Verdade Mentira Realidade
Saudade
Haveríamos, talvez, de sentirmos melhor
sem as consternadas chagas suscitadas
pelos quantos sentimentos nostálgicos
que tão são permanentes na saudade ?
Quiçá, quando formos bagageiros
do atroz infortúnio da insensibilidade
ou enquanto meramente desprovidos
do banal condão da constatação...
Oh saudade, imperativa saudade!
Por que de tantas formas se disfarça,
por que de tantos trajes me reveste
se tão em paz me faz a realidade?
Criaturas das sombras, entidades sobrenaturais que insistem em permanecer em meus pesadelos.
Criaturas malignas, talvez.
Mas obviamente assustadoras que me amedrontam.
Com aparência indescritível, que fica por imaginar, a decorar, a esperar.
A aparência é um problema, pois o fato dela ser furtiva, oculta te faz pensar e querer imaginar como é esse ser temido.
E quanto mais você pensar, mais ela vai te atormentar. Até que chegue ao ponto de você delirar, e ao poucos você vai surtar e dessa forma da realidade você vai se distanciar.
E não há mais como voltar pois a criatura ao seu lado deve estar.
O balanço financeiro positivo feito pelos governos em face da sua economia pouco estável, demostra a apresentação de uma visão exageradamente apaixonada sobre a realidade sócio-econômica e política de determinado povo, tendo em conta a miséria que assola a vida da população.
Às vezes, penso que essa história de grande amor nada mais é do que uma fantasia do próprio homem para tornar a realidade suportável.
Todas as noites me encontrava com as estrelas, esse corpo celeste, esse brilho ensurdecedor. Eu amava desenhar, adorava criar imagens que não passasse de ilusões, me sentia feliz assim. Aos poucos minha vida perdeu a cor, perdeu o brilho, perdeu os firmes traçados pretos... A confusão se estabeleceu em minha mente, mas sempre fora ilusão. Eu não queria mais desenhar. Eu não queria mais cor em minha vida. Eu não queria mais traços marcados. Não era a vida sendo ruim comigo, era eu sendo ruim com a vida. Todas as noites me encontrava com as estrelas. Todas as noites eu podia mudar minha realidade, podia formar desenhos nas estrelas e colori-las em minha imaginação. Eu podia traçar linhas que nunca existiriam, mas era isso, eu não queria. Eu tinha tudo em minhas mãos, mas sempre fui pura ilusão. Talvez a vida não seja ruim comigo, talvez eu fora ruim com a vida.
Primeiro nos apaixonamos pelas qualidades, depois pouco a pouco amamos os defeitos para finalmente casarmos com a realidade
Me armo de livros
Me livro de balas
Dizia o cartaz
Da bela menina
De pais conscientes
Me faço de irmão
Me ponho ao lado
Do mal encarnado
Dizia o ignóbil
No grupo de crentes!
E se eu te disser que tudo na minha vida mudou depois da tua chegada,
vivo em passos flutuantes, os sonhos se confrontam constantemente com a realidade,
Quem é você?
É o Ego que se apega às memórias, crenças e padrões. Porém, você é o Ser, e não o Ego, então pode criar uma nova realidade a cada novo instante.
"Só vejo pessoas iguais, roupas iguais, só querem o que está na moda ou em tendência... Só escutam o que é "modinha", só assistem o que recomendam... Ninguém dita mais o próprio caminho, apenas seguem os passos de alguém"
Intuição, lampejo, flash de pensamentos aparecem do nada, pra nos colocarem na direção dos sonhos que se tornarão realidade.
Saber e querer viver um novo ciclo, de modo a não ser consumido pela dor da perda, é algo que muitas vezes parece distante da nossa realidade, mas acredite, só parece!
Não vejo a hora de poder chegar e te encontrar
Poder te dar um beijo, e perguntar como foi seu dia
Dizer para você que eu estava morrendo de saudades
Te dizer que irei tomar um banho e que já volto para jantarmos
Sentar à mesa com você, e sentir que ali está o amor
Te deitar no meu colo, e vermos um filme juntos
Na hora de irmos nos deitar eu te olhar e te dizer o quanto sou louco por você
Se isso é apenas um sonho, não sei dizer, mas na minha vida você já é a minha realidade.
Eu pensei que tudo seria diferente
A unica coisa para mim era a distância.
Mas me dói em saber que foi em vao,
Não era a distância
Era o sentimento
Mas burro que alguém possa sentir
O amor em meio ao desprezo.
Me doi saber que criei expectativas
Me dói ter imaginado um futuro para nós,
Não sendo somente amigos
Me dói saber que nunca foi recíproco e nunca será.
Lágrimas rolam e escorrem pela pele,
Sem conseguir controlá-las.
Me doi.
Eu queria dizer, perguntar
Mas eu preciso me impor
Pelo menos por um minuto.
Sei que faz tempo
Mas no se faz tanto tempo assim
Ao ponto de deixar tudo de lado
Deixar tudo o que aconteceu
Eu ainda não esqueci
E sei que você também não
Mas pra que você complica?
Tudo poderia ser mais fácil, gostoso e suave.
A esperança que me restava, está morrendo a cada segundo,
sem você é um vazio.
Aos poucos vou me recompor e o pouco de autoestima que me resta,
Irei catando migalhas por migalhas,
Até preencher o vazio que tu deixastes
O buraco que ainda não foi coberto.
A lua empresta um brilho tão surreal a vida daqueles que se amam, que chega a ofuscar o restante da realidade ao redor deles.
Tudo ficará mais leve, quando você deixar de tentar mudar o mundo, e aceitar que as coisas e as pessoas são o que são. Seus aborrecimentos, tristezas e suas mágoas, não acrescentarão ou diminuirão um pingo na realidade. Independentemente de suas frustrações, a realidade continuará sendo a mesma. Pense nisso!
Quem és?
És a dor que transpira na noite pálida,
Com saudade de um dia ter visto
O amor, o sonho, a felicidade.
És o desvendar da virgem mata
És o horror, o choro, a verdade,
Do mundo erguido em casa máquina.
És lágrimas químicas do homem viciado,
O ganir dos animais torturados,
O morrer das plantas maltratadas.
És moléculas, átomos latejantes,
A ciência, a loucura, o medo.
És o crânio do progresso absurdo.
És a caneta do escritor esquecido,
Transcrevendo os amores e os risos
De uma vida entre homens amantes.
És triste e amarga realidade
De um ser nascendo espremido
Da boca de um tubo de ensaio.
Quem és?
_ Sou eu, crescendo e lamentando:
A fome, as guerras, a necessidade, mas,
Comandando o mundo mecanizado.
O processo de alfabetização válido entre nós é aquele, que (...) não se satisfaz apenas (...) com a leitura da palavra, mas que se dedica também a estabelecer uma relação dialética entre a leitura da palavra e a leitura do mundo, a leitura da realidade.
