Versos de Amor Autor Desconhecido

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Os senhores do engenho beneficiam os "capitães do mato" com gratificações e os mesmos ficam de chicotes sobre os escravos da fazenda pública.

A escravidão não foi abolida, mas sim ampliada.

Inserida por Claudiokoda

As flores não duram por muito tempo, toda a sua beleza, seu perfume, suas vibrantes cores, possuem determinado tempo de glória.
Assim é a nossa vida, um dia tudo acaba, eternas são as lembranças, e assim, quem viveu ou não, segue ao mesmo destino, retornar ao pó, de onde todos os seres vivos saíram.

Inserida por Claudiokoda

Amar sem distinção é ignorar a retribuição.
É feliz quem pode ter um imenso coração.
A tristeza se anuncia, com as lágrimas no olhar
Mas felizes dos capazes, o tempo todo perdoar.

Inserida por Claudiokoda

PRAIA

Onda
do mar
que leva o tempo
traz à praia
poesia.

Inserida por kadesa

RESQUÌCIOS

Resquícios do fim de tarde
tornaram as palavras invisíveis.
Secaram os olhos e os sonhos.

Inserida por kadesa

FLOR DE LUZ

Das cinzas nasce a flor do encantamento.
Beira do asfalto.
Cantinho iluminado.

Movem-se as areia do tempo.

Frágeis galhos abraçam o céu.
Vislumbram azuis em olhar infinito.
Pétalas brancas rescendem a sol.

Melodias dos lábios bailam ao vento.
Resplandecem doces devaneios.
Deixa-se colher por mãos repletas de nuvens.

E sonha.

Inserida por kadesa

Atitude

Já é o que se foi
Já foi o que se faz
Agora acabou
E não tem como voltar atrás
Muita gente ali dançou
Tentando um dia ser feliz
Mas pra isso acontecer
Tem que rebolar um pouco mais
E tentar fazer de uma vez
O que sonho nenhum desfaz
Por isso eu entrego nas mãos
A chave do mundo ao destino
Pra ver do que o menino é capaz
E se ele tiver um bom coração
Não serar jamais um cretino
Todo amor ele há de doar
E se precisar ele até refaz.

Inserida por valdenirdelimaolivei

Domingo Ensolarado

Faça de mim
Um domingo ensolarado
E que não seja
Essa ordem o meu fim
Acordar de manhã na bandeja
Ou na mira de algum soldado

Faça de mim
Um domingo ensolarado
E que não seja
Esse não confuso do sim
A se esconder no copo de cerveja
E acordar de manhã do seu lado

Faça de mim
Um domingo ensolarado
E que não seja
Esse um querer sem estar afim
Á se arrepender numa peleja
Por tudo que se tem guardado

Faça de mim
Um domingo ensolarado
E que não seja
Esse qualquer jardim
Pra que você veja
E sinta também amado

Faça de mim
Um domingo ensolarado
E que não seja
Esse qualquer jasmim
Á que se corteja
Quando estar apaixonado

Faça de mim
Um domingo ensolarado
E que não seja
Esse qualquer latim
Á dificultar o que se deseja
Como um fio de linha enrolado.

Inserida por valdenirdelimaolivei

Forasteiro

Chegou na cidade
Um estranho forasteiro
Ninguém sabe de onde ele veio
E qual seria a sua idade
Ele tinha um sotaque rasteiro
E no seu olhar uma certa maldade
Parecia esconder de todos
Uma grande verdade
E veio cantar de galo
Logo no meu terreiro

Chegou na cidade
Meio assim de repente
Parecia que cometeu
Alguma atrocidade
E veio pra cá
Esconder a sua mente
Forasteiro de cara amarrada
E coração valente
Diga logo quem é você, camarada
Ou vá procurar outro batente

Eu não te conheço
Nem você é meu parente
Você ver tudo ali
Mas nada que ver é meu
Eu ainda sou o mesmo começo
De uma estrada que se perdeu
E se na sua vida aventureira
Cada passo é um tropeço
Vá buscar em outro lugar
O que a sorte te escondeu
Pra que faça dela um bom lugar
E um outro recomeço.

