Poemas curtos de Clarice Lispector

Eu queria que no meu modo de te fixar para mim mesmo nada tivesse recortes e definições: tudo se entremoveria num moto circular.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.
Inserida por BrielaCouto

Há uma hora em que se deve esquecer a própria compreensão humana e tomar um partido, mesmo errado, pela vítima, e um partido, mesmo errado, contra o inimigo. E tornar-se primário a ponto de dividir as pessoas em boas e más. A hora da sobrevivência é aquela em que a crueldade de quem é vítima é permitida, a crueldade e a revolta.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica É preciso também não perdoar.

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Inserida por analuisabq

A maioria das coisas "impossíveis" são impossíveis apenas porque não foram tentadas.

Clarice Lispector
Só para mulheres. Rio de Janeiro: Rocco, 2008.
Inserida por biancavasconcelos

Nós dois sabemos que estamos à soleira de uma porta aberta a uma vida nova. É a porta, Lóri. E sabemos que só a morte de um de nós há de nos separar. Não, Lóri, não vai ser uma vida fácil. Mas é uma vida nova.

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Inserida por ElianeSanchez

Às vezes, quando duas pessoas estão juntas, apesar de falarem, o que elas comunicam silenciosamente uma à outra é o sentimento de solidão.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica A comunicação muda.

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Inserida por Danmart2009

Embora amor dentro de mim eu tenha. Só que não sei usar amor: às vezes parecem farpas. Se tanto amor dentro de mim recebi e continuo inquieta e infeliz, é porque preciso que Deus venha. Venha antes que seja tarde demais.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Deus.

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Inserida por gtrevisol

EU NÃO ENTENDO! Por medo da loucura, renunciei à verdade. Minhas ideias são inventadas. Eu não me responsabilizo por elas. O mais engraçado é que nunca aprendi a viver. Eu não sei nada. Só sei ir vivendo. Como o meu cachorro. Eu tenho medo do ótimo e do superlativo. Quando começa a ficar muito bom eu ou desconfio ou dou um passo para trás.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.
Inserida por joakinasoares

O que é um espelho? É o único material inventado que é natural. Quem olha um espelho, quem consegue vê-lo sem se ver, quem entende que a sua profundidade consiste em ele ser vazio, quem caminha para dentro de seu espaço transparente sem deixar nele o vestígio da própria imagem – esse alguém então percebeu o seu mistério de coisa.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.
Inserida por ursos

Tinha vontade de fazer um embrulho de mim, com papel de seda, lacinho de fita, e mandá-lo pra você. Aceita?

Clarice Lispector
Todas as cartas. Rio de Janeiro: Rocco, 2020.

Nota: Trecho de carta para Maury Gurgel Valente, escrita em 6 de janeiro de 1942.

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Inserida por alines2

Quando a gente se revela, os outros começam a nos desconhecer.

Clarice Lispector
A maçã no escuro. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.
Inserida por alines2

É pecado não ter esperança.

Clarice Lispector
A maçã no escuro. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Inserida por alines2

Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Por não estarem distraídos.

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Inserida por katlinda

É que tudo o que eu tenho não se pode dar. Nem tomar. Eu mesma posso morrer de sede diante de mim. A solidão está misturada à minha essência...

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Inserida por lai1989

E sobretudo há nessa existência primeira uma falta de erro, e um tom de emoção de quem poderia mentir mas não mente. Basta? Basta sim.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Inserida por maiaramelo

Minha liberdade então se intensificou um pouco mais, sem deixar de ser liberdade.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Perdoando Deus.

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Inserida por Caluga

Se fosse dado às fêmeas cantar, ela não cantaria mas ficaria muito mais contente.

Clarice Lispector
Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto Uma galinha.

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Inserida por pandavonteese

O que deve fazer alguém que não sabe o que fazer de si?

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Inserida por Caluga

Não estou à altura de ficar no paraíso porque o paraíso não tem gosto humano!

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Inserida por Caluga

E amanhã eu vou ter de novo um hoje. Há algo de dor e pungência em viver o hoje.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.
Inserida por Caluga

Difícil aspirar as pessoas como o aspirador de pó.

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.
Inserida por Caluga

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