Versos de agradecimento
Encurtei os versos até a altura das saias das meninas do Rio de Janeiro.
Que difícil a arte da vida fácil: vender o amor sem ter tempo de ser breve.
MISTERIO EM MIM
Antes que destes versos eu me arrependa
Que desta alegria eu esqueça
Que este dia anoiteça
Antes, bem antes que eu descubra
Que a lúgubre e dolorosa
Melancolia realmente acabou
Antes que venha a ter revelada
Minha verdadeira identidade
Que seja bem vinda esta divina loucura
Em prol de minha esplendorosa sanidade.
...
Ou será que o mistério inexato em mim
Exauriu-se até o fim?
Seus versos
é através de seus versos
que lhe encontro
quando se faz ausente.
e nesse encontro sinto
todo o seu presente
seu amor
seu passado
sua dor
nunca deixe seu caderno
sem seus versos
escreve, escreve
e será eterno
Como é eterno
o amor
Que ali descreve.
PERDIDA
Onde foi que fiquei?
A sombra da saudade,
em versos imersos desse meu segredo.
Onde foi que me deixaste?
A romper em desejos,
em pó,em crise,em medo.
O que foi que me fizeste?
A tomar minhas mãos,
incansáveis,sangrando
em vontades intermináveis.
Onde foi você,depois de me roubar?
Teu silêncio me extremesse.
Minha voz não te esquece...
Te chama...te ama...te pede.
PROCURE-ME NOS MEUS VERSOS
Se acordares com saudades de mim,
me procures nos meus versos,
com certeza, me encontrarás ali.
Se no silêncio das lembranças,
tiveres sede de saber onde estou,
me procures nos meus versos,
com certeza, me encontrarás ali.
Se no vazio da estrada,
no frio da madrugada,
ou no alento do vento
sentires o meu perfume,
me procures nos meus versos,
com certeza, me encontrarás ali.
Mas se olhares pro céu
e veres a lua em nebulosa,
uma nuvem cor-de-rosa,
ou uma estrela incandescendo
Corras pra perto de mim,
Com certeza, estarei precisando de ti.
"Solidão"
Faço versos durante o dia
e os apago durante a noite
para voltar a escrevê-los
no dia seguinte...
Faço isso
não com a intenção de matar
a minha solidão,
mas para alimentá-la.
DESPREZO
Percebes o quão rudes são os versos
Que outrora abrilhantaram com exatidão
Caminhos tortuosos e inversos
Banindo suntuosos, a sofreguidão?
Oras, pois, que os tons destes verbos
Açoites dispersos da inexatidão
Provém de sentimentos incertos
Vis, cruéis e sem compaixão
Então, segues teu caminho,
Que te vem enquanto troça
Perseguido em desatinos,
Por esta dor, tão sem resposta
O primeiro dos quatorze
Há muita gente eu sei que não gosta de versos,
Por que... não sei... talvez... [talvez] porque não queira;
Daí uma asserção de críticos diversos:
Morrerá no Porvir a poesia inteira.
Eu me esteio a mim mesmo em pontos controversos:
A Ciência julgada austera e sobranceira
Pousa no fictício os pedestais emersos
Que sustêm uma bíblia eterna e verdadeira.
Vede: a Química conta as moléculas; dita
A Mecânica as leis tendo por base a inércia;
Outros mundos além a Astronomia habita...
Se mesmo o positivo é sonho e controvérsia
Nem Porvir, nem ninguém, coisa alguma desliga
A Ciência que sonha e o verso que investiga.
O que há nela que enfeitiça e encanta?
Por que tantos a cantam e clamam
Em versos e canções…
Será a distância que a separada de qualquer um ?
Ou sua beleza construída de fases?
Não consigo separar a melodia da poesia...
Com a música meu corpo vibra,
Com os versos minha alma dança.
Minha mente pensa saber o que é amar,
Meu coração pensa ser lógico,
E meu corpo executa toda a loucura
De se entregar em seus braços.
Somos melodia e versos
Atravessando a fronteira do amor.
Sabe aqueles versos que guardas em teu caderno? Sou eu da maneira perfeita que podes ver: sou a poesia pura que te atormenta noite após noite.
[Do texto "Poesia pura"]
" O Poeta"
Os versos do poeta encantam...fascinam...
A cada despertar uma nova sensação...dor...paixão...sedução que enebria...
Diante de tamanha mistura de sensações...o poeta subtrai de si o pulsar de sua alma...
Quão indefeso está diante de tamanho encantamento...
Nas linhas vão se traçando os desejos de seu íntimo...
Maior intimidade não há...desnuda...tira o fôlego...
O poeta leva o seu ar ...sua essência a quem o lê...ou quem o despi....
Palavras...sopros...sussuros...
Carinhos...desejos...carícias...
Doce poeta...inunda a vida de amor...
Se faz amor...
É o amor em suas emoções e sentidos...
RECADO PARA MANUEL BANDEIRA
versos, métricas e citações
nada servem.
os neologismos foram enterrados
junto com o que devera.
nobre bandeira...
o que fizeram
"do beijo pouco, falo menos ainda??"
tudo hoje é tão intransitivo.
a duros golpes de chicotes
forçam a poesia ser sempre revolucionária.
uma espécie de menchevic léxico-morfológico-gramatical.
estou farto desta contínua e mutável
transgressionalidade poética
tudo hoje quer ser novo de novo.
eu, minha cuca e minha escrita
querem ficar um pouquinho mais velha....
OESTRUS
Naquele por do sol inusitado
enterrei os versos
e a prosa deixei de lado
No sangue que banhava as vísceras
a dor do estanque na hora da criação
Como o tato do cego homem
eis agora minha misera condição
Nada mais denota velha e hábil, inspiração
Nem a astúcia, um belo estratagema
porem em meu ser, outro serio dilema
De joelhos rogo aos deuses, iluminação
Arrebatam-me agora, esta ficando tarde
Húmile serva, curvo-me, a alma arde
Permitam-me verter somente, composição
Estes pequenos versos
Me fazem acreditar em não solidão
Mas não se esqueça
Que nem tudo o que acreditamos é sempre real.
Sentimentos
Que estranhos sentimentos!
Os mais diversos...
e os fiz em versos,
muitas vezes, pra você.
Que estranhos sentimentos!
Tomaram minha essência
e nessa experiência
aprendi uma vida com você.
Que estranhos sentimentos!
Um afeto que virou carinho
e levada por esse caminho
me desfiz toda em amor.
Que estranhos sentimentos!
Levaram-me ao delírio
com tão grande brilho
de loucura e desejos.
Que estranhos sentimentos!
Deixaram-me paralisada
no tempo e encantada
com a grandeza deste momento.
Que estranhos sentimentos!
Sufocaram-me sem matar
feriram-me sem magoar
e é desse jeito que eu os quero.
Que estranhos sentimentos!
Sem eles não sou mais nada,
se desviar-me dessa estrada
perco a força pra viver.
Que estranhos sentimentos
você me fez experimentar
nessa doce ventura de amar você!!!
FAROLEIRO
Eu faço versos como quem
Num farol, um plantonista,
Vê o céu muito além
E perto de mim uma vista.
Se vestem meus versos de espumas,
Uma nudez quase mostrada,
E os barcos que olho enfumam
Suas velas na alvorada.
Quanto mais claro vejo o amor,
Quanto mais densa a letra escoa.
Amor tem de ser motivo, uma dor.
Quanto mais turvo olha-me o vazio,
Mas me transformo em amor,
Meus poemas são desvarios.
Se eu não escrever...
Palavras e versos...
Me perseguirão,
Minha vida se perde,
As noites são frias,
Madrugadas sombrias,
O sim, vira não.
Se eu não escrever...
O dia é triste,
O mar não existe,
E a saudade insiste.
Se eu não escrever...
Reinará a ilusão,
Um dia faltará o perdão,
Vai sobrar ingratidão,
Viverei noites de cão.
Se eu não escrever...
As palavras me caçam,
Os dias só passam,
E os livros se rasgam.
Se eu não escrever...
Poemas e poesias,
Serão papel em branco,
Alegria vira pranto,
E tristeza será um encanto.
Se eu não escrever...
O amor vira dor,
A fé se desfaz,
O ódio toma conta,
E amar, nunca mais.
Ai de mim..
Se eu não escrever.
VOU SURFAR NOS MEUS VERSOS
A cada frase que eu digito
A cada cena de um beijo
A cada passo pelo shopping
A cada onda que eu vejo
Eu te quero, eu te desejo
Um torpedo enviado
Um recado recebido
Um amor iniciado
Quero ficar para sempre contigo
Tocar em suas mãos às escondidas
Abraçar-te para disfarçar
Te amar e reconhecer
Te querer por mais longe que seja o lugar
Eu te quero mais que tudo
Longe ou perto
Vou surfando nos meus versos
Falando-te coisas de amor
A cada frase que eu escrevo
A cada verso que eu te envio
Isso só prova o meu desejo
Eu te quero mais que tudo
Além de um abraço e de um beijo
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