Versos com Rima das Estacoes do ano

Cerca de 32545 frases e pensamentos: Versos com Rima das Estacoes do ano

⁠Vão-se-me

Dos versos para ti, dantes, nada existe
A lembrança é algo de um pouco valor
A poesia, vazia, está sem aquele amor
Que um dia foi certo, da poética saíste
Porque assim como chegaste, partiste
Cessando o peito que batia com ardor
Sangrando n’alma, criando tom de dor
Na prosa, chorosa, suspirante e triste

O tempo anda, a emoção sai do cais
E a sofrência apenas lesão no sentir
E o coração atrelado em outras elos
De quanto foi outrora, nada tem, mais
Nada, daquela sensação, só o resistir
Vão-se-me uns após uns, dos flagelos.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
14 abril, 2024, 12’04” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠FADO

Poeto triste cansado, inspiração vazia
Os versos sangrando de muito sentir
Atrás duma atração dentro da poesia
E que não pude na poética conseguir
Na ilusão, imaginei, ideei noite e dia
Sem nunca da rima sentimental fugir
Fraquejar, não, pois a fé o meu guia
Na narração a melancolia vem residir

Poema exausto, sussurrante, lento
Cheio de censura, dor, de lamento
Saem da prosa em soturna fornada
Assim o desengano grifa o conteúdo
Cutucando a alma com canto agudo
E em um talvez, não encontrei nada!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
15 abril, 2024, 19’44” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠VERSOS MURCHADOS

Pelo soneto saudoso vou versejando
Verso choroso de emoção carregado
E pela poética a agonia vai passando
Suspira, sussurra, ah! sentir danado!
Trova e canta o canto, assim, rimando
Com a rudeza do vazio, tão atordoado
E a alma do sentimento vai murchando
Deixando sem comando o ritmo do fado

Guarda escondido dentro desta poesia
Um tesouro de amor, outrora de alegria
E, a paixão de um romântico coração...
Nem se compara os dias tão elevados
Versados aqui sem reação, despejados
Murchados e, sem qualquer percepção.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
23 abril, 2024, 19’45” – Araguari, MG

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⁠ERRO NOS SENTIDOS

Enfim, posso suspirar! Eu já chorei
Os versos chorados de quem sente
Com poética amargurada, presente
No sentimento do amor que tentei
Se tudo foi só ilusão. Eu já nem sei
Se foi minha, ou da sina. A cadente
Emoção, que doravante é ausente
E, que dói no coração. Não ansiei!

É assim, meu aperto, eu, que vivera
No engano da possibilidade perdida.
Do afeto, o erro nos sentidos impera
Então, minha sensação, vive ferida
Que, pra não amargar, antes valera
Estar no querer por toda uma vida!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
05 maio, 2024, 17’25” – Araguari, MG

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⁠SEM CULPA

Na poesia se alivia o estado de pecador
Com os versos molhados em um pranto
De uma paixão, do ciúme, dum amargor
Completando a alma com prazer, tanto!
Tivesse a poética o afago, o dado amor
E tudo mais de um olhar, o seu encanto
Se fosse a prosa perfumada, com ardor
A sensação seria e não mais entretanto

No alívio no cântico, a arte e a fantasia
Que transborda em uma rítmica magia
De sentimento sem qualquer desculpa
Então, pulsa na poesia um lírico sonho
Imaginado... Com aquele valer risonho...
Doando ao poeta, calmaria sem culpa!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29 setembro, 2022, 11’46” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ENLEVO NA POESIA

Não quero por saudades na poesia
Quero é ter nos versos só sensações
Aquela alegria com ternas emoções
E um pouco de poética em quantia
Não quero por tristuras com clamor
Na prosa, eu quero a rosa, a paixão
Para, então, com a sorte ter razão
E, assim, narrar em versos, o amor

Preciso da poesia causando sentido
Não aquele sentimento tão dividido
Quero um olhar, os gestos, enfim,
Ter os cânticos sensíveis e o agrado
Sem temores, sim, o enlevo velado
Aí, tendo-a eu, e ela tendo a mim!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29 setembro, 2022, 21’46” – Araguari, MG

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⁠SEM UMA PRESENÇA

Não tenho a quem recitar os meus versos
Dos devaneios, medos, do poetar de amor
Com emoção, sensação, de rumos diversos
Colocando sentido e sentimento ao dispor
No silêncio, sem um olhar pra permanecer
Logo, a solidão poeta e o poeta na solidão
Declama os seus versos para o amanhecer
Tentando poetizar a prosa sem interação