Inserida por valdenirdelimaolivei

Exagerado

Dizem que eu sou exagerado
Mas eu quero ver quem não é
Deixa ficar apaixonado
Pra ver se não beija
Até os seus pés

Exagero é o que se sente
Verdade é o que se representa
Nada te faz ficar contente
E a vontade só aumenta
Daí é que vem o exagero
Em querer te mostrar
Um pouco mais
As vezes parece loucura
E já não dar mais
Pra olhar pra trás
É um certo mal que não tem cura
E um bem que não acaba mais

Exagerado eu sei que sou
E pra sempre assim vai ser
O mesmo caminho que eu vou
Há de ser com você
Sou exagerado pode crê
E só quem sabe é quem já amou

Eu sou exagerado
E não tenho outra razão
Pra não ser assim
Parece ser engraçado
Mas não se brinca com o coração
Porque razão ele tem pra te amar
E motivo também pra sofrer
Quando um amor chega no fim
E o coração é despedaçado.

Inserida por valdenirdelimaolivei

A Ponte

Por cima daquela ponte
Muita gente tem passado
Eu só não sei o que se passa
Pra tanta gente ela ter suportado
Não é pelo peso da roupa
Quando a mulher vai pra fonte
Nem pela barriga cheia
Do menino que come a sopa
E depois enche os bolsos
Com pedrinhas lá do monte

É pelo peso lá da cúpula
Que nos obriga e nos ocupa
Deixa a mente encabulada
E por quase nada faz intriga
Quando esses pés pisam na ponte
Eu não sei porque ela não desaba
Talvez porque ela seja tão forte
Ou esse mundo nunca acaba
Não sei se chama isso de sorte
Ou de grande sina macabra
Que nos faz berrar até a morte
Como se fosse uma cabra

Por tudo isso eu já não sei
Como essa ponte suporta
Tantos pés á inibir essa lei
Como quem chuta uma porta
Com tanta força amarrada
Presa á nossa revolta
Com tantos pés na enxurrada
Implorando quem solta.

Inserida por valdenirdelimaolivei

A Resposta De Um Silêncio

O silêncio me ensinou
Ter respostas pra tudo
Desde o milênio que passou
À essa geração sem estudo
Não se constrói uma nação
Só com braços no ar
E pernas no chão
É preciso que haja
Um pouco mais de cintura
Se quiser alcançar
E chegar à sua altura
É preciso que haja
Um pouco mais de perdão
E sobretudo
Um pouco mais de doçura
Liberdade é fundamental
Pois é ela quem faz
O nosso corpo dançar
E esconder a nossa loucura
É preciso que saiba
Que todo mundo é igual
E sobretudo que haja
Um pouco mais de compaixão
Pois é ela quem traz esse amor
Que invade o seu coração
Como a notícia que dar no jornal
E a beleza que traz uma flor.

Inserida por valdenirdelimaolivei

A Vida E A Morte

Porque a vida
É mais curta
Que a morte?
Se as duas chegaram
Juntas no mundo
Uma mostrando
Que viver é uma sorte
E a outra querendo
Provar que é mais forte

Por quê a vida
É mais curta
Que a morte?
Se as duas chegaram
Juntas no mundo
Uma te furta
Quando vai embora
Deixando por dentro
Um profundo corte

Por quê a morte
É mais certa que a vida?
E se viver é uma sorte
Ela tem andado meio destraida
Porque a estrada já nasceu torta
E a vida uma grande iludida

Por quê a morte
É mais certa que a vida?
E se viver é uma sorte
Por quê existe a despedida?
Se o amor já nasceu pobre
E o coração uma grande ferida
Mais cedo
Ou mais tarde
A sua alma descobre
E não precisa estar despida
Nem ser ela assim tão nobre.

Inserida por valdenirdelimaolivei

Dom

Todo mundo
Tem um dom
E sempre da voz
Pra aquele que não tem som

Todo mundo
Tem um dom
E há de pintar
Essa vida de verde
Em vez de marrom

Todo mundo
Tem um dom
E isso não é nada comum
Não é estranho
E nem pra ter medo
Pois ele é só mais um
Á apontar o dedo
Mas no fundo também
Acha isso tão bom

Todo mundo
Tem um dom
E com ele há de ir mais além
Destacando-se na multidão
Feito uma mulher
Que se encantou por alguém
Quando ela chega
Te acenando a mão
E com a boca pintada de batom.

Inserida por valdenirdelimaolivei

Caminhos Da Escola

Escondam a coca-cola
Da boca desse menino
E mostrem pra ele
O caminho da escola
Se ele não quiser
Passar a vida inteira
No sinal pedindo esmola
Leia o jornal pra esse menino
Pra que ele entende
A verdade profana da rua
Fale pra ele desse cruel destino
E que amanhã
Essa mesma manchete
Também pode ser sua

Dê pra esse menino
Lápis e papel
Antes que o destino
Vem e te faça réu
No breu malino
Desse aranha céu

Mostre pra esse menino
Que esse mundo tá cheio
De homem mal
E se te pegam na rua
Em vez de estar
A brincar no recreio
Já é chamado de marginal
E o que te acontece depois
Eu até receio.

