Vermelho
Vestido Vermelho
Num de meus aniversários, não sei qual, ganhei da minha madrinha um vestido vermelho; era a coisa mais linda que eu já tinha visto, com a saia rodada, a cor viva, eu me sentia uma princesa com ele. Mas havia um probleminha: o vestido era sufocantemente quente, parecia um forno, com todo aquele tecido pesado e o forro grosso, me fazia suar em bicas e eu suportava calada a tortura, ficava quietinha, não brincava, pois parecia que a roupa abafada me tirava as forças, me deixava febril, sem ânimo para nada. Minha mãe dizia que com aquele vestido eu (moleca) me comportava como uma "mocinha". A paixão doentia pelo vestido vermelho acabou de vez quando eu cresci um pouco e ele não cabia mais em mim... Parando um pouco para pensar, acho que aquela coisa nem era tão bonita assim, não passava apenas de delírios de conto de fadas na cabeça de uma sonhadora criança do interior... Fiquei bem melhor sem ele, acho que por isso até hoje não suporto roupa desconfortável, aquela já foi suficiente para a vida toda, ufa!!!!
Vermelho paixão
Preto luto
Dependendo do seu coração
Do seu sentimentos
As cores significam muito
Podem significar o Branco Paz
Podem significar o Azul Relaxamento
Podem significar inúmeras coisas
Ate o Rosa Vaidade
Tudo depende
Do que esta sentindo
Com seus cabelos compridos,
Batom vermelho no sorriso,
Não é criminosa,
Mas rouba atenção de todos
Com seu brilho.
Na rua ou na festa com suas amigas,
Tanta beleza junta só
Pode ser formação de quadrilha.
Com seu coração blindado,
Malandro tenta levar na conversa
Ela é esperta e deles só leva
O que lhe interessa.
Hoje é sábado
Ela pode estar na balada
Toda sexy com seu perfume
Ou em casa de pijama
Comendo brigadeiro e assistindo filme.( pra mim sexy do mesmo jeito(risos)...)
Opinião dos outros pouco importa, ela só quer viver e não simplesmente EXISTIR.
Vamos garota, esconda-se atrás de seu batom vermelho e de seu olhar de mulher, talvez assim ninguém perceba que é apenas uma garota triste com o coração partido... apenas uma garota...
A navegação da casa
Detenho-me diante de uma lareira e olho o fogo. É gordo e vermelho, como nas pinturas antigas; remexo as brasas com o ferro, baixo a tampa de metal e então ele chia com mais força, estala, raiveja, grunhe. Abro: mais intensos clarões lambem o grande quarto e a grande cômoda velha parece regojizar-se ao receber a luz desse honesto fogo. Há chamas douradas, pinceladas de azuis, brasas rubras e outras cor-de-rosa, numa delicadeza de guache. Lá no alto, todas as minhas chaminés devem estar fumegando com seus penachos brancos na noite escura; não é a lenha do fogo, é toda a minha fragata velha que estala de popa a proa, e vai partir no mar de chuva. Dentro, leva cálidos corações
Meu coração é vermelho E pulsar liberdade! Minha carne é forte Não temo à morte! Minha tristeza é presente Em meio à insana gente Minha luta é diuturna Minha dor é latante Meu país meu amor Meu ardor Minha vida, nossas vidas:Luta! Nova dança! E de novo: Esperança!
Minha mente transita entre uma multidão revoltada e um céu vermelho e calmo nas horas do crepúsculo.
Moça,
Se ele está sempre pisando na bola, chegou a hora de dar um cartão vermelho e tirá-lo de campo. Não vale à pena investir tanto em alguém que parecer estar jogando contra você. O mundo é grande demais, menina! E talvez encontre algo melhor no banco reserva. ☪❤
Finja-se de meu vermelho,
e viva comigo todo o azul.
Sonhe comigo lilás,
e acorde comigo doce branco.
Que nunca te esqueça rosa,
e nunca te toque forte roxo.
Que sinta comigo salmão,
e respire quente violeta.
Ande comigo turquesa,
e toque-me suave bege.
Deixe-me entrelaçar preto,
e sussurrar macio diamante.
Levar-te verde,
e amar-te transparente.
Março, é Outono
É março de dois mil e vinte
É outono no Brasil
O verde se funde ao vermelho castanho
Nuanças gradativas, nada linear
A tarde arde
A brisa do entardecer refresca, causa arrepios
É março de dois mil e vinte
É Outono no Brasil
Meu coração se aquece com as lembranças dos beijos cálidos e do olhar sereno e doce dela
É março de dois mil e vinte
É Outono no Brasil
As flores se desprendem e caem lentamente...
Dançam como bailarinas, suavemente, até encontrar a superfície
É março de dois mil e vinte
É Outono no Brasil
As ruas estão vazias
As famílias se reúnem em torno da mesa
Já não somos os mesmos e
temos medo até de respirar...