É triste a quem não ter os versos para ler
A cada momento o ledor sem comparecer
E no tormento a imensidão da indiferença
Então, o instante é de companhia distante
E o poema fingindo ser um acompanhante
Quando, a poesia é fira sem uma presença

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04 outubro, 2022, 19’25” – Araguari, MG

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⁠APENAS SOMENTE

Que, apenas somente, eu tenha pedaços
De versos na saudade, hoje tão perverso
E rima perdida na quimera e no disperso
Ainda assim, são prosas de dantes, laços
Que eu tenha no ritmo, até agora, você
Sentido que, no universo, eu perseguia
A tal pureza, ter, que do sonho recendia
Ainda assim, a minha emoção, disso crê

Mas, nada é como se quer, sim, a sorte
O alento do fado, o momento, o aporte
Desenhando rumos, os ensejos, valeria
Que poete, então, histórias e admiração
Com o olhar, o gesto, amor na inspiração
E, apenas somente, poéticas na poesia...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08 outubro, 2022, 04’55” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠OS MEUS VERSOS

Meus versos nostálgicos, de amor
São lembranças de valiosa versão
São cânticos no compasso interior
Poéticas da minha própria emoção
São estâncias tão cheias de sabor
Expressão que brota da inspiração
Sentidos, afagos, mimos ao dispor
A expressiva flor dada com paixão

Versos que tem designação, olhar
Tem sentimento, um vital acalanto
Só não percebe quem não estimou
É aquele voo d’alma sem abreviar
É o encanto, o gostar tanto, tanto
Aquela sensação que nunca passou!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28 outubro, 2022, 19’40” – Araguari, MG

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⁠ORGULHO

Meus são os versos do chão cerrado
Poética acre, puro céu e denso mato
No galho tortuoso o poema trançado
Escrafunchado de um singular recato
Eu entendo o sentimento acentuado
O luar que prosa inspiração e trato
E ao meu versar, o versar fascinado
Com um perfume ao sensível olfato

Nas minhas mãos, a poesia orgulhosa
Se te poeto, sertão, na sua imensidão
É com a imaginação e tons especiais
E, então, pressintam a quão formosa
Natureza, que suspira, pulsa, é paixão
Neste imenso dom de poder ser mais!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
01 novembro, 2022, 17’37” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠DESBARATO

Esperei por poética em vão, suando imaginação
Lacrimejando sensações, versos vãos, saudades
Arranquei suspiros indefesos e também emoção
Entre dispersas e as diversas sentidas vontades
Tive palácios, corte e versos com imortal ilusão
Com os jardins rimados com sonhos e vaidades
Adornei a cada aposento com direta inspiração
Chorei, ri, andei só, acolhido e com confrades

Em cada trova os sentimentos em ramalhetes
Eram versos a quem tem olhos ternos pra ler
Fui fiel bardo que sonhou e despertou jamais
E, nestas incertezas as hesitações em filetes
Fiz-me ladrão de quimeras, para esquecer
Sei que tudo passou e que não posso mais!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
01 dezembro, 2021, 05’05” – Araguari, MG

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“FELICITÀ”

Estes versos são risadas cheias de alegria
Desfastios que eu acalento no meu peito
São satisfação, são amor, um afável feito
Rimas que ataviam a felicidade na poesia
É o festejo, um conto, sonhos, solenidade
Aquele gesto tão repleto de fantasia terna
A vida! O ser! O maneio na ventura eterna
O enredar da liberdade com a cumplicidade

“Felicità”! Sois o guia pra esse poema existir
A eterna confissão de quando tem o sentir
Que, então, o faz, a toda a gente ao me ler...
São frases que rimam o sorrir e, que acalma
Prosa que ganha o contentamento da alma
O bom agrado da sensação ao perceber ter!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15 janeiro, 2023, 14’14” – Araguari, MG

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⁠A SENHA

Paixão, trago estes versos singelos
escritos com a minha emoção plena
E, neles, a minha inspiração serena
Duma afeição e, satisfação em elos
Trago afeto, nos sentidos paralelos
olhar, gesto, aquela carícia amena
Quero agora ter-te em poética cena
e teu corpo haurir delírios donzelos

Não vês que somos cada um verso
Cada um sentido, na estrofe imerso
insanos amantes, de digno trovador
Somos nós: juntos, leia-me, te peço
Quem mais benquererá. Confesso...
o amor, a senha, para cá eu compor

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
31 janeiro, 2023, 19'10” – Araguari, MG