Inserida por valdenirdelimaolivei

O Seu Corpo Moreno

Eu não sei qual é a sua
Mas eu me assumo
Ser todo seu
O seu corpo é o meu consumo
E quando estar perto do meu
Ele logo se insinua
Esse seu corpo moreno
Que é tão esplêndido
E todo esbelto
E também nada pequeno
Eu vejo quando estar despido
E imagino ter você
De uma vez por completo

Quando eu te vi sair do banho
Numa tarde bem gelada
Aqui dentro de mim
Alguma coisa veio á lanho
Eu queria ser aquela água
Que pingava do seu corpo
E deixava os seus cabelos
Com aquela camiseta
Que vestia toda molhada.

Inserida por valdenirdelimaolivei

Eu E Você

Vamos misturar
A nossa loucura
Pra ver quanto tempo
A gente se atura
Vamos misturar
Os nossos pecados
Como quem mistura o recado
Na boca de qualquer criatura
Vamos misturar
Os nossos olhares
Pra ver quem mais longe
Consegue enxergar
A beleza que faz o céu
E a certeza que traz o mel
Pra aquela nossa doçura
Lembrar de um beijo seu
Quero ver uma flor no jardim
E nada de dor nessa vida
E que o amor não seja esse fel
Cruel feito armadura
Quando tudo chega no fim
E aflora a nossa candura
Troca o não pelo sim
Declarando sua despedida.

Inserida por valdenirdelimaolivei

Subserviência

O que a gente faz
O que a gente pensa
Quando o sonho traz
E a gente dispensa
E o que fazer depois
Pra durmir em paz
Quando o arrependimento chegar
E sem pedir licença
Se acomodar entre nos dois

O que a gente vai cantar
Quando a missa começar
Se até o padre foi se embora
Porque cansou de comungar
Ele pegou logo a sua estrada
E foi tentar sorte em outro lugar
Porque cansou
De casar aos outros
E não lhe sobrava nem risadas

O que a gente faz
Ou deixa de viver
É problema de quem nasce
E um dia tem que morrer
Talvez você
É que não conhece o seu lugar
Pois esquece no fogo o seu doce
E do meu vem se lambuzar.

Inserida por valdenirdelimaolivei

Televisão

A televisão sempre veta
O que os olhos
Da gente quer ver
Porque está sempre alerta
E toda verdade tenta esconder

A televisão sempre teima
Com a verdade nunca mostrar
Todos os papéis ela queima
E os rastros tenta apagar

A televisão sempre deixa
Você imaginar o que quiser
E enquanto ninguém se queixar
Há de aceitar o que vier
E assim pra sempre vai ser
Se você nada disser

A televisão sempre se enjoa
Quando eu não faço o jogo dela
Ai é que a mentira quer voar
E arrancar o couro da goela

A televisão sempre deixa
Uma voz calada em algum lugar
Com tantas perguntas
Sem respostas
Bailando soltas no ar
Tantas propostas
Vivendo ali juntas
Num faz de conta
Ou deixa pra lá

A televisão me envergonha
E logo eu já passo mal
Ela tira a alegria de quem sonha
E acha tudo muito normal
No final só ela quem ganha
E acha que ninguém é igual.

Inserida por valdenirdelimaolivei

Uns Braços

Há uns braços
Querendo mais
Que alguns abraços
Pedindo corda em vez de laço
Pra atracar um coração
Que vive agora em pedaços

Há uns braços remando
Sempre contra a maré
E uma boca implorando
O beijo daquela mulher
Há um delírio no seu olhar
Se alimentando com as mãos
Em vez de colher
Há um colírio tentando cegar
Os olhos dessa ilusão
E tudo que é sonho da gente
Tentando pra sempre tolher

Há uns braços
Querendo tocar o céu
E se lambuzar no seu peito de mel
Mas muitas vezes parece de aço
E quer abusar de mim
Um gosto estranho de fel
Há uns braços
Decretando o meu fim
Sentado num banco á direita
Julgado como se fosse um réu
Trocando o não pelo sim
Á me condenar nessa seita
E deixando perdido ao léu.

Inserida por valdenirdelimaolivei