Vergonha na Cara
Um dia quem sabe eu deixo de ser um leitor,
Tomo vergonha na cara e me torno um escritor,
Não qualquer um, mas um daqueles aloprados,
Um daqueles que escreve algo com significado.
Um dia quem sabe me torno sensato,
Percebo que vinha vida não difere muito da de um rato,
Reflito um pouco e respiro fundo,
Daí então vou pensar nos problemas do mundo.
Um dia quem sabe resolvo de fato me apaixonar,
E paro de vez de por qualquer uma suspirar,
Um dia ainda coloco meu coração na linha,
E assim quem sabe descubro ter uma mulher só minha?
Um dia quem sabe para com os poemas,
Afinal é chato rimar todos os meus dilemas...
É quem sabe que me levante e vá resolver meus problemas?
Acho dificil tornar realidade essa cena,
Acho que por isso que deveria pegar uma perpétua pena.
Um dia quem sabe obtenho coragem,
E mostro que minha passagem,
Não foi em vão,
Que eu tive um coração,
Que eu espremi um limão,
E que transformei minha vida numa canção.
Um dia... Só um dia... É disso que preciso,
Para deixar de ser um Narciso,
Para parar de ver em três folhas,
Meus desejos realizados com o estourar de bolhas,
Para perceber que eu cresci,
E que desde que nasci,
Só dependo de mim,
Para tornar honrado meu fim.
É uma falta de vergonha na cara de quem enche a boca pra falar que existem vítimas da sociedade, o que de fato existe é uma sociedade vítima dos bandidos que empunham armas e dos que erguem a bandeira dessa suposta minoria.
Três coisas o vigarista não têm : 1Compromisso com a Verdade;
2Culpa;
3Vergonha na cara.
Não há como iludir-se: o vigarista não muda. Seus parâmetros são tortuosos.
Uma pessoa sábia ou aquela quem tem um pouquinho de humildade, vergonha na cara e amor no seu coração é contra a pobreza e a favor dos pobres.
Comigo a dose de decepção sempre vem acompanhada de duas doses de vergonha na cara. É o meu jeitinho!
"Estou cansado de tomar banhos de ilusão!
vou começar á tomar banhos de vergonha na cara, isso sim que é um banho de realidade"
Um estalo. Vergonha na cara. É um bom sinal. Parar de repetir os mesmos itinerários. Deixar de ser vítima e relembrar o que lhe corrói. Um pouco de impulso somado a pequenas doses de respeito e sinceridade. Não há nada que te prenda ao "passado". As pessoas não vão mudar. Continuar engolindo sapos e acreditando em mudanças que não ocorrerão é assinar contrato de idiotice, curto e grosso. Para certos casos não há perdão, apenas o tempo trabalhando a nosso favor, para que um dia seja possível olhar nos olhos de quem nos feriu e sentir compaixão. Nem ódio nem amor. Apenas piedade. Não deseje nada. Feche essa página. Guarde esse livro. Comece outro e não use as referências bibliográficas do anterior. Faça do dia de hoje uma nova história. Para isso você vai precisar de um pouco de coragem. Não precisa ser muito. Também não pense no medo, em nada que sugira recuo. A vulnerabilidade é um perigo, uma pedra no sapato. A solidão não é um bicho de sete cabeças, e sim uma oportunidade para que você se conheça. Dê-se ao luxo de fazer isso. De se apaixonar por si. Cuidar do seu jardim, esperar suas flores favoritas crescerem. Adornar os canteiros. Tão logo os pássaros verdes estarão cantando todo amanhecer. E em cada um deles você vai desfrutar das horas como se fossem suas últimas porque podem ser. Se forem, que o saldo seja rendoso. Que você possa deixar como memória todas as suas lutas vencidas não porque você derrubou oponentes, mas porque enfrentou a si mesmo. As piores dificuldades. Você ergueu a cabeça, não teve dó de você e tudo suportou. Mas resistir é o antônimo de submissão. Anular suas crenças para se amoldar ao mundo também é uma tolice. Nem lá, nem cá. Portanto não insista no que já não serve mais. Não se humilhe por migalhas. Tome posse de que você merece o melhor e aos poucos esse padrão de pensamento se impregnará no seu subconsciente, fazendo com que você se sinta bem a ponto de poder passar esses humildes ensinamentos a mais alguém que esteja precisando deles. A etapa mais difícil da mudança é quando há a resistência dentro de você. Necessitar e não ter forças ou não reconhecer que teme o vazio do incerto, mas pode acreditar que triste mesmo é não mudar porque não quer, porque acha que vai ser terrível. Não, não vai.
Estranho mas comecei a tomar nojo de você, achei constrangedor a minha falta de vergonha na cara e uma coisa super sem graça a sua permanência na minha mente, hoje também me faltou inspiração assim como no primeiro dia respirar foi doloroso demais, porém aturável .
Hoje sua falsidade e ironia ofuscou a minha alegria, mas tudo bem, ainda estamos no segundo dia.
_ Segundo Dia