É março de dois mil e vinte
É Outono no Brasil
Temos que abdicar dos abraços, dos beijos...
aguardando para demonstrar afeto...
Por hora, sinta a poesia que alimenta a alma
É março de dois mil e vinte
É Outono no Brasil
Apesar da solidão, tudo é intenso, pensamentos caem na alma
Observo a liberdade dos pássaros
E preso a esse papel, escrevo!
É março de dois mil e vinte
É Outono no Brasil
Vamos lá poeta
Soou a trombeta para humanidade
A solidariedade agora é ficar
Observar de longe teu riso nos jardins
Sei que ficaremos bem
Juntos seremos um só novamente
É março de dois mil e vinte
É Outono no Brasil
Não teremos despedidas
Nem agradecimentos pela companhia
Nossa luz permanecerá acesa, tenha fé!
Mais alguns dias e a primavera virá
E tudo voltará a florir...
E o meu Baton vermelho...
Pronto em meus lábios pra te marcar...
E meu perfume sedutor ..pescoço afora..
Prontinho pra vc me cheirar... nem sou flor que se cheire...Mas eu gosto do teu nariz roçando meu pescoço... sorriso bobo...do teu beijo molhado ..do teu lábio mordendo meu lábio...eu gosto de ser a presa e de vc ser o caçador....As vezes é bom sentir que Vc me tem nas suas mãos... hoje eu deixo..hoje eu aceito vc me pegar de jeito... por favor vá devagar pra eu curtir esse momento ...pra eu sentir o gosto...e me queime no seu fogo...me deixa sentir o calor do teu corpo..sussurra ao pé do meu ouvido..vc é minha porque eu sou é disso que eu gosto...um dia da caça...outro do caçador...
aquele maldito pôr do sol,
o pôr do sol que incendiou seus cachos com aquele tom de vermelho, e se misturou tão facilmente que foram as chamas de verão mais lindas que já vi.
aquele pôr do sol deixou tão único o nosso momento, que me lembro como se fosse ontem daquele lindo sorriso que me fez apaixonar loucamente por você.
ah meu coração… que nem vermelho é mais.
nem branco. nem preto. bate assim… listadinho!
e bate tanto…. eu tenho uma arquibancada dentro de mim. tenho um estádio, um hino. alguns refrões tolos e lindos…
Tenho o Willy Gonser, o Alberto Rodrigues e até o Galvão Bueno dentro do meu coraçãozinho listradinho. Já perdi a conta dos palavrões e dos galateios que destinei-os.
Ah… quando as buzinas tocam. quando os meninos gritam. quando as bandeiras sacodem… quando eu asseno e quase choro.
Quando eles dizem aos prantos: “sooobe galo”. e eu sinto tanto orgulho dos que rasgaram a carteira de torcedor, e no outro dia voltaram roucos de tanto cantar o hino preto e branco… como se pedissem desculpa pela heresia.
Eu me encanto, e não me canso de encatar… por toda essa gente preta e branca, que dorme na fila, que grita, e chora, e canta, e luta, e acredita!!!
Já vi atleticano chorar e enxugar as lágrimas na bandeira… Já vi atleticano com as mãos juntas e os olhos fechados dizendo “ave atlético cheio de graça”… já ouvi promessa, mandinga, novena, simpatia. Só nunca vi atleticano calar. Porque esse povo tem eletricidade, raça, expressão. Tem garra! e por mais que eu faça, por mais que eu diga, ninguém nunca vai entender o bater preto e branco do meu coração.
Porque eu posso até votar no Lula, virar homossexual, vegetariana, evangélica… mas não deixo meu galo, nem se ele voltar a ser um time de fundo de quintal.
Porque eu tenho essa tal de “raça” que dizem por aí.
Enquanto houver uma camisa preta e branca pendurada no varal durante uma tempestade… eu vou estar na lá…
torcendo contra o vento.
O Sóbrio Ébrio
Estranha figura
de cara pintada
nariz vermelho
roupas em trapos
e enormes sapatos.
Quem é este ébrio?
Que faz-nos rir
com tamanha leveza
e gestos exagerados?
Vai imitando a vida,
a nossa vida.
e achando graça
sem saber
rimos de nossos própios atos.
Porém ali representados
pela figura de um estranho.
Estranho que
brinca com os sonhos
brinca com a vida.
Brinca com a criança,
principalmente com aquela
que esta bem escondida,
dentro de nossa alma.
Criança que na alegria de um sorriso
encontra seu abrigo,
e contagia nosso ser
suspirando aquilo que outrora
se encontrava sufocado.
Sufocado pela idéia
de que para sermos felizes
é preciso ser gente grande.
Que belos significados possuem as cores.
Um coração é vermelho, quando ama a dois.
O meu é verde,
Por que ainda ama sozinho...
