.
Mas juro que esse amor me é mais caro
Que qualquer outra à qual eu a comparo.

O meu amor conhece cada gesto seu
Palavras que o seu olhar só diz pro meu
Se pra você a guerra está perdida
Olha que eu mudo os meus sonhos,
Pra ficar na sua vida.

Se esse amor ficar entre nós dois
Vai ser tão pobre amor, vai se gastar

Se eu te amo e tu me amas
E um amor a dois profana
O amor de todos os mortais
Porque quem gosta de maçã
Irá gostar de todas
Porque todas são iguais

Se eu te amo e tu me amas
E outro vem quando tu chamas
Como poderei te condenar
Infinita tua beleza
Como podes ficar presa
Que nem santa no altar

Quando eu te escolhi para morar junto de mim
Eu quis ser tua alma, ter seu corpo, tudo enfim
Mas compreendi que além de dois existem mais

O amor só dura em liberdade
O ciúme é só vaidade
Sofro mas eu vou te libertar
O que é que eu quero se eu te privo
Do que eu mais venero
Que é a beleza de deitar

A lua ficou tão triste
com aquela história de amor
que até hoje a lua insiste:
- Amanheça, por favor!

De longe te hei de amar
– da tranquila distância
em que o amor é saudade
e o desejo, constância.

Do divino lugar
onde o bem da existência
é ser eternidade
e parecer ausência.

Quem precisa explicar
o momento e a fragrância
da Rosa, que persuade
sem nenhuma arrogância?

E, no fundo do mar,
a Estrela, sem violência,
cumpre a sua verdade,
alheia à transparência.

Cecília Meireles
MEIRELES, C. Antologia poética. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2001.

CANÇÃO DO AMOR IMPREVISTO

Eu sou um homem fechado.
O mundo me tornou egoísta e mau.
E a minha poesia é um vício triste,
Desesperado e solitário
Que eu faço tudo por abafar.

Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada,
Com o teu passo leve,
Com esses teus cabelos...

E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender
nada, numa alegria atônita...

A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil
Aonde viessem pousar os passarinhos.

Canção do Sonho Acabado

Já tive a rosa do amor
- rubra rosa, sem pudor!
Cobicei, cheirei, colhi,
mas ela despetalou
e outra igual, nunca mais vi.
Já vivi mil aventuras,
me embriaguei de alegria;
mas os risos da amargura,
no limiar da loucura,
se tornaram fantasia...
Já sonhei felicidade,
- mãos dadas, fraternidade
ideal e sem fronteiras.
Utopia! Voou ligeira
nas asas da liberdade...
Desejei viver! Demais!
Segurar a juventude;
Prender o Tempo, na mão;
Plantar o lírio da Paz!
Mas nem mesmo isto, eu pude:
Tentei, porém, nada fiz...
... Muito, da vida, eu já quis.
Já quis... mas não quero mais!...

Helenita Scherma
Antologia Delicatta (2006).

O amor é uma força, uma energia, que se manifesta
Na alma como um sentimento de lembrança de algo
Que a alma já teve, mas perdeu.

Toda hora eu sinto:
( ) dor e sofrimento por um amor não correspondido
(x) preguiça, sono e fome.

Consiste a monstruosidade do amor...
Em ser infinita a vontade, e limitados
os desejos, e ato escravo do limite...

Amor é quando é concedido participar um pouco mais.
Amor é a grande desilusão de tudo mais.
Amor é finalmente a pobreza.
Amor é não ter.
Inclusive amor é a desilusão do que se pensava que era amor.
E não é prêmio, por isso não envaidece.

Clarice Lispector

Nota: Adaptação de trecho da crônica Atualidade do ovo e da galinha (II).

AMOR NÃO SE PEDE

(...) Ei, seu tonto, será que você não pode me olhar com olhos de devoção porque eu estou aqui quase esmagada com sua presença? Não, não dá pra dizer isso. Ei, seu velho, será que você pode me abraçar como se estivéssemos caindo de uma ponte porque eu estou aqui sem chão com sua presença? Não, você não pode dizer isso. Ei, monstro do lixo, será que você pode me beijar como um beijo de final de filme porque eu estou aqui sem saliva, sem ar, sem vida com a sua presença? Definitivamente, não, melhor não.
Amor não se pede, é uma pena.
(...) É triste amar tanto e tanto amor não ter proveito. Tanto amor querendo fazer alguém feliz.
(...) Mas amor, você sabe, amor não se pede. Amor se declara: sabe de uma coisa? Ele sabe, ele sabe.

Tati Bernardi

Nota: Trecho de Link

Amizade: quando o silêncio a dois não se torna incômodo.
Amor: quando o silêncio a dois se torna cômodo.

Mario Quintana
Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.

Correndo o risco do fracasso, das decepções, das desilusões, mas nunca deixando de buscar o amor.
Quem não desistir da busca, vencerá!

Boa é a vida, mas melhor é o vinho.
O amor é bom, mas é melhor o sono.

Fernando Pessoa

Nota: Trecho de poema do livro "Poesias Inéditas (1930-1935)", de Fernando Pessoa. Link

Nunca ninguém viu ninguém
que o amor pusesse tão triste.
Essa tristeza não viste,
e eu sei que ela se vê bem...

Cecília Meireles

Nota: Trecho de "Canção".

O amor nos tira o sono, nos tira do sério, tira o tapete debaixo dos nossos pés, faz com que nos defrontemos com medos e fraquezas aparentemente superados, mas também com insuspeita audácia e generosidade. E como habitualmente tem um fim - que é dor - complica a vida. Por outro lado, é um maravilhoso ladrão da nossa arrogância.
Quem nos quiser amar agora terá de vir com calma, terá de vir com jeito. Somos um território mais difícil de invadir, porque levantamos muros, inseguros de nossas forças disfarçamos a fragilidade com altas torres e ares imponentes.
A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranqüilidade, querer com mais doçura.
Às vezes é preciso recolher-se.

(...) Todo sentimento precisa de um passado para existir
O amor não, ele cria como por encanto um passado que nos cerca
Ele nos dá a consciência de havermos vivido anos a fio
Com alguém que há pouco era quase um estranho
Ele supre a falta de lembranças por uma espécie de mágica...

Benjamin Constant
"Adolpho", Benjamin Constant, Imago, 1992

Não chamo meu amor de idolatria
E nem de ídolo você a quem eu amo.
Sei que não posso exigir seu amor
Assim como proclamo meu amor galante.
Dou-lhe apenas algumas razões para que goste de mim
Inalteradamente eis o que exprimo.
Deixo a cargo do acaso a confiança na vida
Pois todo meu cantar a você se alia.

William Shakespeare

Nota: Trecho adaptado de poema encontrado no livro "Sonetos", de William Shakespeare.

Cartas de amor

Ah! As cartas de amor!
Não existem poemas mais belos,
nem canções mais lindas do que as cartas de amor!

E elas podem ser simples,
podem ser descoladas,
podem não ter mais que quatro ou cinco linhas,
mas sempre serão lindas,
perfeitas,
maravilhosas,
e sublimes,
pelo simples fato
de serem Cartas de Amor!

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