Poemas curtos de Clarice Lispector
O verão está instalado no meu coração.
Como é bom o instante de precisar que antecede o instante de se ter.
E eu não aguento a resignação. Ah, como devoro com fome e prazer a revolta.
Nota: Trecho da crônica As crianças chatas.
...MaisMas não há paixão sofrida em dor e amor a que não se siga uma aleluia.
Enquanto escrever e falar vou ter que fingir que alguém está segurando a minha mão.
Nossa amizade era tão insolúvel como a soma de dois números: inútil querer desenvolver para mais de um momento a certeza de que dois são cinco.
Andar na escuridão completa à procura de nós mesmos é o que fazemos.
E todos os dias ficarei tão alegre que incomodarei os outros.
Pois há um tempo de rosas, outro de melões, e não comereis morangos senão na época de morangos.
Eu queria escrever um livro. Mas onde estão as palavras? esgotaram-se os significados.
Não ter forças para lutar era o meu único perdão.
Se me abandonar, ainda vivo um pouco, o tempo que um passarinho fica no ar sem bater asas, depois caio, caio e morro.
Minhas ideias são inventadas. Eu não me responsabilizo por elas.
Chorou livremente, como se esta fosse a solução.
Preciso ser livre - não aguento a escravidão do amor grande, o amor não me prende tanto.
O pequeno êxtase da palavra fluir junto do pensamento e do sentimento: nessa hora como é bom ser uma pessoa! (...) Eu me encontro nos outros. Tudo o que dá certo é normal. O estranho é a luta que se é obrigado a travar para obter o que simplesmente seria o normal.
É preciso antes saber, depois esquecer. Só então se começa a respirar livremente.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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