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⁠ASCENSÃO

Não será sempre amargor na poesia
Versos a arrelia, ousadia com torpeza
Sem gentileza e enevoada de tristeza
Há te ter sentimentos e a pura alegria
Hei de poetizar agrados, com certeza
Criando na imaginação doce fantasia
Gestos leves, carias, raios de beleza
Desenhando versos com fina sinfonia

Hei de versar: - o olhar, o beijo a flor
Ter na rima, os sons sem escarcéus
Ritmando sensação e amor sem dor
Em um soneto alvo, polido, sem véus
Ah! a glória há de dourar cada louvor
Da ascensão, eu, penhorado aos céus!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23 julho de 2023, 16’52” – Araguari, MG
*paráfrase Affonso Lopes de Almeida

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⁠Apanhador

Uso os versos para compor o meu vazio
A poética tem a pulsação no aconchego
Gosto do tinido tão cheio de desapego
Do silêncio, assim, os momentos, recrio

Compreendo bem o sotaque do cerrado
O balé do vento entre as folhas, aprecio
Tenho em mim o cheiro do mato, de rio
E, n’alma um ser do sertão, apaixonado

Trago abundância, a ilusão, sou afetivo
O meu abraço é maior que um legado
Sou apanhador com visível significado
De um olhar, do toque, daquele motivo

Queria que a safra fosse de arrepios
Que cada formato, o poema narrativo
De amor, assim, sendo, o latejo vivo
Arfando, sobretudo, os meus vazios

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06/08/2023, 19’32” – Araguari, MG
*paráfrase Manoel de Barros

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Saiba ser mais...

Se os muitos versos, que criei contente
Foram suspiros para o coração penado
Que pode vir ao sentimento um cuidado
Que acuda, então, da mazela, diferente
O prosar que ao amor, amor consente
Traga poesia e entoado verso ao fado
Deixando cada poema leve, perfumado
Mimando nos detalhes a alma da gente

Poete, pois, estima, sem ter rancores
Traga o olhar, a constância, sensação
Se há de ameigar que seja com flores
Se quer que me não queixe da posição
Saiba rimar com mais oferta, louvores
Ou saiba ser mais cântico com emoção.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2 setembro, 2023, 13’55” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Laceração

Muitos versos, por certo, eu redigi
Por certo, muitos versos eu cantei
Devaneei, inspirei, lá, acolá, aqui
E muitos, eu, na saudade guardei
E na poética, aquela solidão, vivi
Recebi afagos, também, afaguei
Olhei em volta, outrora adormeci
O singular instante, de amor falei

Das palavras ao vento, doce ilusão
Dos gestos dados, eterna emoção
Muito senti e quis, e pouco sobrou
Então, o fado, de afiado embaraço
Me lacerei no querer um só abraço
E no teu cheiro que no verso ficou!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 setembro, 2023, 19’37” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Poeta!

Poeta! Sofre nos versos perversos
Suspira aos teus amores sentidos
Nas tuas lágrimas, teus beijos idos
E, sempre, nas sensações imersos
De um coração emocional... fluidos
Sentimentos e, os martírios diversos
Purifica n’alma os sonhos dispersos
Que emana dos enganos... sofridos

É grande o teu pensamento, sonora
A tua imaginação, tens poética afora
Indiferente as ilusões dos caminhos
Poeta! Traz contido toda a tua graça
Tua pureza, tua superação, tua raça
Pois, até a rosa, tem teus espinhos!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
09/10/2023, 21”24” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Inquietude

Meus versos tem estampa de inquietude
Misto de sentimento e treva, pecadores
Pensamentos... de tal poética, tão rude:
Sensações, martírios, tristes amargores
E na eterna busca de uma mansuetude
Me vi poetando os sonetos sonhadores
Com aquelas agridoces rimas que ilude
Nos dando enganos... versos traidores!

Espinhos, flores, sussurros, a vastidão
Cânticos solitários, fracos e cansados
Sobre os ombros a emotiva inspiração
Ah! inquietude, indiferente às cicatrizes
A teimar nos meus versos desafinados
Unhando a alma com sonatas infelizes

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14/10/2023, 17’31” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ETERNO POETAR

A poesia, em seu eterno encanto
Deixou-me os versos a encantar
Por isto no âmago de seu canto
Fiz prosas para a sofrência aliviar
Quando a dor não pude suavizar
Fiz da palavra um cerne acalanto
E agora, num sentimental versejar
Me amimo em um poético recanto

Na agonia escondida, e suspirada
Sinto sensação do tudo e do nada
Vibrando no verso, dando emoção
Então, escorre o doce licor do criar
Nas linhas da estrofe, eterno poetar
Tendo a sina em poética transfusão

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/03/2023, 19'28" – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol