Versos de Carinho de Deus
Um dos defeitos mais gerais, entre nós, é achar sério o que é ridículo, e ridículo o que é sério, pois o tato para acertar nestas coisas é também uma virtude do povo.
Senhores vivos, não há nada tão incomensurável como o desdém dos finados.
O dia estava lindíssimo. Não era só um domingo cristão; era um imenso domingo universal.
Quando acende o lampião, é como se fizesse nascer mais uma estrela, mais uma flor. Quando o apaga, porém, é estrela ou flor que adormecem. É uma ocupação bonita. E é útil, porque é bonita.
O destino dos homens é a liberdade.
Podemos ser instruídos com o conhecimento de outro, mas não podemos ser sábios com a sabedoria de outro.
Nem a ciência, nem as artes, nem mesmo o dinheiro, nem o amor, poderiam ja dar um gosto interno e real as nossas almas saciadas. Todo o prazer que extraía de criar, estava esgotado. Só restava, agora, o divino prazer de destruir.
O sonho é uma fresta do espírito.
Quem escapa do perigo vive a vida com outra intensidade.
A tristeza é uma telha quebrada na casa da nossa vida, mas a esperança é um cobertor que nos protege.
Quanto mais nos aproximamos de um princípio universal, mais vão ficando para trás e cada vez mais longe as realidades concretas cuja explicação buscávamos. E, ao voltarmos do topo, às vezes parecemos ter perdido de vista o propósito da viagem. O momento do reencontro passa, e nada nos resta nas mãos senão o enunciado abstrato e sem vida de um princípio lógico, que é a recordação melancólica de uma universalidade perdida. É preciso, portanto, descer novamente do princípio às suas manifestações particulares, e depois subir de novo, e assim por diante. De modo que a alternância sim-não, verdade-erro, que constitui para nós o início da investigação, é finalmente substituída pela alternância alto-baixo, universal-particular. Passamos, assim, da oscilação horizontal para a vertical. E é justamente o despertar da capacidade de realizar em modo constante esta subida e descida, que constitui o objetivo de toda educação tradicional.
São demais os perigos desta vida. Para quem tem paixão, principalmente.
Nota: Trecho do poema "Soneto de Corifeu", de Vinicius de Moraes
O maior impasse da humanidade: Não fazer o BEM que gostaria e fazer o MAL que não quer!
Nota: Adaptação de Romanos 7:19.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas.