Versos Curtos de Amor Ciumes
E “amor” ela não chamava de amor, chamava de não-sei-o-quê.
Independência! Liberdade! Persegue estas coisas como ao teu maior amor, e agarra-te a elas como à tua maior paixão!
Que vontade, que vontade enorme de dizer outra vez meu amor, depois de tanto tempo e tanto medo. Que vontade escapista e burra de encontrar noutro olhar que não o meu próprio - tão cansado, tão causado - qualquer coisa vasta e abstrata quanto, digamos assim, um caminho.
Sabe que o amor não é qualquer um que consegue ter. Ela é a sensibilidade de alguém que não entende o que veio fazer nessa vida, mas vive.
Nota: Trecho de um texto de Mika Pedrosa.
Será que desisti do amor? Que alívio. É um processo que vem se arrastando há uns quatro anos, desde o que chamo de The Big Disaster, agora parece que con-so-li-dou-se. Será que é da idade? Fico ouvindo as pessoas naquele rodenir de ligou?-vou-ligar-não-sei-se-ligo-se-ligar-dizque-saí etc e etc. e acho de uma pobreza alagoana.
Tenho um amor fresco, com gosto de chuvas, raios, e urgências. Tenho um amor que me veio pronto, assim, água que caiu de repente, nuvem que não passa.
Uma vitória louca, uma vitória doente. Não era amor. Aquilo era solidão e loucura, podridão e morte. Não era um caso de amor.
O amor é cheio de armadilhas. Quando quer se manifestar, mostra apenas a sua luz – e não nos permite ver as sombras que esta luz provoca.
Tenho urgência de ti, meu amor. Para me salvar da lama movediça de mim mesmo. Para me tocar, para me tocar e no toque me salvar. (…) preciso de você para dizer te amo outra e outra vez. Como se fosse possível, como se fosse verdade, como se fosse ontem e amanhã.
Tenho urgência de ti, meu amor. Para me salvar da lama movediça de mim mesmo. Para me tocar, para me tocar e no toque me salvar.
