Versos de agradecimento
Tu és, um diário
Conte-me então teus, segredos
O tambor da vida ecoa
Em batidas ritmadas,
Um samba de roda
Minha passista
Cairá na gandaia
Seu, riso é uma fogueira
Bronze tu, tens em sua pele
Mel perante teus, olhos
Minha Ventania em tempos chuvosos
Meu, acalanto tua simpatia
Pernas femininas são minha colmeia.
Umidifica-me: com língua
Seja minha única Ilha deserta
Incerta escolhas
Certeiras são as consequências.
Culpa Cultua-me como Cristo
E queime no suor de meu, inferno
Entre quatro (paredes)
Um baseado e duas taças
Tenha-me Sem desculpas
Arranque minhas vestes
Pois, serei teu, boneco de teste!
Neste desamor.
Antes fosse, um sofredor.
Só assim para não mais exaustão
Em seus olhos minha fragilidade
Por, tua pele, caramelo (dor) adocicada.
O Não mais te querer e uma mentira!
Pois, minha Ansiedade
Rega a solidão em meu, peito.
Miragem já sinto até Seu, cheiro.
Diante ao exílio do frio
Nossos corpos se rastejaram
Para aquecer um ao outro.
Me observe como um felino!
Sedento pela sua carne
Salivando hipnotizado
Enquanto você, dança Seu, Odor Sequestra meus sentidos então seguimos o ritmo da música um som cortante de violinos solitários o Murmúrio.
Dos gatos livres perante
O regozijo De se acasalar.
Minhas mágoas continuam a florescer feito um fruto podre. Diante aos meus olhos se fez morada com o desabor cítrico. Ao Encontra-la jurei! Minha vida e fidelidade aos lírios.
Ao sentir sua fragrância tornei-me escravo de meus, devaneios!
Ao vislumbrar-te delirei.
Porém, quando toquei em tuas pétalas As observei murcharem
E só ali pude compreender!
Me, apaixonei pela solidão
Ao inventar você.
Temos aqui felicidade
nossa paz é infinita
nosso ar tem qualidade
nossa terra é mais bonita
e só vou lá na cidade
quando por necessidade
tenho que fazer visita.
A arte composta por mim
E inspirada em minhas feridas.
Curar-me nunca foi uma opção já que sou Eu, que crio os machucados.
Gosto de escrever os poemas
que vem de minha inspiração
não aprecio escrever sobre temas
cujos versos não vem do coração
"Lembranças"
A Tardinha deixo atrás de mim
Mais um dia que chega no fim
O sol some no horizonte
E por detrás daquele monte
Um lindo clarão colorido
E a saudade guasqueia o meu peito
Deixando-o dolorido
Por não ter esquecido
Um cambicho desgarrado
Mas que me deixou apaixonado
Que esquecer não tem jeito.
Viajando eternamente no oceano da angústia
Nem minha estrela, nem minha luz, me busca
Estremeço diante da vista da terra da felicidade
E me deixo levar pelas pedras mortais, desgostoso
Querendo, enfim, me libertar desse mar tempestuoso.
Muitas vezes a insônia me agride, e no meio da noite onde o silêncio impera, faço da madrugada o meu palco, o meu trono onde posso pensar sobre tudo.
Até onde irei? Não sei! Pois foi Deus quem projetou meu destino, o meu passado me importa, porque através dele eu aprendo a viver melhor no presente. Meu futuro é incerto e sem propósitos nem tenho pra onde ir e quem seguir, mas creio que posso ser mais feliz. O mais importante de tudo é a vida, independentemente de tudo eu só quero viver em Paz e Harmonia no mundo que eu escolhi.
De manhã o galo entoa
sua mais bela canção
matuto não vive à toa
vai cuidar da criação
a noite recita a loa
e vida tranquila e boa
só existe no sertão.
A tarde se vai,
e que não tarde !
mas enquanto ela cai
a nostalgia nos invade,
vem a noite sussurrando
nos ermos de sua escuridão,
todo tipo de saudade,
que sabe, temos no coração
Saudade de todo tipo,
do tempo bom ou de anseio,
dos que se foram para o céu,
lugares, passeios, amores,
de tudo que já vivemos
e até do que não veio
Qualquer que seja o relacionamento...
Ninguém faz comigo o que quer...
Sou franco verdadeiro e correto...
Não sou um vivente qualquer...
Portanto vai o meu recado...
Que lugar de uma mulher...
Comigo é bem assim desde jeito...
É simplesmente o lugar onde ela bem quiser.
Fazer o bem, oferecer o melhor de si, mesmo que não saibam receber, aceitar ou reconhecer.
Isso lhe fará viver com a alma pura e consciência tranquila.
Romeu & Julieta - Cena Subsequente
O sorriso dela despido de todo o receio,
Seus olhos de frente para o espelho repletos de veracidades,
Enquanto seu corpo baila por entre as lacunas do tempo e espaço.
São versos inacabados; são flores no deserto; são espinhos retirados de um coração estilhaçado.
São onze da noite ou uma da madrugada, não sei ao certo.
Mas, ao final desta ópera, as portas serão trancadas e as roupas retiradas com total calma e cadência;
Seremos Romeu e Julieta à espera da próxima cena!